Apanhado
Fiz parte, com muito orgulho, do grupo de jornalistas que popularizou Virgílio Távora, junto a Dário Macêdo, Newton Pedrosa, Frota Neto, Rangel Cavalcante e outros companheiros. VT chegou como antipático e saiu do Governo como Rei da Simpatia.
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Categoria: Apanhado político
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Na eleição de 1962, que deu a União Pelo Ceará e Virgílio Távora governador, seu antecessor, Parsifal Barroso, permaneceu no Governo, e, portanto, não poderia ser candidato a deputado. Surgiu a ideia, que não vingou, de Parsifal disputar pelo Piauí, cujo governador Chagas Freitas disputaria pelo Ceará, um garantindo a eleição do outro, para a Câmara Federal, pois não havia ainda o domicílio eleitoral.
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Em 1954, ainda se votou para suplente de senador, que na época era só um, isso significando que você podia sufragar o titular de uma chapa e o reserva de outra chapa.
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Nos velhos tempos, o cidadão podia ser candidato a governador e a deputado na mesma eleição, tal aconteceu com Armando Falcão, em 1954, e Adahil Barreto, oito anos depois. Perderam para o Governo, mas garantiram cadeira na Câmara Federal.
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Lúcio sempre me reclamou não pôr seu pai junto ao senador Fernandes Távora, cujo filho Virgílio e neto Carlos saíram também deputados federais. Acontece que Valdemar teve um mandato, na legislatura 55-59, porém não foi eleito, ficou na suplência e assumiu.
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O senador Arnon de Mello, pai do Collor, que adotou o nome da mãe gaúcha, veio para a posse de seu correligionário udenista Virgílio Távora, eleito pela primeira vez governador. Mas ia se retirando do banquete pra mais de mil, no Náutico, que eu formalizara, por achar que não tivera o lugar merecido à mesa, avisado, desci para segurá-lo na calçada, e consegui, após pronunciar as seguintes palavras: Senador, se o senhor for embora, serei demitido pelo meu Governador. O político alagoano retrocedeu, voltou e se sentou na cadeira que eu designara.
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Ontem, ventilamos o jornal do Bonaparte. Após resistir nove meses num vermelho forte e desesperançado, foi fechado, e, quanto à cadeira na Câmara Federal, nunca mais se candidatou, tendo deixado apenas, como marca, a ousadia de ter aparteado Carlos Lacerda, que discursava no Palácio Tiradentes do Rio, que ainda era a Capital da República.
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Leão Sampaio atingiu seis mandatos de deputado federal, só perdendo uma das eleições que disputou, a de 1954. Seu filho Mauro obteve cinco, totalizando onze. Não deixaram uma grande marca de realizações, porém a certeza de que foram políticos de mãos totalmente limpas.
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Cláudio Correia Lima, um bonitão irmão do médico humanitário Hyder e tio, portanto, da Miss Brasil Emília, se inscreveu várias vezes para deputado federal. Só que, somando seus votos em todas, não daria para obter uma eleição. Ele se dizia suplente do Crisanto Moreira da Rocha. Acontece que o irmão de Acrísio e Pekim não tinha suplente, pois sendo seu partido, o PR, muito pequeno, só se elegia em coligação com os maiores, UDN e PSD.
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Flávio Marcílio, professor de Direito Internacional, piauiense que se fez no Ceará, disputou uma eleição direta, na qual não foi feliz. Ficou em terceiro, pretendendo a Prefeitura de Fortaleza, quando era governador. Ari de Sá Cavalcante foi o segundo, o Cordeiro Neto levou, aquele que nos deu a Perimetral.
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Ao contrário do pai, Virgílio Távora, único filho varão, Carlos, nunca demonstrou aptidão política. Teve três mandatos federais, porém seu querer era muito mais a vontade da mãe, que adorava.
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Quem pôs Flávio Marcílio na política foi o cabeça Carlos Jereissati, para quem advogava, e que o fez vice de Paulo Sarasate, eleito governador, porém, atingido no sistema nervoso, boa parte de seu mandato foi o piauiense quem exerceu.
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Vicente Arruda foi eleito realmente para cinco mandatos, 94, 98, 2002, 2006, 2010. Em 2014, ficou na suplência, assumindo vaga de Antônio Bahlmann, que foi nomeado secretário por Camilo.
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Com seis mandatos federais, segundo penso, o prefeito de Juazeiro, Arnor Bezerra, empata com os tios: Orlando, três; Humberto, dois; e Adauto, um.
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Adahil Barreto saiu nas primeiras listas dos cassados por 64. Na minha modesta opinião, se tivesse esperado pela posse de Castello Branco, teria sido poupado, pois, político seriíssimo, escapava às duas classificações eliminatórias, quais sejam corrupção e subversão, pois sempre professou longe do comunismo.
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Flávio Marcílio, três vezes presidente da Câmara, obteve cinco mandatos de deputado federal e exerceu mais um quase todo, substituindo colega cassado pela Revolução de 64. Porém, amargou duas suplências em seu adeus, 1986, por pouquíssimos votos, e 1990, quando terminou longe, terceiro dos que não conseguiram entrar.
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José Martins Rodrigues, uma das maiores figuras da política cearense e até nacional. Seu partido, o PSD, nunca o quis fazer Governador, pois a ala menos católica sabia perfeitamente que, com ele no leme, não haveria possibilidade de qualquer tipo de facilidade, incluindo nas cancelas fiscais.
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Liberdade é história pra intelectual. O que o povo quer mesmo é comida na panela, daí saber o valor do empresário, que enseja seu café-almoço-jantar. E, muitos deles, até a merenda.
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Em termos parlamentares, o Ceará deu dois revolucionários de 1964, Fernandes Távora, pai de VT, que em final de mandato, no Senado, atacou o governo de Goulart, que cairia mais de um ano depois, e Armando Falcão, que participou ativamente das articulações, sendo um dos informantes do general Castello Branco.
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Fausto Cabral foi o senador não eleito que mais assumiu, passou sete anos na chamada Câmara Alta, beneficiado pelos três em que Parsifal foi ministro e Plácido Governador. Já o meu amigo Esmerino Arruda foi 16 anos suplente e não assumiu um só dia.
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