Quem se feriu
O diabo é quem duvida, porém facada no Bolsonaro foi uma facada no intestino do Brasil.
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Categoria: Apanhado político
Apanhado político
Castello Branco, e só ele conseguiria, promoveu eleições um ano após a Revolução de 64, ensejando eleição de juscelinistas no Rio e em Minas Gerais. A linha dura militar não queria e emparedou nesse sentido. O ministro da Justiça, Milton Campos, ao sair de uma reunião com o Presidente, foi abordado pelos jornalistas: Como é, os eleitos tomam ou não tomam posse? Homem sábio, dr. Milton respondeu: Acabam tomando. Tomaram.
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Foi Parsifal Barroso quem vendeu a ala sul do Palácio da Luz. O motivo alegado foi fazer caixa para ajudar a pôr o funcionalismo em dia, que ele não queria deixar o Governo atrasado. Muito justo, acontece que, com esse ato, querido Parsifal fez a cidade perder um jardim em sua zona central.
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Virgílio Távora ficou grato a seu vice-governador, Figueiredo Correia, que não aceitou maquinações de guarnição militar, ou melhor, de alguns de seus integrantes, que queriam VT fora, alegando sua amizade com o presidente deposto João Goulart. E a maneira que encontrou de dizer obrigado foi nomear seu irmão Jáder para uma das secretarias mais importantes, Educação.
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Se não me falha, até 1954, votava-se até para suplente de senador. Considero absurdo a gente não votar para vice-presidente, para vice-governador e para vice-prefeito. O que deveria ser abolido era o voto obrigatório, que enseja a eleição de quem põe mais dinheiro na urna, comprando o ignorante.
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Ernesto Sabóia foi deputado apenas uma legislatura, tendo como base a Princesa do Norte. Vinha tendo bom desempenho, até se meter na sombria história da Lei do Cadillac, pela qual o parlamentar teria direito a importar o elegante carro em questão sem pagar as taxas. O eleitorado não gostou, e ele não conseguiu a reeleição.
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Na eleição de 1986, que pôs Tasso contra Adauto, os dois candidatos a vice estavam em grande dificuldade para manter sua cadeira na Assembleia reconduzida, Achiles Peres Mota e Castelo de Castro. Achiles trabalhou para ser o companheiro de Adauto porque julgava essa candidatura imbatível. Só que Jereissati provocou uma grande reviravolta e botou 600 mil na frente.
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A UDN do Ceará tinha três líderes incontestes: Paulo Sarasate, eleito governador em 54, Virgílio Távora, que perdeu pra Parsifal, em 58, e Adahil Barreto, que surgia como opção para 62. Acontece que alguns colegas de partido o acusavam de esquerdista, desse fato resultou a União pelo Ceará, que deu Virgílio e seu Governo Redentor. Adahil se candidatou pelo PTB de Jereissati, porém sem nenhuma chance, tendo sido eleito deputado federal (naquele tempo podia), onde se encontrava, quando a Revolução de 64, injustamente, diga-se, o ceifou.
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Nas últimas décadas da vida brasileira, único período em que a população pôde respirar foi no Regime Militar, incluindo, naturalmente, os primorosos governos de Médici e Castello Branco. Exatamente quando foi dispensada a colaboração dos políticos.
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Genro de Parsifal Barroso, cearense Francisco Studart foi duas vezes eleito deputado pela Guanabara. No pleito de 1974, ele foi último lugar no Rio, e o ex-sogro, último lugar no Ceará. Divisando o ex-genro nos corredores da Câmara em Brasília, Dr. Parsifal clamou: Lanterninhas!
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Brizola nunca me foi muito simpático, porém, a pedido do Moysés Pimentel, votei nele, no Primeiro Turno daquela eleição que o brasileiro, com medo do Lula, elegeu o alagoano. Brizola teria sido bem melhor presidente do que um punhado desses que andam por aí. E jamais teve sequer uma gota de comunismo.
