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Almoçando com Adauto Bezerra em Santa Cruz, achei de inquirir sobre a desistência da candidatura ao Senado em 78. Explicou que não quis concorrer por não acreditar na sinceridade do apoio do coronel Virgílio. Em se tratando de um gentleman, preferi não retrucar, embora não acreditasse nessa proposição, da qual eu não achava VT capaz, pois, para mim, seu comportamento na questão de lealdade era irretocável. Continuei (e continuo) achando que alguém infernizou a cabeça de Adauto.
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Categoria: Apanhado político
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Eu estava no Rio, quando, saindo de madrugada da Boate Sacha’s, fui informado pelo maitre Luiz de que Virgílio tinha perdido a eleição de Governador para Parsifal. Regressando a Fortaleza, fui logo visitá-lo, em casa que alugara na Barbosa de Freitas, e como dona Luíza queria uma pizza, fomos os três para o Líbano da Tibúrcio Cavalcante, que tinha. Na hora da conta, VT puxou da carteira uma cédula de mil, provocando a tirada de José Jereissati, irmão do Carlos, que sentara conosco: “Major, ainda sobraram dessas, eu pensei que só tivessem ficado de duzentos”, ao que VT imediatamente repicou: “Ainda sobraram algumas papinhas amarelas, para manter o apetite da madame.”
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Acrísio Moreira da Rocha, prefeito de Fortaleza entre 47 e 50, se lançou novamente em 54, por seu pequeno partido, o PR. Para que ele apoiasse o candidato ao Governo, Paulo Sarasate, a UDN propôs apoiá-lo para a Prefeitura, porém Acrísio não aceitou, sugerindo que o partido lançasse seu próprio candidato. Foi uma jogada das mais inteligentes, pois sabia que o partido, bastante conservador, não o sufragaria, o populismo. Foi então que a UDN lançou Raimundo Girão, que obteve quinze mil votos, a maioria saída do acervo do excelente candidato do PSD, Ari de Sá Cavalcante. Com essa manobra, Acrísio foi eleito.
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Não tinha chegado nem à metade do Governo, quando Parsifal Barroso rompeu com Carlos Jereissati, por motivos até hoje não totalmente esclarecidos. Observadores daquela época opinam que foi uma má jogada de Parsifal.
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Não tinha chegado nem à metade do Governo, quando Parsifal Barroso rompeu com Carlos Jereissati, por motivos até hoje não totalmente esclarecidos. Observadores daquela época opinam que foi uma má jogada de Parsifal.
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José Martins Rodrigues e Carlos Jereissati formaram na comitiva PSD-PTB que foi a Meruoca comunicar a Chico Monte que os dois partidos estavam dispostos a lançar seu genro Parsifal para o Governo do Estado. E voltaram com o assentimento do chefe nortista que tinha um compromisso de apoiar Virgílio Távora, ficando com a vice. Depois, justificou que genro único é como filho.
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Nascido em 1917, Carlos Jereissati tinha apenas 37 anos quando foi eleito deputado federal, que bisou em 58, sendo em 62 brindado pelo eleitorado cearense com a cadeira de senador, que foi a Brasília assumir, porém não exerceu, tendo os colegas o homenageado com a segunda Secretaria da Mesa. Carlos tinha apenas 45 quando partiu.
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Sim, é Verdade, dois governadores saintes lideraram votação para deputado federal, Virgílio Távora, em 66, e Adauto Bezerra, em 78.
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Eleito senador em 1954, liderando a votação, Fernandes Távora mandou chamar os deputados estaduais Manoel de Castro e Guilherme Gouveia, levantando tampa do baú, tirou duas cédulas de 500, enormes, naquele tempo, e passou aos dois, explicando: Sei que vocês tiveram muita despesa na campanha e estou procurando compensar.
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Candidato inicial de Juscelino para o mandato tampão, após derrubada de Jango, era o marechal Dutra, a quem, por sinal, comunicou. Porém, fizeram ver a JK que Dutra não empolgava à oficialidade jovem e, além do mais, era tisnado pelo Getulismo, que se pretendia acabar.
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Padre Arquimedes Bruno acatou a diretriz episcopal de batina não valer pra eleição. Ele seria candidato, com grandes possibilidades, a senador, apoiado pelas esquerdas, que acabaram sufragando Carlos Jereissati.
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Foi Moema, única irmã varoa do Governador eleito, quem bateu em minha porta do Iracema Plaza, poucas horas antes da realização, para que tomasse a frente do banquete de posse do Virgílio Távora, que eram mais de mil pessoas.
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Fausto Cabral, genro do presidente do PSD, Antônio Gentil, chegou a ser cogitado pra governar o Estado em 1950, porém o partido preferiu Raul Barbosa, e, de compensação, Fausto ganhou a suplência do Senado, que exerceu quase todo, com Parsifal, primeiramente Ministro do Trabalho, e depois, Governador.
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Após exercer a Prefeitura de Sobral, os amigos dizem que foi bom, os inimigos, péssimo, padre Palhano foi dos mais votados pra deputado federal, tendo mandato ceifado por Castello Branco, mesmo tendo aberto uma Frente Parlamentar de Apoio ao Presidente e da Revolução.
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Meu amigo Péricles Moreira da Rocha parece haver sido único caso de presidente da Assembleia renunciante, causada por sua desavença com governador Raul Barbosa.
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Acervo político do cap José Dias Macêdo: Três deputações federais, duas suplências no Senado, ambas de seu amigo Virgílio Távora, e uma segunda suplência, quando encerrou a carreira.
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Naquele tempo, estamos anos 50s e começo dos 60s, o candidato a governador podia ser também a deputado, tendo acontecido com Armando Falcão, em 54, e Adahil Barreto, em 62, perderam para o Executivo e ganharam disputando a cadeira legislativa.
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Armando Falcão, que se tornara inimigo figadal de Carlos Jereissati, na condição de líder da maioria na Câmara dos Deputados, precisou de quatro votos do PTB de Jereissati, que esqueceu tudo e concedeu.
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Chamava-se Matoso o deputado do PSD que, tendo sido eleito pra Assembleia, em 1950, deixou Paes de Andrade na suplência, porém, vítima de acidente automobilístico em Sobral, abriu a vaga para o representante de Mombaça, que assim nem chegou a sentir o amargor da derrota.
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José Martins Rodrigues teve quatro mandatos federais, sempre bem votados, mas nunca liderando, tendo começado em 1954, estando em exercício quando foi estupidamente cortado pelo AI-5.
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