Com varanda

Tendo vindo ao Ceará para a inauguração do Centro Massapeense, Jacinto de Thormes foi hóspede do presidente Arrudinha, cuja rede branca, onde dormiu, ressaltou em sua coluna do Diário Carioca.

Uma vezinha só

“Casablanca” foi produzido em 1942, e Humphrey Bogart partiu em 1957, 15 anos depois, e nesse período, ele e Ingrid Bergman nunca voltaram a trabalhar juntos.

Requentado

Não tendo ganho o Oscar por Casablanca, Humphrey Bogart foi compensado, anos depois, recebendo a estatueta por Rainha da África, filme que contracena com Katherine Hepburn.

Grande de fora

Outra injustiça em Casablanca foi não reconhecer o maravilhoso trabalho de Claude Rains, que faz o prefeito da polícia.

Não brilhou

Bogart e Claude Rains mereceram e não tiveram o reconhecimento da Academia de Hollywood por Casablanca. Quanto à Ingrid Bergman, não chegou sequer a ser apontada, mas nesse caso não houve injustiça, pois a sueca fez coisas bem melhores em sua carreira.

Tela fria

Humphrey Bogart não ganhou Oscar por Casablanca, a Academia preferiu premiar Paul Lukas, por A Vida de Pasteur.

Prêmio maior

Ingrid Bergman fez dois filmes com Charles Boyer, mas só recebeu o Oscar de Atriz Principal por um deles, À Meia-Luz; tendo passado em branco no outro, O Arco do Triunfo.

Semi-inédito

Houve um filme de Ingrid Bergman, segundo que a sueca contracenou com Gary Cooper, que ninguém viu em Fortaleza, pois Mulher Exótica, de 1946, não foi exibido aqui no circuito comercial, atendendo apenas a amigos do comandante da base aérea. Título em inglês: Saratoga Trunk.

À guisa de explicação

Bacalhau do Marquês da Varjota: toda a mesa aprovou, menos eu, por achar que o sal não casa bem com o vinho tinto que só eu tomava, pois os outros optaram por champanhe.

Tela nativa

“Obrigado, Doutor” – foi esse o título do filme brasileiro, estrelado por Anselmo Duarte, que conquistou a Palma de Ouro, em Cannes.

Olvidado

Expedito Machado levou pra outra vida a mágoa de ter sido esquecido como iluminador do Estádio Presidente Vargas.

Adeus inglório

Ingrid Bergman, perseguida até pelo Senado americano, por estar grávida de diretor Rossellini, despediu-se dos Estados Unidos estrelando filme que não emplacou, “Sob o Signo de Capricórnio”, trabalhando, pela segunda vez, com o também grande Joseph Cotten.

Meio a meio

O Cine Ventura, na Barão de Studart, esquina de Pinto Madeira, era uma sociedade da Empresa Ribeiro, que dava a máquina e os filmes, e o empresário Júlio Ventura, que entrava com prédio e mobiliário.

Pro mundo saber

Foi a perigosa Louella Parsons quem deu o furo que Ingrid Bergman, casada com um médico sueco, estava grávida do diretor italiano Roberto Rossellini.

Tela nas monsenhores

O cineminha do Ideal acontecia às quintas, começando oito da noite, mas ao contrário dos sábados, não havia dança após, sendo as cadeiras as mesmas do restaurante e da piscina.

Estandarte

De José Macêdo, ao encontrar colunista Tavares de Miranda, em casa do cearense de São Paulo Luiz Eduardo Campello, apontando para mim, o pioneiro trigal disse: Esse é Ibrahim Sued de meu Estado, só que alfabetizado.

Apanhado

Durante muitos anos, o chá das Senhoras do Country marcava as sextas femininas. Introduzido por Arisa Boris e Norma Cabral, frequentei muitas vezes, e tinha até um gostoso café, que a Filomena, mulher do Jorge Furtado Leite, trazia sempre.

Primeiros passos

Dos seus três filmes iniciais nos Estados Unidos, grande Ingrid Bergman só teve um importante, “Intermezzo”, quando contracenou com excelente Leslie Howard. Outros dois não tiveram destaque maior: “Fúrias no Céu” e “Os Quatro Filhos de Adão”.

Apelido

O Cine Santos Dumont, que era dirigido pela Congregação dos Jesuítas e se localizava a dois passos da Igreja do Cristo Rei, era carinhosamente chamado de Dioguinho, e pertencia, embora não oficialmente, à Empresa Ribeiro, que lhe provinha os filmes.

Mais na história

Teve um filme que durou, na tela, mais tempo do que a realidade do argumento, foi “Matar ou morrer”, com o grande Gary Cooper.