Categoria: Primeira Página

Não se pode dizer desmiolada a tese de que o vírus é uma reação da natureza ao manifesto egoísmo da humanidade. Do qual, quem diria, o futebol, um esporte coletivo, é patenteado exemplo. Quando o atacante faz o gol, ele corre apressado para a plateia e fica soltando beijinhos, como se fosse o dono da bola. Esquecendo completamente o companheiro que armou toda a jogada, lhe ensejando a feliz finalização. Aliás, muita gente considera temerário cogitar da Copa 2022, que quase provavelmente irá para as Arábias. Oitenta anos depois que Hitler, com sua monstruosa guerra racista, impediu haver a de 1942.

Sim, é Verdade, dona Onélia também assinou mensagem efemeridiana de Sua Excelência o Senhor Governador. Sim, é Verdade, Panta Neto, que anos atrás movimentou a nova geração na quadra do avô, visto bicicletando pelas solitárias ruas do Cumbuco. Sim, é Verdade, imortal Carlos Augusto Viana amanheceu menos arrumado na vida, após considerável baixa que o computador aplicou em sua conta. Sim, é Verdade, é cearense a maior jogadora de futebol de salão do mundo, Amandinha, ex-Sumov, hoje atuando no Leoas da Selva, de Lages, Santa Catarina. Sim, é Verdade, imortal da Medicina dr. Sálvio Pinto e sua mulher Leila se defendendo na pronta-entrega do Don Pepe. Sim, é Verdade, na bendita Roda de Aleluia na orla, cidadão que mais falou foi também quem mais ouviu.

Por pouco não centenário ainda, Copacabana Palace fechou pela primeira vez, e assim permanece até final de maio. Nunca me hospedei, porém muito frequentei, sobretudo o bar da piscina e a pérgula, que dava para Avenida Atlântica. Participei de grandes eventos, desfile de Miss Elegante Bangu e Baile de Sábado Gordo, no grupo da vedete Vanda Moreno. E no Baile Internacional das Debutantes, dancei com a mulher do colunista Jean Pouchard, em cuja mesa fiquei. A festa em questão foi promovida pelo Ibrahim Sued, a cujo Jubileu de Pérola também estive presente. Todavia, o grande momento foi quando briguei com João Saldanha, quase saindo no tabefe com o treinador, que estreara na véspera, dirigindo a Seleção.

Mensagem do afilhado Lúcio, filho do saudoso fotógrafo J. Pontes, que formou na equipe desta coluna: Poucas pessoas conseguem transformar esta passagem na terra em algo tão marcante, capaz de escrever capítulos únicos na história daqueles com quem convivem. Serei eternamente grato pela generosidade com que ele me acolheu, quando mais precisei. E me ensinou não somente a viver, mas a vencer cada desafio, e, mesmo sendo alguém tão grande, será sempre o meu padrinho. Gostaria de transmitir pessoalmente todo meu afeto a quem devoto gratidão, respeito e admiração. Não tendo sido possível, faço do companheiro Franzé portador desta manifestação, modesta, porém, envolta em sinceridade.

QUANDO FALA O CORAÇÃO Entre os que no 6 de abril se lembraram: Delegada Margarida Borges, Aquela Que Só Prende Por Amor, Antenor Barros Leal, da Ong Sorriso Colgate, direto do Rio, Antônio Frota Neto, de Brasília, Jardson Cruz, pelo Náutico Atlético Cearense. Desembargador Zezé Câmara, O Indispensável, irmãos Max e Magno Câmara, jornalista Vicente Alencar, correspondente da coluna perante as lides acadêmicas e literárias, Humberto (Menino) Camurça, pela Turma da Anita. Aristófanes e Vânia Canamary, pelos companheiros do Além-do-Arco-Íris, Manoel Milfont, pelos pioneiros cumbucanos, Chiquinho e Cristina Aragão, pelos afilhados de casamento. Hans e Ionete Schmidtner, pelo Além-Mar, Nilo Tabosa, pelos Quezado da Aurora, Mazé Coelho, pela mesa do inesquecível Réveillon do Saratoga, em Palma de Mallorca, Fernando César Mesquita, pelos candangos. João de Deus Costa Lima, pela aristocracia da laranja que amargando virou mel, Rebeca, pela VSM Comunicação, Victor Frota Pinto, pelo Colóquio da Engenharia, dra. Tahim, pelas Vandinhas, Milena Bertuzzi, pelos afilhados distantes. Alessandra Aragão, pelas cerimonialistas, César Galvão, pela Turma do Náutico, Edilmo Cunha, pela Associação Sem Vida Alheia.

