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CHICO (PACO) TRAZ JOSUÉ (MACÊDO) VIA JOÃO (SOARES) Em seu apanhado Gente Que Conta, João Soares incluiu, obviamente, José Dias Macêdo, de altaneira marcação, no século passado, como criatura e criador, do que foi dito e perguntado, pincelei abaixo o que o espaço permitiu. O que pensa dos que pensam que sabem tudo? – Acho que muitos confundem o saber com o orgulho do próprio conhecimento. Quais os executivos que o impressionaram em suas empresas? – César Montenegro e Byron Queiroz. Sobrenome ajuda filho ou atrapalha? – No nosso caso, não identifico situações que possam exemplificar qualquer dos casos. A morte é um encontro de contas ou um fato determinista? – É um acontecimento natural. Que presidentes brasileiros merecem nota dez? – Não sei se necessariamente nota dez, mas destaco Getúlio Vargas, Juscelino e Castello Branco. Há algum livro que tenha relido? – Propago sempre um livrinho milagroso intitulado A Fonte da Juventude, através dele descobri e pratico diariamente os cinco ritos dos monges tibetanos. Teria algum convidado especial para a Fazenda Canhotinho? – Antônio Ermírio de Moraes. O marcapasso mudou seu passo? – Está comigo há 18 anos e creio que é um dos principais fatores de minha longevidade. Quem, na sua óptica, fez história e ninguém sabe? – Virgílio Távora é menos reconhecido do que deveria. O dinheiro soma, divide ou multiplica? – Depende da cabeça de quem o utiliza. Qual foi o homem que o fez calar? – Meu irmão Antônio Macêdo, quando me matriculou no Colégio São Luiz, pois meu pai não tinha como. Como dona Maria entrou na sua vida? – Eu estava dando uma volta na Praça Fernando Vieira e três moças passaram caminhando na minha frente, escolhi a que estava de luto. Na sua visão, como definiria uma família? – É, para mim, uma coisa maravilhosa abençoada completamente por Deus e responsável pelo seguimento da sociedade. Qual o sonho da primeira juventude? – Ter um empório, pois achava o nome bonito. Um gosto de pouco vintém? – Sempre gostei de tomar café com pão e manteiga. O que dá mais prazer ao empresário? – Realizar, construir e inovar. Suas viagens à clínica da dra. Ana Aslen foram incisivas para a sua saúde? – Nunca estive na clínica citada e nem sequer conheci a sua tocadora. Entidades de classe e partidos políticos são absolutamente necessários? – Considero as instituições democráticas indispensáveis, com seus méritos e defeitos.

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Quando passou pelo primeiro infarto, médico instou Antônio Maria a se recolher algumas semanas em Petrópolis. Foi aí, então, que o autor de Ninguém me Ama cunhou os versos a seguir. Um homem e uma mulher nunca deveriam dormir ao mesmo tempo, embora invariavelmente juntos. Para não perder um no outro a sensação da primeira carícia de quem desperta. Todavia, já que isso é impossível, que pelo menos chova, que chova a noite inteira, sobre o telhado dos amantes. Ele partiu após o terceiro abalo, quando Danuza Leão lhe comunicou que de agora em diante o queria apenas como amigo.

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Só agora recebo mensagem natalina do pessoal do Welcome de Villefranche, minha casa francesa. Também pudera, esperaram até a última gota o ano passado pelo seu hóspede mais tocante e apaixonado. Apenas réveillons, passei sete, no hotel todo desenhado pela magia do imortal Jean Cocteau. Meu primeiro receptor, Olivier, não está mais lá, pois remido, e quem assina no alto é o Julian, que o sucedeu. Os demais, Magali, outra dos velhos tempos, Stephanie, Pierre, Luana, como a dizer venha logo! Aliás, meus amigos que vieram daqui tomaram parte do hotel, no Jubileu Diamantino.

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Trata-se, no caso, da colocação de autoridades do Estado na mesa, quando não está presente algum mandatário da União. Em primeiro lugar, a precedência é do Excelentíssimo Senhor Governador, e a segunda, do Vice. Depois, o deputado detentor do Poder Legislativo, que é o Presidente da Assembleia. Vindo a seguir o Judiciário, com o Desembargador Chefe do Tribunal. Nunca será demais repisar que nenhum desses luminares poderá mandar representante a banquete, ou comparecem ou avisam com antecedência que não poderão.

