Prós & contras
Tenho martelado que, em termos de Seleção, Maradona deu bem mais à Argentina do que Pelé ao Brasil. Aliás, o ídolo argentino também jogou quatro Copas.
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Categoria: Bola passada
Bola quente
Eu estava em Sarriá, quando o Brasil perdeu injustamente a Copa da Espanha, na última vez que Escrete jogou bem, encantando público, quem mais deu de colher para a Itália, nessa triste partida, foi o mineiro Cerezzo, que sempre me pareceu jogador para clube, não pra Seleção.
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Momentos são
Quando na Copa da Espanha, aquela que o Brasil merecia ganhar e perdeu, e foi a última vez que a Seleção jogou futebol ao pleno, tomei um buque da Transmediterrânea e fui conhecer Ibiza, onde, na barraca Waikiki, na Playa Den Bossa, o Tony Ripoll me introduziu ao topless, que não havia ainda no Ceará e muito pouco no Brasil.
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Bola passada
O Maracanã foi inaugurado pouco antes da Copa do Mundo, com um jogo entre as Seleções de Novos do Rio e São Paulo, que venceu. Desse prélio, participaram dois futuros campeões do mundo, aliás, bicampeões, Djalma Santos e Didi, que marcou o primeiro gol do estádio, num sem-pulo.
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Derrubando o rei
No seu primeiro campeonato pelo Santos, em 1957, Pelé não foi campeão, quem ganhou foi o São Paulo de Zizinho, um dos Pelés antes dele. E reparem que o Santos vinha de dois títulos seguidos, 55 e 56.
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Bom de bola
Ufanismo jamais desmentido da reportagem esportiva brasileira coloca Ademir como o maior comandante-de-ataque da Copa de 50. Ele foi o artilheiro, porém o maior centroavante desse Mundial foi o uruguaio Miguez. O Queixada, como era chamado, nada fez quando a Seleção mais precisou dele, empate com a Suíça, no Pacaembu, e derrota pro Uruguai, na final do Maracanã.
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Bola redonda
Só um caso, até hoje, de pai e filho que defenderam o Brasil em Copa do Mundo, zagueiro Domingos da Guia, em 38, na França, que fez quatro jogos, e seu marmanjo Ademir, que atuou meio tempo, contra a Polônia, em 74, na Alemanha.
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Bola passada
Heleno de Freitas foi o centroavante mais clássico do futebol brasileiro, mais que Leônidas. Quando foi pro Vasco, o clube de São Januário o colocou numa linha onde pontificavam dois craques, Maneca e Ipojucan, mas havia também dois pernas-de-pau, os ponteiros Nestor e Mário. No intervalo de um jogo, Heleno chegou pro treinador Flávio Costa e esbravejou, apontando os craques, esses dois não me passam a bola porque não querem, e indicando os que não eram, e esses dois, porque não sabem.
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Bola rolando
Não é difícil estabelecer qual foi a maior Seleção Brasileira campeã do mundo, se a de 58, na Suécia, ou a de 70, no México, pois essa última ganha fácil, comportando sete craques, Carlos Alberto, Clodoaldo, Jair, Gerson, Tostão, Pelé, Rivelino, enquanto a anterior escalava cinco apenas razoáveis, Di Sordi, Belini, Orlando, Vavá e Zagallo.
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Bola rolando
Fluminense doente, o compositor Chico Buarque tinha, entretanto, como seu ídolo dentro de campo o centroavante Pagão, que jogou no Santos e no São Paulo e pendurou as chuteiras muito cedo, coração soprando demais.
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Bola fria
Dois capitães da Seleção Brasileira tiveram destinos diferentes. Um nunca perdeu em Copa do Mundo, Mauro, de 1962, enquanto outro perdeu, Belini, não no campeonato vitorioso na Suécia, mas anos depois, enfrentando Portugal, na Inglaterra.
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Bola rolando
Pipiu foi uma das maiores estrelas que se apresentaram no Presidente Vargas. Quando parou, tentou entrar no estádio, meio letreco, para assistir a uma partida. E não o deixaram, não por estar “tocado”, mas porque não tinha dinheiro para pagar o ingresso. Quem me contou foi o saudoso Armando Vasconcelos, que viu tudo.
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Bola rolando
Maneca foi um jogador que veio da Bahia para o Vasco da Gama, do meio pro fim dos anos 40. Um craque de verdade, era meia-armador, mas foi aproveitado por Flávio Costa na ponta direita, para substituir o gaúcho Tesourinha, que se lesionara nos jogos preliminares. Foi a sua única chance na Seleção. Depressivo, ao encerrar a carreira, ainda jovem, suicidou-se com veneno, após levar um fora da noiva.
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Bola rolando
Primeiro título internacional da Seleção Brasileira jogando fora foi o Panamericano de Santiago do Chile, em 1952, que não teve muita expressão, pela ausência da Argentina, mas valeu pela vitória sobre o Uruguai, que não enfrentávamos desde a derrota no Maracanã, dois anos antes. Ganhamos de 4x2.
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Ocasião glorifica
Tenho bastante tempo de rádio para admitir que meu maior momento no dial foi quando comentei do Maracanã, para a Ceará Rádio Clube, a vitória do Brasil sobre a Inglaterra, então campeão do mundo, na despedida de Gilmar, tendo Jairzinho e Tostão assinalados os gols.
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Bola redonda
Última Copa que Seleção jogou futebol primoroso foi a de 82, na Espanha, sob Telê Santana. Só que apontam Zico como a estrela, porém o melhor deles todos foi Falcão, então o Rei de Roma.
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Pingos nos is
Gostaria de passar ao pessoal da crônica esportiva que vice-campeão não é título, pois, se é vice, significa que perdeu.
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Prós & contras
Tenho martelado que, em termos de Seleção, Maradona deu bem mais à Argentina do que Pelé ao Brasil. Aliás, o ídolo argentino também jogou quatro Copas.
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Prós & contras
Até hoje, não foi bem explicada a história de que Saldanha teria se insurgido contra Pelé, na Seleção, alegando um percalço óptico do Rei. O certo é que o craque não lamentou a saída do João do comando do escrete.
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Prós & contras
Ao que me consta, o rei Pelé só foi expulso uma vez, jogando pela Seleção, e eu estava lá. Enfrentando a Argentina, no Pacaembu, ministrou uma cabeçada no estômago do defensor portenho Rattin, e o juiz não perdoou. Brasil perdeu de três.
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