No meu currículo televisivo, além das estações como diarista, tais TV-Ceará, TV Cidade e hoje TV Jangadeiro. Devo incluir aquelas às quais prestei colaboração eventual, sem carteira assinada. Exemplos, Verdes Mares, participando do programa dominical dos amigos Gomes Farias e Paulino Rocha. O POVO, na velha Praia de Iracema, protagonizando algumas mesas-redondas, sabatinado, entre outros, por Ruy Lima, Paulo Linhares, Lêda Maria. União, concedendo entrevista à querida Mônica Arruda, que me instigou o que pôde. Além da Manchete, atendendo convite de uma preciosidade da cidade, o nossíssimo Guto Benevides.

Acontece que este que vos fala sempre levou muito a sério a Sexta da Paixão. Assim, cumpre à risca a santa diretriz de que é dia de abstinência, mas também jejum. Devendo, evidentemente, a gula ser limitada, precisa comer, mas é essencial ficar com fome. Claro que pôr peixe à mesa atende aos trâmites da religião, porém não pode ser muito rebuscado. Não seria rigorosamente cristão reforçá-lo ao molho sofisticado de alcaparra ou cogumelos. Nem, muito menos, programar, mesmo em porções reduzidas, lagosta ou camarão.

Atinge 93, neste 9 de abril, João Gentil, várias vezes campeão da Prova Heroica de Natação, que ia do Náutico à Ponte Metálica. Caçula dos homens de dona Sara e seu João, formou-se na Escola de Engenharia do Rio, onde matrimoniou Celina Cresta Guinle, neta do patriarca Eduardo. Que lhe deu três filhas, Celina Maria, Heloísa, nome da avó materna, Ana Maria, e um varão, João Eduardo. O casal, logo depois, veio para Fortaleza, ocupando um apartamento de Jereissati, vizinho ao Ideal, hoje extinto. Depois, uma casa ali perto, porém Celina não se adaptou à terra do marido e voltou pro Rio, até hoje. Após um tempo com arquiteta Anya Ribeiro, Joãozinho, como o chamam, se uniu a Mônica Sanford, de Marcelo e Aparecida Arruda, para sempre.

Estando fazendo, neste abril, 58 anos de televisão, é mister ressaltar, aqui e agora, algumas das entrevistas mais marcantes. Virgílio Távora, Parsifal Barroso, César Cals, José Martins Rodrigues, Leonel Brizola, José Macêdo. Cardeal dom Aloísio Lorscheider, Olga Monte Barroso, Zeedson Pontes, que participou da equipe que operou Presidente da França. Tasso Jereissati, Legenda Beatriz Philomeno, campeões do mundo Gilmar, Nilton Santos e Clodoaldo, Régis Jucá, Wilson Gonçalves. Dom Jerônimo de Sá Cavalcante, primeira-dama do Teatro, Nadir Papi Saboya, pintor Antônio Bandeira. Eis aí uma pequena mostra de quem, daqui a apenas dois anos, atingirá primeiro Jubileu de Diamantes na telinha.

Partiu Gládia Girão, que atualmente dividia sua residência entre Portugal e o torrão natal Ceará. Com ela, só estive duas vezes na vida, sendo a primeira no Ugarte, levada por Sabino e Auxiliadora Henrique. E a segunda, no restô Laurentina, de Lisboa, em almoço oferecido por seu marido, Luiz, quando Aristófanes, Vânia Canamary e eu achamos que ela era um amor. Meu adeus ao Capitão Fujita, um grande praça, com quem mantive sempre cordiais e risonhas ligações. Tendo feito a inauguração da Estrela, na praça da Aguanambi, pertinho da Redação de O POVO. E organizado o jantar para o governador do Piauí, Hugo Napoleão, colocando as pessoas no lugar certo à mesa.

