Bola rolando

Jairzinho, artilheiro do Mundial de 70, último título conseguido pelo Brasil jogando futebol, estreou na Seleção de 1964, tendo sido sua primeira partida a última de Zagallo como jogador.

Bola rolando

Maior ataque da Seleção em todos os tempos é em geral considerado o de 1945, constituído de Tesourinha, Zizinho, Heleno, Jair e Ademir, que o mais que conseguiu foi o vice sul-americano.

Bola rolando

O treinador Flávio Costa confessou a este repórter que chegou a pensar no Heleno de Freitas para a Copa de 1950, caso em que a linha atacante do Brasil seria formada por Tesourinha, Zizinho, Heleno, Ademir e Chico. Aconteceu que o mal (esquizofrenia) que abateu o grande craque chegou antes da convocação.

Quiproquó

O lateral Djalma Santos teria tido uma carreira irrepreensível, se não tivesse havido o pontapé inicial que inutilizou, na partida final, contra a Suécia, no Mundial de 58, o ponteiro Skoglund, que passou todo jogo fazendo número na extrema esquerda, arrefecendo o mérito da vitória brasileira.

Bola rolando

Mauro, um clássico zagueiro, que chegou a ser apontado como novo Domingos da Guia, participou de quatro Mundiais, tendo, no primeiro, sido cortado pelo técnico Flávio Costa, que preferiu mediocridades, tais Juvenal e Nena, no segundo e no terceiro, foi reserva de Pinheiro e Belini, porém não jogou, sendo compensado na quarta Copa, a do Chile, quando, como capitão da equipe, foi titular e campeão.

Bola rolando

Ademir foi o artilheiro do Mundial de 50, porém, como se propalou, não marcou nove, apenas oito gols, pois o juiz imputou um dos dois do Quixadá como tendo sido do zagueiro espanhol Parra.

Bola rolando

Artilheiro do Mundial de 50, Ademir Marques de Menezes despediu-se do escrete no Sul-Americano de 53, realizado em Lima, substituindo Pinga, durante o jogo contra o Uruguai, que vencemos por um gol, que não foi dele, pois não marcou no adeus.

Bola rolando

O bicampeão mundial Didi estava presente, quando num jantar do Sérgio Pontes, no Marina, eu relembrei Arati, lateral do Botafogo, que só fez uma partida pela Seleção e passou à história do futebol, pois foi justo quando estreou, no escrete, o próprio Didi, enfrentando o México, no Pan-Americano de 1952.

Bola rolando

Zizinho não saiu jogando no Mundial de 50 porque estava lesionado, só entrou no terceiro jogo, enfrentando a Iugoslávia, mesmo assim com o joelho protegido por uma atadura, atendendo a um apelo que o treinador Flávio Costa lhe fez, pois a Seleção não poderia nem empatar, tinha de ganhar de qualquer jeito, para passar às finais.

Bola rolando

Pelé só fez uma Copa inteira, sua última, em 70; em 58, quase não ia pra Suécia, e só entrou no terceiro jogo; e em 66, na Inglaterra, se lesionou na primeira partida, não entrou na segunda e, na terceira, enfrentou Portugal longe de suas melhores condições e perdeu.

Bola rolando

Esta história de jogador de clube que não emplaca na Seleção é autêntica, citando-se exemplos tais como Roberto, do Vasco, Zico, do Flamengo, e, mais recentemente, Raí, do São Paulo.

Bola rolando

Só aconteceu um reserva, Ramires, que jogou toda uma Copa do Mundo, fazendo uma partida completa e nas outras entrando durante os jogos, se tornando, então, um recordista.

Bola redonda

Os craques brasileiros que formando no plantel não perderam em campo, no Mundial de 1950, foram os médios Eli, Rui, Noronha, Alfredo e os atacantes Maneca e Baltazar.

Bola fria

O juiz chileno Sergio Bustamente vilipendiou a Espanha, no jogo com o Brasil, anulando um gol legítimo e deixando de marcar um pênalti de Nilton Santos. Aconteceu na Copa de 1962, se não fosse essa proteção, a Seleção nem tinha passado pras finais.

Bola furada

Formei uma Seleção composta de jogadores apenas razoáveis, distantes da dimensão que deve ter um campeão do mundo. Félix no gol, Di Sordi e Brito na zaga, Dunga, Piazza e Everaldo na linha média, Bebeto, Raí, Vavá, Dida e Zinho, atacantes.

Bola fria

Uma das causas pelas quais Flávio Costa perdeu a Copa de 50 pro Uruguai foi a má escalação do time, que trazia, na lateral esquerda, o medíocre e violento Bigode, deixando na reserva o logo a seguir bicampeão do mundo Nilton Santos, que ocupava no Botafogo a posição de marcador de ponta direita, justo o caminho que Gigghia utilizou para derrotar o Brasil.

Bola rolando

Primeiro jogo do Brasil em Copa do Mundo foi realizado em 1930, não no Estádio Centenário, que inaugurou este ano, porém, como não estava pronto, Seleção enfrentou e perdeu da Iugoslávia no Parque Central, campo do Peñarol, que por sinal visitei.

Bola rolando

O pontapé aplicado pelo grande Domingos da Guia, na semifinal com a Itália, na Copa de 38, foi ministrado realmente sem bola, só que o juiz se viu num dilema, ou expulsava o brasileiro ou marcava a falta máxima, tendo ele preferido o pênalti.

Bola rolando

Na semifinal da Copa de 58, primeira do Brasil, Seleção só ganhou porque a França, que jogava melhor, perdeu volante Jonquet, vitimado por um coice do casca-grossa Vavá, e jogou todo segundo tempo com dez, pois não havia substituição na época.

Bola rolando

Primeiro reserva a entrar em campo na Seleção em Copa do Mundo foi Paulo César Caju, que, aos 29 do segundo tempo, substituiu Gerson, na estreia do Brasil contra a Tchecoslováquia, no México, em 1970.