Eu me encontrava na cidade, dia que chegou Maradona, contratado pelo Barcelona, e só não fui ao aeroporto temendo a multidão.
Os jornais noticiavam o que Diego havia aprontado, quando, após assinar o contrato, o presidente do clube quis deixá-lo no hotel, fito repousar para o banquete da noite.
Pediu que o levassem a um supermercado, onde preencheu um caminhão inteiro com papel higiênico.
O fato extraordinário explicita que os complexos da infância permanecem quando o cidadão cresce.
O craque, de cuja condição de maior do mundo os argentinos não abrem mão, nascera em bairro miserável de Buenos Aires.
Onde esse produto não tinha condições de fazer parte da higiene, pois bem, guardou a mancha indelével da carência.