Escalado pela Academia Ipuense de Letras para colaborar no número onze de sua revista, Vicente Alencar ofereceu, entre tantos poemas, estes dois.
Amada: Amo você/pela maravilha/que você é/como mulher/como mãe/como amiga/como conselheira.
Não só pela beleza/não só pela inteligência/não só pela alegria/do teu sorriso.
Amo você/pela mulher-gente/que você é/antes de tudo/e para sempre.
Cego: A luz/de tua vida/acomoda sentimentos/e virtudes/em um corpo cansado/experiente e forte.
Mesmo sem ver/a luz do Sol/embora sentindo/seus raios e seu calor/sobre seu corpo/Mesmo não vendo/este mundo/sabes abrir caminhos/e nos mostrar realidades/que muitas vezes/não enxergamos.