Bola redonda

Primeiro jogador a entrar na Seleção durante uma partida foi Paulo César Caju, que substituiu Gerson na estreia do Brasil na Copa de 70, no México. Isso aconteceu aos 62 minutos. Até então, não era permitido substituição em Mundiais, atleta lesionado saía e ninguém assumia seu lugar.

Bola redonda

Os goleiros mais brilhantes do futebol brasileiro não emplacaram na Seleção, tais Batatais, Barbosa e Castilho. Gilmar saiu-se mais ou menos. Agora, quem deu no couro foram mediocridades como, por exemplo, Taffarel. Mediocridades que não tremeram.

Bola redonda

Ufanismo da crônica esportiva leva a deslizes como, por exemplo, apontar Pelé o Craque da Copa de 1970, a última que Seleção ganhou jogando futebol que prestasse. Pelé não pode ter sido o maior simplesmente porque, no jogo com o Uruguai, um dos mais difíceis, o Rei nem pegou na bola, segundo o cantante Fagner.

Bola redonda

Se for pesquisado com a devida atenção, Zagallo, que foi campeão e vice mundial, não estará com essa pelota toda, pois foi o treinador brasileiro que mais foi derrotado em Copas, quatro vezes, França, Holanda, Polônia e até mesmo a fraquíssima Noruega.

Bola redonda

Meto minha mão, sem medo de queimar o cotovelo, nessa questão se o melhor foi Pelé ou Maradona. Aqui e agora, em meu blog internacional, estabelecerei, de uma vez por todas, que Maradona deu muito mais à Argentina, nas quatro Copas que disputou, que o Pelé ao Brasil, também em quatro Mundiais, pois só em um, o último, jogou inteiro.

Bola redonda

Heleno de Freitas, centroavante mais clássico que o futebol brasileiro já teve, começou no juvenil do Fluminense, depois foi para o Botafogo, onde não conseguiu sagrar-se campeão, depois foi vendido ao Boca Juniors, da Argentina, onde começou a demonstrar os primeiros sinais da doença que o mataria. Foi uma única vez campeão carioca pelo Vasco e terminou a carreira no América, só tendo jogado uma vez no Maracanã, quando o clube rubro perdeu para o São Cristóvão. Consta que atuou um pouquinho no Santos, mas isso nunca foi confirmado.

Bola redonda

Ainda permanece com Leônidas a liderança em média da artilharia brasileira, pois nas Copas de 1934 e 1938, o Diamante Negro assinalou oito gols em cinco jogos, ficando, portanto, com 1,6.

Bola redonda

No segundo Mundial do México, Seleção protagonizou um dos placares mais injustos já havidos. No jogo duro em que a Polônia foi muitas vezes superior, pelas oitavas de final, Brasil ganhou de 4 x 0, quando o empate seria o resultado ou mesmo a vitória dos polacos. Dois gols foram marcados de pênalti, sendo o último no finalzinho, e outro pelo zagueiro Edinho, quando faltavam apenas dez minutos. O castigo veio logo depois, quando fomos eliminados pela França nos pênaltis.

Derrubando o rei

Pelé nunca foi artilheiro do Brasil em Mundiais, e se marcou seis gols em 58 na Suécia, Jairzinho fez sete, em 70, no México, tornando-se o maior goleador do Brasil nessa competição, a última que o escrete ganhou jogando futebol de primeira classe, aquele time que se deu ao luxo de botar um craque tal Paulo César na reserva

Derrubando o rei

No seu primeiro jogo em Copa do Mundo, Pelé não marcou gol. E a primeira vez que assinalou mais de um gol (contra a França, na Suécia), seu marcador, Jonquet, vítima de entrada desleal do perna-de-pau Vavá, estava na enfermaria, o adversário jogando com dez, pois naquele tempo não havia substituição de atleta lesionado, assim, até eu.

Derrubando o rei

Pelé só jogou uma Copa inteira, sua última, no México. Na primeira, Suécia, 58, viajou quebrado e só entrou na terceira partida. Na segunda, Chile, 62, se contundiu no segundo jogo e não mais participou. Na terceira, Inglaterra, 66, enfrentou a Bulgária, porém esteve fora da segunda partida, e na terceira, frente Portugal, entrou pela metade.

Derrubando o rei

No primeiro jogo de Pelé com a camisa da Seleção, Brasil perde de dois a um pra Argentina, pela Copa Roca de 1957.

Bom de bola

Ufanismo jamais desmentido da reportagem esportiva brasileira coloca Ademir como o maior comandante-de-ataque da Copa de 50. Ele foi o artilheiro, porém o maior centroavante desse Mundial foi o uruguaio Miguez. O Queixada, como era chamado, nada fez quando a Seleção mais precisou dele, empate com a Suíça, no Pacaembu, e derrota pro Uruguai, na final do Maracanã.

Momentos são

Quando na Copa da Espanha, aquela que o Brasil merecia ganhar e perdeu, e foi a última vez que a Seleção jogou futebol ao pleno, tomei um buque da Transmediterrânea e fui conhecer Ibiza, onde, na barraca Waikiki, na Playa Den Bossa, o Tony Ripoll me introduziu ao topless, que não havia ainda no Ceará e muito pouco no Brasil.

Bom de bola

O craque Perácio, que defendeu o Brasil na Copa de 1938, era conhecido por sua ingenuidade. Antes de um Fla-Flu, o treinador chegou pra ele no vestiário e ordenou: Quando houver um córner pro Flamengo, o goleiro Batatais, do Fluminense, costuma ficar no pau da trave em posição de cortar a cobrança do nosso ponteiro. Você, então, prende sua camisa no grampo da rede. Assim, quando ele pretender sair, não poderá, pois estará preso. Você entra livre de cabeça e faz o gol. Reação de Perácio: Muito bem, mais o senhor primeiro fala com o Batatais.

Bola passada

Na Copa da Suíça, em 1954, o capitão brasileiro Bauer tinha um homônimo na Seleção Alemã. Porém, não se enfrentaram, pois o Brasil não jogou contra a Alemanha. Aliás, o Bauer alemão não disputou a final com a Hungria, que trouxe o primeiro título pra seu país.

Bola passada

Entre os jogadores de nível apenas razoável que a sorte ajudou a ser campeões, talvez o maior exemplo seja Zagallo, o treinador. Ele só foi chamado porque, tirante o centroavante, toda a linha atacante do Flamengo o foi, Joel e Moacir, pela direita, ele e Dida, pela esquerda. Seu corte parecia certo, pois disputava com Pepe, o companheiro de Pelé, e Canhoteiro, o Garrincha da ponta-esquerda. Aconteceu que Canhoteiro foi dispensado por ter voltado tarde da noite à concentração, e Pepe saiu lesionado de um amistoso na Itália, que antecedeu a Copa de 58, ensejando a escalação de Zagallo, que atuou nas seis partidas na Suécia.

Bola passada

A reportagem esportiva insiste em proclamar vice-campeonato como título, acontece que não é. Até mesmo porque ser vice-campeão significa que perdeu.

Bola passada

Brasil foi cinco vezes campeão mundial, porém nunca ganhou em país campeão, e foi o único campeão que perdeu duas vezes na própria casa.

Bola passada

O Maracanã foi inaugurado pouco antes da Copa do Mundo, com um jogo entre as Seleções de Novos do Rio e São Paulo, que venceu. Desse prélio, participaram dois futuros campeões do mundo, aliás, bicampeões, Djalma Santos e Didi, que marcou o primeiro gol do estádio, num sem-pulo.