Em Barcelona, se você tomar o trem a oeste, logo desembarcará em Girona, segunda cidade da Catalunha. Aí encontrará uma longa escadaria que abriga, esquerda, a Catedral e seu Tapete da Criação do Mundo, que vem sendo trabalhado faz quase 900 anos, e não deve ser concluído. E direita, uma construção vertical de vários patamares, chamada Isac El Cec (Isaque, o Cego), que no subsolo contém sua tumba. Assim denominada em memória de um grego que tinha ânsia de ver Deus, se privando de enxergar a terra, e guardando todo esse sentido para o Divino. O meio encontrado foi enfiar um prego enferrujado em cada olho, ficando cego para sempre. Concernente a mim próprio, este 6 de abril muito se presta para raciocinar sobre a pressa em questão, da qual também sou dotado, embora talvez sem tal intensidade.

HONRAR A MÃO DE QUEM CURA No primeiro dia da semana, que aliás é o segundo, pois se trata da segunda-feira, martelei questão seguinte, se entrando no consultório, o paciente deve estender a mão ao médico. Vocês já conhecem a minha opinião, que é calcada no aspecto de salubridade e higiene. Não deve dar a sua, mas se o profissional estende a dele, deve honrar e apertar, pois não seria pertinente deixar de mão abanando aquele que está fazendo tudo por sua saúde.

E aqui estou eu, às portas de atingir segundo Jubileu Diamantino, isso querendo dizer 58 de batente na telinha. Pois decididamente foi minha terceira Avenida na Comunicação, vindo o jornal em primeiro, o rádio em segundo, antecedendo os livros e o blog. Portanto, não é coisa que se possa deixar passar em brancas nuvens, desde que me mostrei de cara ao grande público. Aconteceu na Pioneira TV-Ceará, onde participei de vários programas, sendo até jurado do Gonzaga Vasconcelos, que sinceramente não sei por onde anda. Larguei para voltar pelas mãos do Rômulo Siqueira, via intercessão de meu saudoso amigo Ivens Dias Branco. Depois vieram TV Educativa, TV Uirapuru, hoje Cidade, e agora estou fazendo Pérola na Jangadeiro, da qual só sairei se me mandarem.

Percorrendo o sul da cidade, na busca chuvosa da pizza delivery, passei pela Escola Integral Professora Maria José Ferreira Gomes. Batizada com o nome da paulista de Pindamonhangaba que matrimoniou o sobralense José Euclides. Gerando dois governadores, um deles candidato duas vezes à Presidência da República. Aliás, a última vez que a vi foi numa festa no Náutico, justamente quando dançava com Ciro, e fiz todo mundo parar parar para aplaudir. A ela fui apresentado por Wilma Patrício, no melhor restaurante que o Cumbuco já possuiu, Castanha, preferido dos estranjas. Dando logo pra perceber que se tratava de uma lady, dama do mais fino trato e simpatia.

Da Genealogia Cearense de Geová Lemos Cavalcante: Beto Studart, pelo Gomes do pai, dr. Carlos Alberto, vem a ser sobrinho-neto de Pedro Philomeno. Abelardo Costa Lima relacionou 53 sacerdotes nascidos no Aracati, salientando que “ninguém tira do meu torrão a glória de ter dado ao Ceará seu primeiro bispo”. Vânia Canamary é sobrinha-neta do Barão de Studart, filha de Emília, por sua vez, filha de Gilberto Studart, que deu nome de rua nas Salinas. Quinderé, da querida Fernanda e do Monsenhor, na realidade, é Alves Ribeiro, família que possuía bem cuidada quinta em Timbaúba, chamada Quinderé. José Joaquim de Sá e Benevides se transferiu em 1845 para Mombaça, com sua mulher e nove filhos. A convite de seu sobrinho, padre Antônio José Sarmento Benevides, natural de Sousa, na Paraíba, que fora nomeado Pároco Colado de Maria Pereira, depois Mombaça.