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Partiu Terezinha Morango, Miss Brasil na linha de sucessão de Martha-Emília-Maria José Cardoso. Fiz amizade com ela aqui, quando se hospedou com Nicinha Pinheiro, no Rancho Alegre, e participou do baile natalício de Edmilson. E dançou com nosso melhor partido, José Alcy Siqueira, que antes lhe abriu uma champanhota na casa recém-construída, na Maria Tomásia, que nem móvel ainda tinha. Anos depois, revi Morango num almoço em seu apartamento carioca, já casada com Alberto Pitiglianni, dono do gim Seager's. Estava presente o diretor de O Cruzeiro, Leão Gondim, que pediu pra que eu localizasse Virgílio Távora, que se encontrava no Rio, pois pretendia oferecer um jantar ao governador do Ceará. VT aceitou e chegou com dona Luíza, e o anfitrião determinou que eu me sentasse na mesa do homenageado, em evidente deferência.

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Tarso de Castro, jornalista gaúcho que brilhou na imprensa carioca e paulista, era conhecido por não dar bola para as circunstâncias, incluso saúde. Foi, inclusive, um dos timoneiros do Pasquim, sempre muito ligado a Brizola, e tendo tido participação ativa na Campanha da Legalidade pela posse de Jango. Quando partiu, Otto Lara Resende, dentro da costumeira maestria, escreveu o que agora aqui resumimos. Tinha um pacto de felicidade com a vida, pouco importando que a vida não estivesse disposta a cumprir a sua parte. Porém, agora acho pertinente perguntar, e onde está a vida daqueles que a puseram na poupança?

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No meu Minuto CBN, martelei a questão de quem se despede primeiro ao telefone, quem liga ou quem é solicitado. A norma mais procedente é que quem tomou a iniciativa toma também a de bater o fio. Porém, a questão comporta exceções, tal como veremos a seguir, na citação de um exemplo. Se telefona a um amigo e ele não está ou não pode atender naquele momento, deixamos uma mensagem. A pessoa procurada recebe o recado e retorna, dentro do princípio da boa educação. Assim, nesse caso, quem agora é chamado tem o direito de primeiro se despedir, na hora do apartado.

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OS BONS (EXCELENTES) SAMARITANOS No espaço de hoje, alardeio os que sempre foram generosos comigo e atendedores de boa vontade, nos quiproquós financeiros, mencionando unicamente quem já partiu. Deputado Jonas Carlos, da Loteria, que além de participar da roda de Pontinho, na Torre do Iracema, colaborando assim com o barato, jamais me deixou na mão em condições prementes. José Alcy Siqueira, que emprestou (deu) a mala para que pudesse viajar ao Rio, para o Baile de Miss Elegante Bangu, no Copacabana Palace. Audísio Pinheiro, que, quando me convidava para tomar matinal café no seu apartamento do Morro da Viúva, valia dez de dez. Péricles (Pekim) Moreira da Rocha, que sempre provinha minhas carências no cassino, e tome ficha! Aliatar Bezerra, que defende o recorde de solidariedade, me emprestando dinheiro com cheque sem fundos, que logo cobriu. Vilmar Pontes, que me mandou para Guarujá, no pique do prestígio, me hospedou e ainda dava uma diária, via seu preposto João Teófilo, cuja história merece ser contada um dia. Demócrito Dummar, que quando soube que eu estava viajando pra China, deixou quinhentão (dólares) na portaria do Iracema. Didi Silveira, que me hospedava em seu apê carioca, e, depois, já casado, me ofereceu um jantar, e ainda botou seu amigo compositor Billy Blanco pra fazer a comida. Esmerino Arruda, que me encontrando penível, quer dizer, lisoide, no Copa, mandou esperar e voltou com grana, me passando a metade. Luís Frota, que me levou ao Cartório Martins, para receber um lote na zona leste, onde mantenho até hoje meu estúdio. Clóvis Rolim, que, quando instalava a Crasa, me pediu interceder junto ao Rômulo Siqueira, diretor comercial do pioneiro Canal-2, para que sua nova empresa patrocinasse, coisa que eu fiz, e quando soube que não estavam me dando a comissão, mandou que eu recebesse em seu escritório, e continuou pagando até muito depois que o programa terminou. Raimundo Machado, próximo a meu primeiro Natal, me chamou na Baixa Iracema, e proveu oito daquelas amarelinhas. José Martins de Lima, que estando no Rio completamente despratado, lhe passei um cabo, pela manhã, e logo à tarde o Banco Moreira Sales, que nem operava em Fortaleza, acusava a ordem dos cinco mil solicitados, que lhe paguei em ficha, no carteado da Lurdes Gentil. Aprígio Fernandes, que assumindo o jogo do Ideal, me pagava três mil semanais, ensejando sentar e pegar nas cartas.

