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Nascido em Cajazeiras, o deputado estadual pelo Crato Wilson Gonçalves, escolhido por Parsifal Barroso para seu vice, de uma lista quíntupla, formada por seu partido PSD, com aqueles que estavam em dificuldade de reeleição. Isso serviu de base para ser aquinhoado com 16 anos de senador, terminando Ministro do Tribunal Federal de Recursos, hoje Superior de Justiça. Foi um dos políticos mais sérios que já tivemos.
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Categoria: Apanhado político
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Cruzei Virgílio Távora na reunião de prefeitos cearenses no Crato, à qual ele comparecera na condição de deputado federal, pois o governador já era Plácido Castelo. Tive prontamente a ideia e o convidei para um drink na Torre do Iracema, e quando ele chegou, em companhia do cunhado Milton Moraes Correia, já encontrou dois que eu chamara para compor a roda, meus também amigos Parsifal Barroso e Waldemar Alcântara, resultando um dos melhores papos realizados em minha casa.
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Tive o prazer de receber para almoço, na Torre do Iracema Plaza, membros da Assembleia Legislativa, congregados por Aquiles Peres Mota, que se propunham a apoiar o ex-governador Virgílio Távora, recém-eleito para a Câmara Federal. Eram uns sete, mas me lembro nominalmente apenas de dois, por sinal, deputados estreantes, Marcelo Holanda, de Baturité, e Herval Peixoto, do Crato. Se autointitulavam Grupo de Ação Parlamentar, que assim nasceu lá em casa, porém durou pouco.
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A bancada dos irmãos Pontes, de Massapê, só deu um deputado federal, Osires, duas vezes, sendo também suplente de senador. Pontes Neto chegou a presidente da Assembleia, enquanto os outros dois, Vilmar e Aurimar, foram apenas estadual.
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Um dos mais corretos presidentes que a Câmara Municipal de Fortaleza já teve foi José Barros de Alencar, que lutou a vida toda pela emancipação de Messejana, nada conseguindo. Com ele, mantive sempre uma excelente relação que sempre deve haver entre político e jornalista.
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Ao Edson Queiroz Filho, por quem nutria afeição, expliquei por que não o sufragava para deputado: Repare bem, você está entrando na política porque teve um pega com o cunhado Tasso Jereissati e não considero que isso seja motivo, é preciso algo mais profundo, é preciso vocação.
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Na eleição de 1990, Ariosto Holanda tomou o lugar de Firmo de Castro, que havia sido eleito em 86, e, em 1994, Firmo de Castro ocupou o lugar de Ariosto Holanda, que saiu suplente.
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Dois exemplares deputados cearenses, Joaquim de Figueiredo Correia e Manoel Rodrigues, tiveram terceiro mandato federal interrompido por questão de saúde, que apressou sua saída deste mundo, desfalcando a bancada nunca pródiga em homens probos e vocacionados para a vida pública.
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Pouca gente, mesmo daquele tempo, sabe que José Martins foi Ministro da República. Aconteceu na interinidade Ranieri Mazzili, na renúncia do presidente Jânio Quadros. O cearense ocupou a Pasta da Justiça, tendo sido colega do general Ernesto Geisel, que era o chefe da Casa Militar.
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Dr. José Martins Rodrigues foi provavelmente exemplo maior de dignidade na vida pública cearense. Teve quatro mandatos de deputado federal, todavia não foi Constituinte, pois começou em 54. Sempre bem votado, nunca, entretanto, ocupou a liderança da votação, e teve seus direitos políticos suspensos em 1969, antes que o povo cearense pudesse lhe consagrar a quinta eleição.
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Dois proeminentes da bancada cearense na Câmara que tiveram quatro mandatos, mas perderam para o Governo do Estado, Armando Falcão e Adahil Barreto. Armando, na quinta tentativa, falhou, enquanto Adahil não disputou, por ter sofrido perda dos direitos políticos, em 1964.
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Léo Alcântara teve três mandatos federais, e o pai, Lúcio, dois. Quanto ao avô, Waldemar, na única vez que tentou a Câmara, só ficou na suplência, assumindo com falecimento do colega Walter de Sá Cavalcante.
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Logo que a televisão anunciou a cassação de seu mandato pelo AI-5, José Firmo, que compensava os tímidos recursos culturais com tremenda vivacidade política, reuniu os amigos no Hotel Brasil, por trás da Assembleia, onde residia, encomendou várias caixas de cerveja, proclamando: Vambora beber, negrada!
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Quando o PSD, unido ao PTB de Jereissati, lançou a candidatura de Parsifal Barroso ao Governo, em 1958, ficou certo de que o partido maior apontaria o vice, e uma lista de cinco nomes foi enviada ao professor, que depois comentou, com seu refinado senso de humor: Escolhi Wilson Gonçalves que, não sendo analfabeto, pelo menos vou ter com quem conversar, quando, de noite, tomarmos as redes para dormir, após os comícios.
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Nas articulações finais pela União Pelo Ceará, em 1962, aconteceu uma reunião matinal, em casa de dr. Pimentel, para apontamento do nome do partido que disputaria uma vaga no Senado, mas quando presidente mencionou Armando Falcão, que estava presente, dr. Waldemar de Alcântara pediu a palavra e salientou que o partido preferia Wilson Gonçalves. Falcão, ao usar da palavra, disse que nada tinha a opor, mas gostaria de sair dali na certeza de que seus colégios eleitorais seriam mantidos, visando a retorno à Câmara Federal.
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De Armando Falcão, quando o general Ernesto Geisel o convidou para a Pasta da Justiça: Presidente, sei perfeitamente que um ministro pode fazer tudo o que quiser, menos o que o presidente não quer.
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Vicente Augusto e Moacir Aguiar foram dois cabeças de seus respectivos grandes partidos, PSD e UDN. Entretanto, ambos careciam de charme eleitoral, amargando às vezes suplência da Assembleia, tendo Vicente sido eleito uma vez pra Câmara Federal. Um e outro, grandes amigos meus.
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Jorge Furtado Leite, alcunhado de Hildo, amigo do meu pai, teve oito mandatos seguidos de federal, seu único posto, sempre ocupando posição intermediária, com folga de votos. No pleito de 1986, ficou em último, desbancando seu amigo Flávio Marcílio. E não mais se candidatou, preferindo eleger duas vezes o genro Antônio dos Santos.
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Na última eleição pra deputado que disputou, o meu amigo Esmerino Arruda, que estava a perigo, recebeu uma merenda eleitoral de última hora e acabou entrando, quase desbancando meu amigo também José Flávio Costa Lima, que acabou na rabeira, deixando na primeira suplência o médico sobralense Francisco Adeodato.
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Permanecendo no Governo e fazendo Virgílio Távora seu sucessor, Parsifal Barroso acabou não emplacando seus dois candidatos favoritos, Armando Falcão, que o PSD já não aceitava pelas posições lacerdistas, e José Flávio Costa Lima, que a UDN considerava não ter densidade eleitoral.
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