Com a cearense ou pró-cearense Ivone Lopes, estive duas vezes, e ambas no Rio de Janeiro. Primeira, na festa da Miss Elegante Bangu, 1958, no Copacabana Palace, ela incumbida de entregar os tíquetes de colocação no salão. Segunda e última, quando Ibrahim Sued comemorou seus trintanos de coluna, também no Copa, acontecimento prestigiado pela primeira-dama do País, Dulce Figueiredo. Ivone usufruía de muito prestígio na alta roda carioca, sendo amiga favorita da princesa dona Fátima de Orleans e Bragança. Que tinha sido mulher do rei Farouk, do Egito, e da marquesa d’Ajeta, embaixatriz da Itália no Brasil. Era cadeira cativa na lista das Dez Mais do Jacinto de Thormes e ainda tenho guardadas algumas de suas fotos na revista O Cruzeiro.

Partinte de sábado, Humberto Bezerra teve dois mandatos de deputado federal, tendo exercido o primeiro, 1966, completamente, já pela Arena. O segundo, oito anos depois, ele não cumpriu, cedendo para Jonas Carlos. Pois foi convocado pelo irmão, Adauto, para ficar no Ceará, na qualidade de cogovernador, como minha coluna o batizou. Iniciou a carreira política como prefeito de Juazeiro, sendo escolhido o Melhor do Estado. E recebeu, em seu torrão, o grande Carlos Lacerda, que era então candidato do seu partido, UDN, à Presidência da República. Quando vice de César Cals, esteve muito próximo deste jornalista, porém, mais tarde, aconteceu um rompimento, que o gêmeo procurou contornar.

Soube que o Colón de Barcelona cerrou suas portas por dois ou três meses, pelo motivo conhecido. Trata-se, no caso, de minha casa na Catalunya há 37 anos, desde 1983, induzido por Tarcizo Azevedo e Ignez Romano. Hoje, sou hóspede mais antigo, e, dos funcionários, parece só ter um, o Toni, que se emparelha comigo. E para ali levei muitos conterras, tais Luís Frota e Lorena, Antenor e Silvinha Barros Leal, Vânia e Aristófanes Canamary. Anita Cavalcanti, Sá Júnior e Bel e meu próprio irmão Neno, no único pulo internacional de sua curta vida. Fica em frente à Catedral, e a praça se presta para espetáculos de música, e nos fins de semana tem Sardana, a dança regional.

Com meu particular amigo César Galvão, a quem hoje reencontro na ASVA, que é Associação Sem Vida Alheia, andei dando um balanço nos sobreviventes da nossa Turma do Náutico, que éramos 18 e ficamos nove, dois, infelizmente, não estão em plena forma, os demais, além do Galvão e eu, Ediano Guimarães, Marcílio Gentil, Tomaz Cavalcante, Fabiano Lima e Carlinhos Padilha, cuja última notícia que tive veio da Bahia. Os partintes: Irmãos Tarcísio e Júlio Carlos Miranda, os Fernando, Gurgel e Otales, Júlio César Jucá, Nilton Camarão, Jorge Cals, filho do Grande Benemérito Pedro Coelho, Ângelo Ratacazzo e Evandro Ferreira Gomes, que foi meu médico e se firmava como um dos maiores otorrinos de sua geração.

Sim, é Verdade, nataliciante de hoje, Bel Machado passa em branco, ou melhor, negro, pois vem de perder Susana. Sim, é Verdade, último Queiroz a baixar na Fazenda Teotônio, que Edson comprou, foi Igor Queiroz, e já faz tempo. Sim, é Verdade, passeando neste sábado pela Quinta Avenida, o advogado do leste Manoel Florêncio e sua mulher Daniela. Sim, é Verdade, na solidão forçada do Cumbuco, topo Cláudio Câmara, filho do Adrimar da Caixa Econômica e sobrinho do inesquecível Adrísio, guru da Turma do Líbano. Sim, é Verdade, delegada Margarida Borges foi quem primeiro se lembrou do natalício da Regina Marshall, ainda longe, 23 de oito. Sim, é Verdade, vírus pode deteriorar corpo, enquanto a fobia, seguramente, aniquila o espírito.