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Raul Barbosa foi um dos melhores governadores que o Ceará já cobriu, sobretudo, moralmente impecável. Pois bem, saiu candidato a senador, e o eleitorado alencarino lhe deu último lugar, lanterninha de quatro concorrentes para duas vagas. Raul, que tinha sido deputado federal, nunca mais disputou, tendo tido notável desempenho na Presidência do Banco do Nordeste e, mais tarde, levado por Castello Branco para a Direção do BID, em Washington.
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Categoria: Apanhado político
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Em 1965, Castello Branco mandou general Ellery ao Maranhão, para auscultar a eleição de Governador. Na volta, Ellery lhe passou: Presidente, a situação é a seguinte, de um lado, um PSD suspeito, e do outro, a UDN do Sarney esquerdista. Se eu fosse o senhor, escolheria o Sarney, que pelo menos tem ficha limpa. Naturalmente, que deu Sarney.
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Nos anos 50, teve um político paranaense que meteu a mão na massa, quando Governador, tanto que seu nome passou a ser símbolo de corrupção, designando o homem público impublicável. Mais tarde, disputou, de uma só vez, senador, deputado estadual e deputado federal, ensejando o eleitorado lhe ministrar uma lição, pois perdeu as três.
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Prefeito de Juazeiro, Arnon Bezerra, tem seis mandatos de deputado federal, ele sozinho batendo os tios reunidos: Orlando, três; Humberto, dois; e Adauto, apenas um. Filho do mais velho, Leandro, que matrimoniou uma Quezado do Crato, prima, embora não tão próxima, de minha mãe, que se desentendeu com os irmãos bem antes de o BIC bater à porta.
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Naquele tempo, podia o candidato a Governador ser também a Deputado. Assim, em 1954, Armando Falcão perdeu o Palácio da Luz pra Sarasate, mas ganhou cadeira na Câmara. E oito anos depois, Adahil Barreto, derrotado por Virgílio Távora, conseguiu entrar na bancada da Câmara.
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O I Veterado, apesar de grande, não revelou muitas estrelas, pois o próprio Virgílio, no auge de seus 40, preenchia. Como destaques maiores do secretariado, apontaria o general Edson Ramalho, na Fazenda, e o coronel Clóvis Alexandrino, na Polícia, embora não podendo deixar de ressaltar Nertan Macêdo, como chefe de Imprensa.
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Dos casamentos que assisti na Matriz de Fátima, todos apartaram, apesar de um deles ter implicado em recorde, pois Ângela Macêdo e Wladenir Menezes tiveram sete filhos. Os demais, Maria Cláudia Oliveira e Bernardo Bichucher, Sandra Gentil e Paul Mattei, Liliana Fiúza e Walter Ary, Lustosa da Costa e Noemi Aderaldo.
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Quando assumiu o Governo pela primeira vez, o grande Virgílio Távora criou subsecretarias de Estado, para acomodar os partidos que formavam a União Pelo Ceará, UDN, PSD e PTN. Ao ser informado, o presidente Castello Branco mandou um recado para VT, que acabasse com aquilo. O que foi, naturalmente, imediatamente concretizado.
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O maior leitor de minha coluna, grande empresário José Macêdo, foi três vezes deputado federal, 1958, 1962, 1966, suplente de senador, em 70, de Virgílio Távora, e 78, de José Lins.
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Sim, é Verdade, suplente oito anos do general Onofre Muniz, o major Góes, politicamente ligado ao chefe pessedista Menezes Pimentel, não assumiu o Senado um único dia. Não é nada, se compararmos ao Esmerino Arruda, que passou 16 anos na garupa e não entrou na Câmara Alta.
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Virgílio Távora estreou auspiciosamente sua carreira política, sendo o mais votado na UDN, para deputado federal. Quatro anos depois, foi reeleito, também na cabeça, e em 66, após deixar um grande Governo realizado, disparou, obtendo mais de 70 mil, deixando longe o que veio em segundo.
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O grande empresário Audísio Pinheiro disputou um mandato de deputado federal em 1962 e tive o prazer de participar, junto a Lustosa da Costa, de seu birô de imprensa. Foi eleito com folga, porém, daí por diante, não quis mais saber de eleição.
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Família Gentil teve três mandatos de deputado federal, dois para Adolfo e um para tio Antônio, que, por sinal, foi Constituinte nacional de 1947 e candidato a Prefeito não emplacado, em 1950, perdendo pro radialista Paulo Cabral.
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Para se ter uma ideia das facilidades costumeiras dos políticos, transmito este dado para vocês. No pleito de 1962, Assembleia Legislativa elegeu 65 deputados. Oito anos depois, os militares fizeram ver que isso não era possível, e impuseram, a toque de tanque, baixar pra 40.
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Após destacada atuação na Assembleia Legislativa, quando se revelou brilhante e convincente orador, Walter Sá Cavalcante foi eleito deputado federal e era apontado como candidato de seu partido ao Governo do Estado. Entretanto, o destino tramou, e foi batido por um tumor na cabeça, em meio ao terceiro ano de mandato.
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Do meio pro fim da década de 60, a história tramou, no Ceará, contra Virgílio Távora, Antônio Martins Filho e Murillo Borges, que vindos de excepcionais desempenhos no Governo, Reitoria e Prefeitura, não conseguiram fazer seus sucessores.
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Assumindo o poder em 1964, Castello Branco tinha em mente que pelo menos em seu Estado saíssem Governador e Vice civis. Para companheiro de Plácido, já escolhido, surgiram dois nomes, José Raimundo Gondim e Carloto Pergentino Maia. Acontece que o PSD vetou José Raimundo, por considerá-lo virgilista, enquanto a UDN riscou Carloto, por ser por demais pessedista. Castello então se enfezou e indicou o general Humberto Ellery.
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José Walter Cavalcante, tirante o escorrego da Praça do Ferreira, foi um dos melhores prefeitos que Fortaleza já teve, sobretudo de enorme seriedade no trato da coisa pública. Mas não era político, como bem demonstra a infeliz declaração, afirmando que não seria candidato a Governador, a não ser que Virgílio Távora fosse, quando VT tinha realizado uma administração redentora, após o Estado haver atravessado três gestões descoloridas.
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Um dos cérebros da Assembleia, quando dos tempos do Palácio Senador Alencar, no centro da cidade, Barros dos Santos, que teve seis mandatos, era o deputado mais próximo da sede, pois morante no Dona Bela, residencial de Pedro Philomeno, vizinho ao Imaculada Conceição, portanto, ia e voltava a pé.
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Logo no início da administração Plácido Castelo, que por sinal foi ótimo governador, minha cobertura na Torre do Iracema se prestou a importante acontecimento político, qual seja, a criação do Grupo de Ação Parlamentar, de inspiração tavorista, contendo, entre outros, que eu me lembre, o deputado Aquiles Peres Mota, de Ipueiras, Marcelo Holanda, de Baturité, e Derval Peixoto, do Crato, esses dois últimos estreantes na Assembleia.
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