Categoria: Apanhado político

No Governo Plácido Castelo, trabalhei no Conselho de Contribuintes. Logo após tomar posse, Plácido me convidou para assumir o Turismo, porém, não aceitei, face a que o cargo era nível Divisão, e não, pelo menos, Departamento. Coronel Adauto me chamou pro Cerimonial, que eu não podia compatibilizar com minhas atividades na televisão.

Nota dada sobre membro da Turma do Náutico, que teria candidato a Miss Bicho do CPOR, revoltou a rapaziada, que decidiu me passar um corretivo, intenção manifestada na entrada do clube, que realizava seu primeiro Baile de Debutantes. Eram uns 15, e foi preciso usar toda minha serenidade e talento para escapar sem peia, porém o summer que ganhara do meu pai por boas notas no Marista Cearense, ficou bastante arranhado.

O inesquecível Arialdo Pinho era contra que se pusesse aquelas caixinhas metálicas na parede pra esconder o armador, justificando que se existe, é para aparecer, e sempre optava pelo formato tradicional, em curva, e à vista de todos.

Na entrevista à Cidade, foi abordada a maior gafe cometida, logo no início dos quase 70 de carreira, assumindo emprego de relações públicas da Real Aerovias, noticiei que a empresa iria abrir linhas para Caucaia e Maranguape, sem atentar pro fato mais que evidente que nesse caso, tal a proximidade de Fortaleza, teria de dar marcha-à-ré no voo. Na realidade, seriam apenas agências para vender passagens nas duas cidades.

Em seu “Minuto, Minutinho, Minutão” em O Povo – CBN, venho martelando que não se pode dar o nome de próprio a público a quem ainda não partiu. Primeiro, tem que morrer.

Já fiz três vezes o Expresso do Oriente, todas saindo de Veneza e concluindo duas em Paris e uma em Londres. Penso até que posso ser o recordista mundial ou, pelo menos, brasileiro.

Ouvintes e espectadores telefonaram para perguntar sobre temas que achavam pertinentes e não foram abordados na entrevista que concedi a Ricardo Bezerra na Rádio e TV Cidade. É o que podemos chamar de reclamação enaltecedora, que serve como medição da audiência proporcionada. Acontece que o tempo, apenas uma hora, para atender à grande curiosidade realmente é bem menos do que suficiente.

Certa vez, João Soares, que ainda não era o grande empresário de hoje, me perguntou se eu topava dirigir o Fortaleza, clube que tinha seu pai, Bezerra de Oliveira, como presidente. Não sei se estava autorizado e não levei a sério, porém, que convidou, convidou.

Meu colega Dário Macêdo foi um dos que denotaram maior vocação política. E era também bom orador. Nos primeiros tempos de governo do sogro, ocupou a Casa Civil, mas esse não parecia ser seu lugar, pois não tinha queda para o lado social, sendo o mesmo avesso a comparecer em banquetes e coquetéis. Muitos colegas e eu achávamos que o cargo de porta-voz seria o ideal, tanto que durou pouco.

Coordenação Administrativa foi uma secretaria criada por Virgílio Távora em seu primeiro governo para atender ao acordo do PSB. Para ocupá-la, ele escolheu Vicente Augusto, que fora um dos inspiradores da União pelo Ceará, a qual o elegera. A pauta forte da nova pasta era a elaboração do orçamento, porém VT preferiu outra direção, com a qual não concordou Vicente, que pediu as contas e se mandou logo no início da administração veteriana.

Mais uma vez, os irmãos Belchior, comandados por Alessandro, marcam o ano plástico e beneficente com seu leilão de arte, que é revertido em prol de um rol de entidades assistenciais.

Três senhoras da sociedade preencheram a pauta cantante de um dos meus “Quando janeiro termina”, pois assim batizadas algumas das festas que eu promovi no San Pedro Hotel do Pedro Lazar, na Floriano Peixoto com Castro e Silva: Madalena Pinheiro, com Bossa Nova, Eloá Nogueiras Paes, com uma cantiga épica, e Ivone Gentil, com May Melancolic Baby, sua música favorita.

João de Deus Costa Lima informa que, em 25 de maio de 2024, teremos o centenário de seu pai Jeová, nascido em Irauçuba e "crescido" em Russas.

Lustosa da Costa tentou uma vez a deputação federal. Isso aconteceu em 1966, ele primeiro procurou seu amigo Edson Queiroz, com o Livro de Ouro. Edson lhe disse "Olhe aqui, não acredito em suas possibilidades, então vou assinar apenas pela metade, mas na hora que voce achar possivel se eleger, eu cobrirei o que faltar". Pois bem, Lustosa não voltou. E apesar de ter tido excelente votação, sobretudo em Fortaleza, onde só perdeu em seu partido para Martins Rodrigues, ficou faltando precisamente o que Edson prometera e cumpriria, pois não era de roer a corda.

Das seis emissoras mais antigas, trabalhei na Iracema, Uirapuru, Dragão, Verdes Mares e, por último, na Rádio Clube (ex Pré-9). Só faltou a Assunção do Arcebispado, porém, ainda assim, participei da programação inicial, a convite do Amílcar Arruda, entrevistado junto a outros colegas que viraram saudades.

Na pérgula do Copacabana Palace, que tanto frequentei, faz anos e anos, não mais, aprendi esse truque, quando alguém não simpático se sentava no grupo: Maître, a minha mesa está pronta? Para quem chegou sentir que não é bem-vindo.

Durante seu primeiro governo, o Coronel Virgílio teve uma espécie de escuta oculto, incumbiu ao jornalista Otacílio Colares, que era o Subchefe de Imprensa, preenchendo a ausência de Nertan Macêdo, de ouvir o rádio durante boa parte da noite e lhe passar as informações mais quentes do mundo na manhã seguinte.

No Rio, convidei o Coronel Hélio Lemos, o qual aqui havia comandado o grupo de Obúzios, para um drink no meu apê do Hotel Glória, e uma das questões ventiladas versou sobre alguns de seus colegas que pretenderam apear o poder de Virgílio Távora, que realizava governo redentor. E foi essa a colocação do Coronel Lemos: era totalmente gratuito, pois Virgílio não tinha porque ser cassado.

Os três maiores amigos do meu amigo José Macedo na política foram Flávio Marcílio, Virgílio Távora e Waldemar Alcântara, muito provavelmente, nessa ordem.

Os três maiores amigos do meu amigo José Macedo na política foram Flávio Marcílio, Virgílio Távora e Waldemar Alcântara, muito provavelmente, nessa ordem.