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Associação Sem Vida Alheia, batizada de ASVA, bancada de cavalheiros infofocáveis, esteve reunida ao cair da terça. Ou apenas parte dela, objetivando dar as alegres vindas ao saudável convalescente Magno Câmara, um dos fundadores e pilares. Proporcionaram encontro irrepreensível, adoçado pelos quitutes do Ibiza, tais camarões empanados e panelada ao Primo Canto. Acompanhamento indispensável, pois uma cachacinha, entornada com vagar, não poderia deixar de haver acontecido, em regozijo. Entre os que vieram de Fortaleza, dois da linha de frente do novo sodalício, Edilmo Cunha e Givaldo Sisnando. Que pretende servir de exemplo para toda a sociedade e comunidade em geral, quer dizer, amena e boavontadiça conversação.

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Na vesperal sabadina do Cipó do Médico Humanitário Joaquim Gadelha, fui introduzido ao casal Luigi Matia. Ele, italiano de berço, e ela, Júlia Cardoso, irmã do recentemente assumido prefeito de Caucaia. Conversa vai, conversa vem, surgiu a oportunidade de abordar estandarte que criei especialmente. Agora é Pra Valim, uma exaltação a seus passos iniciais na área da limpeza pública. Inclusive, promovendo o retorno à nossa região da acima de qualquer discussão Marquise. Os paracumbucanos, imediatamente beneficiados, são dos primeiros agradecidos.

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A Fonte das Sereias veio dos anos 30 para regar a Praça da Lagoinha. Depois, passou pra Avenida da Universidade com Treze de Maio, defronte à Reitoria Federal. A seguir, foi recolhida ao depósito da Prefeitura, até transferência para a Praça Murillo Borges. No edifício justamente nominado de Raul Barbosa, cujo busto, por iniciativa do então presidente do Banco do Nordeste, Camilo Calazans, engrandece a parede norte. O BNB hoje é minoritário, pois o prédio é quase todo ocupado pela Justiça Federal. A obra de arte continua, só que sem o zelo que sua sobrevivência estaria a exigir.

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Sim, é Verdade, Ecilda Girão, que havia pedido tempo, como no basquete, saiu do recesso para receber primeiro neto. Sim, é Verdade, tem uma opção para quem pretenda ir Além-do-Arco-Íris, cruzeiro pelo Egito, quer dizer, Rio Nilo, o maior. Sim, é Verdade, Fátima Goulart baixa em agosto, vinda da Cidade do Porto, especial para receber sua Turma Azul. Sim, é Verdade, Grecianne Cordeiro usou Internet, tal atualmente todo mundo, para lança de Cyber Bullying - A Dor Que Dói em Mim. Sim, é Verdade, Guido Fasolini recebendo irmã Mafalda, que é nome de uma Princesa Real italiana. Sim, é Verdade, tropa de Mazé e Francisco Coelho baixou no Solar Volta da Jurema, na Beira Mar, para almoço conjunto folhinha dos pais.

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Partida de Jorge Xafy Ary faz reviver roda da Caio Cid, que praticava um dos mais exigentes carteados, o pontinho. Ele formava no grupo mais evidente de príncipes, aqueles que mantêm a classe mesmo sem coringa. Alguns estão vivos da silva, mas citarei apenas os que já se foram. Bolívar Gadelha, José Midauar, dr. Pompeuzinho, Dante Vieira, Airton Holanda, Orlando Bezerra, Chico Martins (do reitor). Deixei pro final quem só apareceu uma vez, tais José Flávio Costa Lima, Walter Nogueira e Luiz Gentil, que ali encerrou sua brilhante carreira.