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Carlos Lacerda muito insistiu que o Brasil promovesse uma democracia de transição, fechando o Congresso por 20 anos, e depois entregando a uma nova geração mais preparada e bem intencionada. Fizeram ouvidos de mercador e o resultado é o que estamos sofrendo, o país correndo célere para o abismo.
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Esmerino Arruda, convidado pelo senador Olavo Oliveira, foi três vezes deputado federal, nunca sobrando voto, sempre apertado, nas últimas posições. Entretanto, era dotado de tino político e foi ele que, pouco antes da eleição de 1986, proclamou que Tasso venceria por mais de 150 mil votos, quando todos antecipavam que parada com Adauto seria duríssima, e havia até mesmo quem apostasse na vitória do coronel.
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Não será uma eleição nem várias eleições que poderão salvar o País, pois o buraco é mais embaixo e muito grande. Tem de haver uma mudança de regime, talvez implantação do Nacional-Socialismo, que livrou a Alemanha do Comunismo, nos anos 20 e 30, pois, após a queda da Rússia, a mira dos vermelhos era a Alemanha.
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Na eleição de 1954, quando Paulo Sarasate bateu Armando Falcão, correu, afoitadamente, que Falcão teria sido vítima de urnas superpostas no município de Itapipoca, que teriam elevado em 15 mil a votação de seu adversário. Chefe da campanha da UDN, partido de Sarasate, Virgílio Távora, em conversas mais íntimas, parecia confirmar a fraude que virou o placar.
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Waldemar Alcântara veio se queixar ao repórter: Aparentemente, quem manda é o Virgílio, só que quem manda no Virgílio é a Luíza, e quem manda na Luíza é a Nícia, irmã mais velha, e quem manda na Nícia é o Flávio Marcílio. Então, fica muito difícil o acordo com a turma do PSD, que eu lidero.
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Coronel Adauto Bezerra, que com Virgílio e César formou triunvirato de governadores militares que só fizeram bem ao Estado, quando deixou o Governo, teve uma senatória à sua disposição, porém não aceitou. Eu estava em Mar del Plata, cobrindo Mundial da Argentina, quando o Paulino Rocha, que ficara aqui, comunicou-me sua desistência, e eu, imediatamente, fiz um apelo, via Verdes Mares, ao juazeirense para que fosse candidato. Não atendeu, por motivos até hoje não bem esclarecidos, e acabou sendo deputado federal mais sufragado, com o meu voto, acredito que 120 mil.
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Logo após a Revolução de 1964, um inquérito policial militar da Décima Região pediu à Assembleia cassação de cinco deputados envolvidos, principalmente, com contrabando de café. Nesse tempo, ainda tinha de passar pelo Legislativo, porém a mesa resolveu ganhar tempo e, depois, alegou que caíra em exercício fino. Os comandos, mesmo de dedo no nariz, aceitaram, porém a oficialidade jovem, não, e o Choque passou pela casa de cada parlamentar, prendendo na marra. Castello Branco mandou soltar imediatamente, porém os capitães e tenentes não aceitaram, e criou-se o impasse. Castello deslocou pra cá comandante do Quarto Exército, general Lira Tavares, e a solução encontrada foi soltar os deputados pela manhã e Assembleia cassar à tarde.
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Fausto Cabral foi o senador não eleito que mais assumiu, passou sete anos na chamada Câmara Alta, beneficiado pelos três em que Parsifal foi ministro e Plácido governador. Já o meu amigo Esmerino Arruda foi dezesseis anos suplente e não assumiu um só dia.
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Jorge Furtado Leite e Paes de Andrade, mesmo já idos, continuam liderando relação recordista dos deputados federais cearenses. Fica difícil é o desempate, pois, se Paes foi presidente da Câmara, Furtado Leite, secretário, posição também valiosíssima. Furtado Leite, por outro lado, leva vantagem de oito vezes seguidas, sem intervalo, enquanto Paes, mais para o fim, intercalou, ficando quatro anos sem o posto.
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