Bola redonda

Pernambucano Ademir Marques de Menezes, ídolo do Vasco por dez anos, marcou nove gols na Copa de 1950, porém nenhum deles valeu para o Brasil, pois não encontrou as redes adversárias quando dele a Seleção precisou, no empate de 2x2 com a Suíça, no Pacaembu, quando não meteu, e na derrota final, para o Uruguai, no Maracanã, onde foi completamente dominado pelo beque oriental Matias Gonzalez.

Bola rolando

Dificilmente, um craque dá um grande treinador, Leônidas, Domingos da Guia, Zizinho, Jair da Rosa Pinto, por exemplo, não emplacaram. Técnico vencedor é quase sempre aquele que foi peba quando atleta, tipo Flávio Costa e Zezé Moreira. Talvez pela mesma razão que um bom pintor jamais dará pra crítico de arte.

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O pernambucano Ademir foi o artilheiro da Copa de 50, com nove, segundo os cronistas, ou oito gols, segundo a súmula do juiz, pois um dos seus dois contra a Espanha foi atribuído ao zagueiro Parra.

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A crônica brasileira proclamou que o Brasil foi Campeão Moral da Copa de 78, na Argentina, por sinal, uma das duas a que assisti pessoalmente. Acontece que não se encontra na Fifa tal título, que me pareceu mais choro de mau perdedor, até mesmo porque foi uma das piores seleções, quando Zico, grande no Flamengo, estreou pifiosamente, só fazendo um gol, e ainda de pênalti. Espalharam que o Peru tinha facilitado para a Argentina chegar aos seis, só que não precisava, bastava quatro.

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Heleno de Freitas, considerado o mais clássico dos centroavantes do futebol brasileiro, jogou uma vez, umazinha só, aqui no Ceará, no final dos anos 40. Aconteceu quando o Vasco da Gama goleou por 6 x 1 o Fortaleza, que abriu o placar com um gol de França. Porém, Heleno não foi bem, no Presidente Vargas, não marcou e foi substituído pelo novato Ipojucan.

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Zagueiro-central estilo clássico, Djalma Dias foi três vezes chamado para a Seleção Brasileira e acabou desconvocado nas três ocasiões, não chegando a jogar em Copa do Mundo, a não ser as eliminatórias. Foi um dos poucos que se aproximaram da classe do insuperável Domingos da Guia.

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Único atacante brasileiro que não era titular, na época defendendo o São Paulo, coube a Friaça gol solitário da Seleção Brasileira, na triste final de 1950, com o Uruguai.

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O goleiro Ivan Roriz, que foi meu colega no Marista Cearense, era o campeão pelo Ceará, quando foi chamado para defender a Seleção. Acontece que papou um tremendo frango, deixando passar uma bola que Batistão atirou do meio campo. O empate valeu o empate para a Seleção Maranhense, e Ivan jamais foi convocado entre os melhores.

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As duas primeiras Copas do Mundo nas quais o Brasil abiscoitou o caneco são altamente suspeitas. Na Suécia, a França, que tinha o melhor time, jogou com dez. E no Chile, a Espanha, que dominava e ganhava por 1x0, foi extremamente prejudicada, pois, além de ter um gol legítimo anulado, o juiz ainda deixou de marcar um pênalti mais que evidente contra a Canarinha.

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Muita gente mal informada se queixa que Pelé nunca ajudou Garrincha em seu infortúnio final, acontece que o Rei jamais negou, quando procurado.

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Heleno de Freitas só jogou uma vez no Ceará, em 1949, enfrentando, pelo Vasco da Gama, o Fortaleza, que fez o primeiro gol, mas depois levou seis. Heleno não marcou nenhum e foi substituído pelo então desconhecido Ipojucan.

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Foi no Sul-Americano de 59, em Buenos Aires, que o juiz se negou a computar um gol de Garrincha, quando já havia passado do tempo regulamentar. O jogo terminou empate, e os platinos foram campeões, pois tinham zero ponto perdido, enquanto o Brasil havia empatado na estreia com o Peru.

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Flávio Costa convocou três extremas-direitas para o Mundial de 1950, Tesourinha, Lima e Friaça, esquecendo Cláudio do Corinthians, o que ninguém entendeu, tanto que quando teve que desconvocar o gaúcho, por contusão, teve de improvisar o meia Maneca, estrela do Vasco da Gama, que era craque, mas não era ponta.

Off-seleção

Batatais, do Fluminense, foi talvez o goleiro mais brilhante do futebol brasileiro, porém nunca emplacou na Seleção, tinha uma espécie de complexo da camisa do escrete, e, tendo começado como titular no Mundial da França, deixou passar cinco bolas, na estreia com a Polônia, e só ganhamos porque Leônidas e seus companheiros marcaram seis gols.

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Leão participou de quatro Mundiais, porém só entrou em campo em dois, na Alemanha, em 74, e Argentina, em 78. E foi campeão na segunda reserva de Félix, em 70, no México. Era apontado como seguro, embaixo dos paus, porém não saber sair das traves.

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A melhor Seleção de todos os tempos em Copa do Mundo dizem ter sido a da Hungria de Puskas, em 1954, na Suíça, entretanto, perdeu o título para a Alemanha, que por sinal havia goleado, na fase preliminar.

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Campeão, vice-campeão e co-campeão, Zagallo, entretanto, foi o treinador que mais perdeu em Copas. Derrotas para Holanda, Polônia, Noruega e França.

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Jogando na Seleção Brasileira em duas Copas, Leônidas da Silva, o Diamante Negro, marcou oito gols em cinco jogos, obtendo a média de 1,6 por partida, maior que qualquer outro jogador brasileiro.

Bola redonda

Jairzinho foi o artilheiro do Mundial de 1970, última vez que o Brasil jogou que prestasse em Copa do Mundo. Agora, o que poucos sabem é que o candidato do Pelé para a extrema direita não era o Furacão, e sim o Ney, também do Botafogo.

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Vasco, foi, entretanto, um treinador pobre de títulos pela Seleção, tendo perdido o Mundial de 50 e ganhado o Sul-Americano de 49, que não conta muito, pois Argentina não veio, Uruguai mandou time de segunda, para a competição que foi realizada no Pacaembu e em São Januário, quer dizer, aqui mesmo no Brasil.