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LA CREMA DE LA CREMA (TOMO III) Hoje, tematizamos a bancada masculina, isto é, aqueles cavalheiros que receberam na pia batismal do laboratório de criação do repórter denominações que foram quase sempre apontadas mais curiosas, para não dizer geniais, então, vamos lá: Fiat Lux, para o grande Virgílio Távora, que trouxe Paulo Afonso pro Ceará. Albergue Universitário, para o reduto cumbucano de Paulo e Odete Aragão. Clube das Monsenhores, para o Ideal, que pega Bruno e Tabosa. Leitor Número Um, para José Macêdo, que, quando viajava, incumbia secretária para me recortar. Bisturi Afiado, pro cirurgião Glauco Lobo. Ex-Quase-Tudo, para Lúcio Alcântara, que foi governador, vice, prefeito, senador e deputado federal, além de pluriocupante da Secretaria da Saúde. Patrão Inesquecível, para Manoel Eduardo Pinheiro Campos, o Manoelito. O Retrato, para a Aba Film de Tonho Albuquerque. Patriarca do Açude Gigante, para Elizeu Batista. Crescei e Multiplicai-vos, para dr. Daniel Diógenes, instituidor da Fertibaby. Colunas do Meireles, para Náutico Atlético Cearense. Obra-Prima da Criação, para Edilmo Cunha. Bicampeão do Ibope, para Aécio de Borba, Uirapuru e Dragão, e nos dois períodos eu estava a seu lado. Praia do Horizonte Novo, para a ribeirinha do pôr de sol das quintas, criado por Luciano Girão, com bênção do Frei Filipinho, que usava coleta. Aquele Que Se Tornou Mais Quente Por Nos Dar o Gelo, para Zewaldo Cabral, do Ice Super. Torre do Iracema, para a cobertura que me abrigou por um quarto de século. Reitorão, para Antônio Martins Filho, Pai da Universidade Federal do Ceará. Vale Mais Que Pesa, para Cláudio. Tricolor de Aço Oxidável, para o Fortaleza dos momentos menos favoráveis. As Vinhas dos Lopes, de Lauro e Marildes, em Guaramiranga, que se desfizeram da ala nova e mantiveram a antiga, à esquerda de quem sobe. Estalagem Dois Sertões, dos Henrique, ao pé das dunas da Tabuba. O Primeiro Fundador da Escola de Medicina, para dr. Jurandir Picanço. O Inventor do Rádio, para João Dummar, fundador da PRE-9, nas Damas. Amigo Número Um, para Lustosa da Costa. Reverendo Mariano da Conceição, para o padre tocador da Congregação do Cristo Rei, tarde das sextas para os jovens, noite dos sábados, para os adultos, chamados acadêmicos. O Doutor em Rotary, para Raimundo Oliveira. Ponte Capitão Bosco, que a construiu, há meio século, sobre o Rio Barra Nova, na fronteira Icaraí-Tabuba. O Indispensável, para desembargador Zezé Câmara. E fecho com Degas Aqui, que é simplesmente jornalista diário mais antigo deste Universo de Deus.

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Vejam vocês como estou metido em camisa de sete varas, e nem adianta piar, embora o pranto seja livre. Desde meus tempos de Fortaleza, não mais tomei o chamado desjejum, pois, além de ter eliminado o café, faz dezenas, também os sucos não fazem parte do meu repertório. Mais tarde, já no Cumbuco, desisti do almoço, passando a fazer apenas uma refeição dita séria por dia, às seis da tarde. Sempre constando de pizza, que agora me é negada, porque os restôs aqui da praia só funcionam até as três, em plena canícula. Em Porto Seguro, na Bahia, o prefeito Jânio Borges assinou decreto autorizando fechamento só às dez da noite, liberando assim as casas de pasto. Portanto, pelo menos, já tenho onde comer, estando de sacola pronta, à espera de vacina.

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Sim, é Verdade, visto almoçando com a mulher no Varandas, um eleitor de dona Luíza Távora, o Néri. Sim, é Verdade, filho nominado de Murilo Amaral, dr. Murilinho continua segurando célere a barra do vírus na Caucaia. Sim, é Verdade, Olinto Oliveira Neto mandou vir paella do Don Pepe, fito festejar nataliciante irmã Renata. Sim, é Verdade, na qualidade de Bisturi Afiado, Glauco Lobo frequenta seleção marmanja de domingo próximo, aqui neste espaço. Sim, é Verdade, bela Marcela Marques, estudante em Portugal, foi única saia no tucunaré do Cipoal de Gadelha. Sim, é Verdade, se a primeira impressão é a que fica, a do recente quezadiano Mateus Mesquita foi a melhor.

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Wherton Pinheiro, que toca duas casas de recuperação de drogados na Caucaia, imaginou trabalhar o título de Cidadão do Município para o repórter. Porém, não foi adiante, não porque haja desistido da empreitada, inegavelmente das mais justas. Pois, entre outros referendos, moro ali há mais de 40, além de tocar ONG Sorriso Colgate, que abastece criançada mensalmente com cesta na higiene pessoal. Ocorreu que o novo amigo veio a descobrir que já detenho a honraria com que me distinguiu Inês Arruda, quando prefeita. Aliás, ela própria me entregou, em solenidade realizada num bifê próximo ao Centro da cidade, dobrando à direita de quem vem pra Fortaleza. Aconteceu no quinto ano do novo século, e mantenho o diploma guardado no baú das coisas preciosas.

