Apanhado
Apesar de seu partido apoiar o Governo, José Martins Rodrigues se indispôs com os desmandos de João Goulart. Dias antes da derrubada do Presidente, encontrou correligionário Armando Falcão, que fazia oposição declarada, a quem preveniu: O seu dia está chegando.
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Categoria: Apanhado político
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O empresário José Macêdo, que sempre admitiu não ter vocação política, obteve três mandatos federais e depois foi suplente de Virgílio Távora no Senado, tendo sido colocado, mais tarde, na segunda suplência, não mais disputando depois disso, num envolvimento de 28 anos.
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Em seu pouco tempo de mandato federal, menos de dois anos, o padre Palhano marcou sua atuação, inclusive criando uma liga de deputados em apoio ao presidente João Goulart. Para os correligionários, a cassação poderia ter sido evitada, porém militares ligados a seu inimigo Cesário Barreto foram implacáveis.
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Se não tivesse ocorrido 64, dr. Parsifal Barroso teria sido nomeado pelo presidente João Goulart embaixador do Brasil em Israel, que seria seu último posto de grande envergadura.
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O Ceará deu dois ministros no Governo Juscelino, Parsifal Barroso, que saiu do Senado para assumir a Pasta do Trabalho, e Armando Falcão, que deixou a liderança da maioria para tocar a da Justiça.
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Foi um médico genro do Wilson Gonçalves quem contou que no dia da posse de Paulo Sarasate no Governo do Estado, trabalhava na Assistência Municipal, quando dona Albanisa o chamou para aplicar uma injeção no marido, que não queria se dirigir à Assembleia, alegando que a eleição havia sido ganha não por ele, mas pelo Armando Falcão.
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Após entrevistar o dr. José Martins Rodrigues na Pioneira TV-Ceará, o convidei para jantar em minha casa, no Iracema Plaza, e, para meu gáudio, prontamente aceitou. Ele havia passado por sua última eleição, a quarta, e convidei também o Vicente Augusto, que havia sido seu colega no PSD, e o Pádua Campos, um dos jornalistas mais honrados que conheci.
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Quatro de novembro, centenário de Joaquim Figueiredo Correia. Um dos políticos mais sérios que hei conhecido, tirando VT. Tendo formado a dupla com Virgílio Távora na União Pelo Ceará, deu a seguinte resposta aos militares que lhe foram oferecer o poder: Os senhores estão esquecendo que eu fui eleito vice, quem foi eleito governador foi ele.
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Virgílio Távora chegou a me confirmar que, se não tivesse havido 64, o candidato à sua sucessão teria sido Expedito Machado, dentro do protocolo da União Pelo Ceará, que estabelecia o revezamento dos governadores entre os dois maiores partidos, UDN e PSD.
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Quando ocupante do Palácio da Luz, dr. Parsifal Barroso foi procurado por um amigo que lhe pedia um colégio necessário à sua eleição para deputado estadual. O Governador começou reagindo desta maneira: Olhe aqui, o nome não é colégio, o nome é curral, e eu não tenho mais nenhum curral para lhe oferecer, pois a sede do meu pessoal é insaciável.
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Padre Arquimedes Bruno era previsto ser candidato a senador, porém o arcebispo dom Antônio de Almeida Lustosa embargou. Tenho a impressão de que o teólogo acabou votando em Carlos Jereissati, pois penso que jamais votaria em candidatos da União Pelo Ceará.
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Adolfo Gentil, banqueiro cearense do Rio, foi duas vezes eleito deputado federal pelo Ceará, em 1950 e 1954, não obtendo o terceiro mandato, na eleição de 1958. Em 1962, tentou a suplência de Wilson Gonçalves, que preferiu programar seu amigo Vicente Augusto, que estava em dificuldade para ser reconduzido à Assembleia.
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O coronel César Cals só se candidatou uma vez e não conseguiu a cadeira no Senado, que atingiu, posteriormente, pelo sistema indireto. O ótimo governo que realizou foi rapidamente esquecido pelo eleitorado, e seu grupo terminou com um só partidário, o filho Marcos, que foi presidente da Assembleia, mas não teve chance quando se dispôs a governador.
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Abelardo Costa Lima nunca teve eleição folgada e chegou até a ficar na suplência de deputado estadual, isso porque só tinha um colégio, Aracati. Tradicionalmente da UDN, passou-se para o PTN de Parsifal Barroso, no começo dos anos 60.
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Os Arruda de Granja tiveram 12 mandatos de deputado federal: Vicente, cinco; Esmerino, três; Zé Gerardo, três; e Edgar Arruda, que foi candidato a governador e perdeu, foi eleito constituinte em 46.
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Se tivesse vingado o acordo engendrado por Virgílio Távora para a eleição de 1958, o governador, naturalmente, seria ele, e o vice, indicado por Chico Monte, sairia de Sobral, provavelmente Paulo Sanford, ficando Olavo Oliveira com a vaga de senador. Porém, foi aí que Carlos Jereissati entrou na jogada, e com notável tirocínio, lançou a candidatura Parsifal, imediatamente apoiada pelo PSD de Pimentel e José Martins Rodrigues. E o sonho de VT, naquele tempo, foi pro brejo.
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Até hoje, existe quem assegure que o dr. Parsifal Barroso não queria ser eleito governador em 1958. E só foi candidato para atender o sogro, Francisco de Almeida Monte, que queria ver o genro único na Chefia do Poder Estadual. O professor tinha mais quatro anos de Senado e almejava reassumir o Ministério do Trabalho ou até mesmo ocupar uma embaixada na Europa, preferencialmente, a da Santa Sé.
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Até eleição de 1954, aquela que ainda hoje se diz “Armando Falcão ganhou, mas quem levou foi Sarasate”, ainda se votava para suplente de senador, porém, no pleito seguinte, 1958, não mais se votou para suplente.
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Eu cheguei a votar para vice-prefeito, aconteceu na eleição de 1962, quando meu pai em jornalismo, Luís Campos, formou com Murilo Borges. Por sinal, Luís teve diferença maior sobre seu vice mais próximo do que o próprio Murilo, que foi eleito apertadinho. Depois dessa eleição, nunca mais se votou para vice-prefeito.
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Ernesto Miranda, filho da legenda sobralense dr. José Saboya, teve um mandato de deputado federal, tentou a reeleição, mas não conseguiu. Dizem que porque se envolveu na Lei do Cadilac, pela qual os parlamentares teriam direito a importar carro sem pagar as taxas oficiais. A Câmara aprovou, porém o Senado, a mando de Carlos Lacerda, derrubou.
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