Apanhado
Para este repórter e, acredito, grande parte da população, Tasso Jereissati, grande nos três governos, foi principalmente no primeiro, enquadrando os políticos nos princípios da austeridade e honradez e se negando a lhes dar a chave do cofre.
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Categoria: Apanhado político
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Dr. Paulo Sarasate sempre se hospedou no Rio no Hotel Regina, seu lar carioca. Até mesmo quando governador, exceto período em que, tratando da saúde, o médico preferiu pô-lo no Hotel Novo Mundo, dotado de melhores condições de conforto.
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Em dificuldades para se reeleger deputado estadual, Plácido Castelo foi feito governador pelo presidente Castello, apontado por Paulo Sarasate. Terminado o mandato, os militares puseram César Cals, que viajando a Brasília pra posse de Geisel, levou como trunfo, no bolso do colete, o nome de Plácido para senador, que ficara muito ligado ao general Dilermando Monteiro, que seria o chefe da Casa Civil do novo Presidente, mas, brincando com o neto na banheira, na véspera, teve acidente que o impediu de assumir, e aí então César recuou da indicação, demonstrando que cavalo selado só passa na frente da porta uma vez na vida.
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Joaquim de Figueiredo Correia foi tão decente com Virgílio Távora, de quem era vice, que, logo que pôde, o Governador fez de seu irmão Jáder Secretário da Educação, onde, por sinal, saiu-se bem.
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No II Veterado, não houve um nome que marcasse no Secretariado. No I, tivemos Edson Ramalho na Fazenda, que botou arrecadação do Estado lá pra cima. O general morreria logo depois de deixar o cargo, mas sua imagem de administrador competente e honesto permanece indelével.
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Entre os empresários que tiveram só um mandato de deputado, figuram Bonaparte Maia e Audísio Pinheiro. Quanto a Raul Carneiro, teve dois, um federal e outro estadual.
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Mesmo com uma minoria minoritaríssima do Exército pretendendo apeá-lo do poder, o governador Virgílio Távora tinha a resposta na ponta da língua quando lhe perguntavam como iam as coisas: Melhor do que pedi a Deus.
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Joaquim de Figueiredo Correia ganhou fama de valentão na Assembleia, por haver enfrentado Péricles Moreira da Rocha, quatro vezes mais pesado.
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O PSD fez um governador em 1950, qual seja, Raul Barbosa. Porém, perdeu a Prefeitura, lançando o banqueiro Antônio Gentil contra Paulo Cabral, da UDN, que era radialista. Disseram que quem o derrotou foi o slogan: O Tostão Contra o Milhão.
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Do meio pro fim dos anos 50 e mesmo nas décadas seguintes e ainda até hoje, se comentam as eleições de 1954, aparecendo sempre quem garanta que o governador eleito foi Armando Falcão e não Sarasate. Há inclusive uma história de que, em 1962, Virgílio e Falcão vieram do Rio lado a lado no avião e que Távora teria perguntado ao Armando: Doutorzinho, quer ser Governador do Ceará, de novo? Sugerindo que uma fraude eleitoral ensejara a virada do placar.
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Tabelião Cláudio Martins disputou a Vice-Prefeitura de Fortaleza na garupa de seu amigo Flávio Marcílio, perdendo para Aécio de Borba, que formava chapa com o eleito Cordeiro Neto. Aliás, Cláudio era figura da sociedade, do Rotary e das Letras, tendo sido presidente da Academia Cearense. Porém, não de política, não de palanque, já que na época ainda não tinha televisão.
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José Macêdo fez tudo para não entrar na política. Primeiro, convidou ex-governador Raul Barbosa para ser o candidato do grupo, porém ele não aceitou. Depois, convenceu o irmão Antônio, que deu cabo da vida uma semana antes da eleição. Assim, não houve jeito, foi eleito três vezes e saiu primeiro suplente uma vez, e segundo, outra.
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Três vezes presidente da Câmara Federal, Flávio Marcílio provou da glória e seu oposto na longa carreira política. Começou eleito vice-governador na chapa de Sarasate, em 1954, já que naquele tempo se votava para governador e para vice separadamente. Em 1958, disputou a Prefeitura, ficando em terceiro. Em 1962, não conseguiu se eleger deputado, porém assumiu, com as cassações impostas pela Revolução. Em 1966, foi eleito deputado, mantendo essa posição por 20 anos, quando só obteve a segunda suplência, e a segunda, em 1990, quando, já doente, pendurou as chuteiras.
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Luiz Vieira, chefe do clã que ocupava a traseira da Catedral, era o dono do Banco União, porém seus filhos varões, Mário, industrial têxtil, e Jaime, engenheiro-construtor, logo fizeram ver ao pai que não tinham vocação para tal mister. A solução foi entregar a empregado por quem nutria especial afeição, José Pontes de Oliveira, por sinal, uma das pessoas que mais me ajudaram na vida, claro que financeiramente falando.
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Jamais suplentes tiveram tanta sorte como os da bancada do PTB jereissadista de 1962. Com morte de Antônio Jucá, assumiu Álvaro Lins; com perda de mandato de Moysés Pimentel e Adahil Barreto, entraram Flávio Marcílio e Crisanto Moreira da Rocha, que também não haviam conseguido a eleição.
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Vulto da indústria têxtil, empresário Audísio Pinheiro foi candidato a deputado federal uma única vez, em 1962. Daí em diante, apoiou seu amigo Ernesto Gurgel Valente, do Aracati, que lhe deve três mandatos seguidos. Morreu jovem, com ainda muito pra dar.
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Deputado Marcelo Linhares me passou que Flávio Marcílio nunca foi convidado por Paulo Maluf para vice, saiu por conta própria, pois o candidato à Presidência preferia um nome que somasse, já que Marcílio era um malufista declarado.
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No jantar black-tie que organizei para inaugurar o Panela, obra-prima de Chico Philomeno, Rubens Costa comunicou, tristemente, que iria deixar o Banco do Nordeste, onde realizava primorosa administração, pressionado pelo ministro Delfim Netto, que havia recebido ordem do general Médici para levá-lo para o Banco Nacional de Habitação.
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Repórter ouviu recentemente a explicação por que o dr. Stênio Gomes, eleito deputado federal Constituinte, decidiu se candidatar prefeito de Fortaleza. Foi simplesmente porque não andava de avião.
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Uma noite, no Baiuca, primeira churrascaria da nascente Beira Mar, o Waldemar Alcântara me chamou e expôs a situação: Tá difícil a tramitação política, pois o Flávio manda na Nícia, a Nícia manda na Luíza e a Luíza manda no Virgílio.
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