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De Sílvio Carlos, em O Estado: Eu não estou em nenhuma das 250 páginas do livro do admirável Lúcio Brasileiro. No capítulo destinado aos aniversários, o 22 de julho, eu completo 80, mas o registro também não é feito. Nem por isso, posso deixar de elogiar o trabalho magnífico, que todo jornalista deve ter. Como é, então, que eu iria saber que estimadíssimo Humberto Camurça apagou velinhas neste primeiro de março? A propósito, prezado Sílvio foi convidado para trabalhar, junto ao Alan Neto e LB, no Diário do Nordeste, que estava para estrear. Ele e o Alan aceitaram, porém eu não vi vantagem na proposta apresentada pelo Edson e resolvi permanecer, e até hoje, no órgão já fincado pela tradição.

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Introdução à Ciência do Direito na Apresentação: O menos importante é quem é apresentado ao mais importante, exemplo, o Lúcio Brasileiro ao Governador do Estado. O mais jovem é quem é apresentado ao mais idoso, o homem é quem é apresentado à mulher. O estrangeiro é quem é apresentado ao nativo, o padre é quem é apresentado ao bispo. O jogador de futebol, mesmo famosíssimo, tal Pelé, é quem é apresentado ao treinador, e quem chega é que é apresentado a quem já se encontra. Pertinente observar que quem apresenta é que declina os nomes dos apresentados e, se possível, o que fazem na vida. Se limitando os introduzidos a formular o "muito prazer", sendo que a mulher é sempre quem se manifesta primeiro nessa exaltação.

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LA CREMA DE LA CREMA (TOMO II) Continuamos hoje seleção iniciada domingo passado, contendo os nomes das senhoras melhormente batizadas pelo repórter diário mais antigo do planeta. A Mulher do Século, para Beatriz Philomeno, que foi, inclusive, uma das Dez Mais Elegantes do Brasil. Primeiríssima-Dama, para Luíza de Moraes Correia Távora. A Primeira Página, para Helena de Aguiar, criadora do Clube das Amigas do Livro, sendo também anfitriola de estreia, em sua casa da Avenida Santos Dumont. Lady-Crooner, para Ana Maria Sales, cantora da orquestra de Carmem Carvalhedo, que faz favor não confundir com Cavallaro. A Tradutora, para Ilka Carneiro Ribeiro, que traduziu do francês "Lawrence da Arábia". Academia da Porcelana e Bem-Estar, para Maria José Emygdio e filha Christiane. Turma da Lenira, grupo de casais dirigido pela sra. Borges em questão. A Dama do PV, para Amélia Gentil, que construiu sua casa vizinho ao estádio, ela, primogênita de Beliza (Isabel) Aguiar, que teria sido a filha favorita da matriarca Melinha Frota. Pérola de Camocim, para Zelma Câmara. A Guia Protetora, para Albanisa Sarasate, a quem procurei, no Rio, para palmilhar meu ingresso em O POVO. A Bela da Amazônia, para Mady Benzecry, a mais linda mulher de Manaus. A Quinderé e Seus Dois Maridos, para amiga Fernandinha Quinderé, que casou com dois extremos, um fazendeiro do Piauí e um pianista do Rio. Torre Dona Maria, onde viveu a sra. Macêdo, nascida Proença, bem vizinho à casa onde morou, que virou condô. Aristocrata da Cana-de-Açúcar, para Lurdes Gentil, filha de usineiros e com escol pernambucano na árvore, família Oliveira Lima, além de descendente do Barão de Suassuna. Reitorisa, inicialmente criado para Graça, mulher do prof. Roberto Bezerra. Plástica Mentora das Artes, para Heloysa Juaçaba, que também pintava marinhas. A Viageira, para Conceição Moreira, que virou mundo. Não Roubou Nem Fez, para Maria Luíza Fontenele, uma dos mais sérios prefeitos que Fortaleza já teve, pelo menos no que se refere ao trato dos dinheiros públicos. A Herdeira, para Lígia Quinderé, com quem ficou o famoso colar da Baronesa de Camocim. ... E o Vento Levou, a história da placa de brilhantes, que ainda hoje rende. A Pedra Fundamental do Abolição, para Olga Monte Barroso, que conseguiu pessoalmente do Sérgio Bernardes o projeto do Palácio. Rainha do Castelo, para Lúcia Dummar. Condessa Tupinambá, para Eveline Cavalcanti, sobrinha-neta do nobre papal Dom José, Bispo Emérito de Sobral. Domingo próximo, hora e vez da marmanjada que melhor ocupou minha pia batismal.