Bola rolando
Antes de se tornar bicampeão do mundo, o zagueiro Mauro, que participou da fase Pelé do Santos, a mais brilhante de um time do futebol brasileiro de todos os tempos, passou por uma grande decepção na Seleção, pois a primeira vez que foi convocado, para a Copa de 50, no Maracanã, o treinador Flávio Costa o cortou por deficiência técnica. Uma noite, no Hotel Plaza, de Salvador, tentei explorar o assunto, porém ele desconversou. Mauro está morto, batido por câncer de estômago.
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Categoria: Bola passada
Bola rolando
Arati, um jogador medíocre, que começou no Madureira e foi depois para o Botafogo, só atuou uma vez pela Seleção Brasileira, porém passou pra história. Pois foi nesse jogo, contra o México, no Pan-Americano de 1952, no Chile, que estreou o grande Valdir Pereira, o Didi, bicampeão do mundo.
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Em 1948, o Vasco tinha um grande time, quase 11 craques, enquanto no Botafogo, atuavam uns quatro pernas-de-pau. Eles empatavam em pontos, quando disputaram a final, que o Botafogo ganhou de 3 a 1 e foi campeão. Entretanto, nos meios esportivos, correu que João Saldanha, torcedor fanático do Glorioso, havia mandado um garoto pôr barbitúrico na laranjada do time de São Januário. Anos depois, se descobriu que o menino atendia pelo nome de Carlos Imperial.
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Ademir foi o maior goleador da Copa de 1950, porém não o melhor centroavante, que na primeira fase foi Zarra da Espanha e, na segunda, uruguaio Miguez. Aliás, o pernambucano nada fez na partida final, quando mais se precisava dele.
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Já para o fim do trágico jogo com o Uruguai, 16 de julho de 1950, o centroavante Ademir perdeu enorme chance de empatar e dar o título ao Brasil, quando a bola veio até ele, na grande área adversária, e era só dominar e meter, em vez, entretanto, ele chutou de primeira, e a pelota passou a uns cinco metros da trave de Maspoli, e a torcida, que já estava gelada, esfriou de vez.
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Os dois centroavantes previstos para a Copa de 1950, que inaugurou o Maracanã, acabaram não sendo convocados: Leônidas da Silva, que brilhara no Mundial da França, 12 anos antes, porque se iniciava na velhice; e Heleno de Freitas, o mais clássico de todos, incluindo Pelé, porque, esquizofrênico, se iniciava na loucura.
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Flávio Costa chegou a pensar em Heleno de Freitas para a Copa de 50, mas o craque estava iniciando seu processo esquizofrênico. Enquanto isso, a crônica paulista insistia em Leônidas da Silva, dos Mundiais de 34 e 38, que acabava de dar o quinto título ao São Paulo, porém Flávio Costa o convocou, e depois desconvocou, para o Sul-Americano de 1949. A Seleção começou com Baltazar, que não correspondeu, e depois improvisou Ademir, enquanto seu reserva, o gaúcho Adãozinho, nem chegou a entrar em campo.
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Bola rolando
Nem sempre reluziu para Pelé, a primeira vez que vestiu a camisa da Seleção, o Brasil perdeu; a primeira vez que jogou em Copa do Mundo, não marcou gol; a primeira vez que em Mundial meteu mais de um gol, o seu marcador estava na enfermaria; e, já bicampeão, foi expulso no prélio em que Argentina deu de três, no Pacaembu, e eu estava presente.
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Bola rolando
Você convocaria novamente Neymar para o Mundial? De jeito algum, pois até mesmo em questão de Copa, vale o dito popular que um é pouco, dois é bom, porém três é demais. E o milionário futebolista não conseguiu dar o título ao Brasil, nas duas chances que teve, nem na Rússia, nem em seu próprio país.
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Alfredinho, centroavante do Ceará Sporting, no final dos 40 se transferiu pro futebol paulista e chegou a campeão pelo Santos. Consta na ponta-direita, formando ala com Jair, sim, o Jajá da Copa de 50. Há quem sustente que jogou algum tempo com Pelé, todavia disso não tenho confirmação.
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Bola rolando
Dois tricampeonatos do Flamengo foram na base da tomação. O de 42, 43, 44, na final de 44, o ponteiro Valido “trepou” no médio Berascochea do Vasco para marcar o gol da vitória, enquanto no de 53-54-55, o zagueiro Tomires entrou com tudo no meia Alarcon, que passou a fazer número em campo, logo no início da partida. Ressalte-se que, no segundo jogo da melhor de três que decidiria o título, o América havia goleado de cinco.
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Bola rolando
Na Copa de 1958, primeira que a Seleção ganhou, não fez um só jogo que merecesse nota alta. E com a França, melhor time do Mundial da Suécia, após primeiro tempo duríssimo, Pelé fez três no segundo, só que seu marcador, Jonquet, estava na enfermaria, após chibatada cruel do Vavá, e naquele tempo ainda não havia substituição.
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Bola rolando
Para melhorar o nível das arbitragens, o Campeonato Carioca de 1949 contou com quatro juízes ingleses que davam valor a alguns uisquinhos antes das partidas. Um deles, Mr. Ford, enxugava bem e já entrava em campo meio truviscado. Sua especialidade era marcar pênaltis, três, quatro, cinco, ..., de acordo com as doses ingeridas. Não tiveram o contrato renovado.
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O Botafogo é tetracampeão carioca, 32, 33, 34, 35, porém o próprio clube não dá muita importância, porque, pra valer, só foi 32, ganhou os outros participando de uma liga que só tinha time pequeno.
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Gols marcados
Assisti ao vivo as Copas de 78, na Argentina, que o Brasil mereceu perder, e ainda inventou aquela história de Campeão Moral, e a de 82, na Espanha, a Seleção de Telê, que merecia ganhar e a Itália tomou, na semifinal.
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Gols marcados
Meu grande momento futebolístico foi quando comentei, para a Ceará Rádio Clube, diretamente do Maracanã, tendo ao lado Augusto Borges e Oliveira Ramos, que fez a locução, o jogo Brasil x Inglaterra, que era então campeão do mundo. A chamada Canarinha ganhou de 2 x 1 sem merecer, marcando Tostão e Jairzinho e estreando Clodoaldo. No gol, o veterano de três copas, Gilmar, que se despedia da Seleção.
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Bola rolando
Capitão da Seleção campeão mundial de 62, Mauro, um beque clássico, se escalou na marra, pois, quando o treinador Aymoré lhe comunicou na véspera que Belini era quem ia jogar, Mauro lhe afirmou que voltaria de imediato ao Brasil. Aymoré, então, procurou o médico Gosling, que também admirava o futebol de Mauro, e combinaram uma estratégica, Aymoré ia soltando nome por nome e o médico dizia sim quanto às condições físicas. Assim foi feito, sem dar vez aos outros membros da Comissão Técnica, que preferiam Belini.
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Bola rolando
Flávio Costa nunca deu muita bola ao futebol paulista, fato que talvez se explique por não haver ainda televisão, e ele, assim, não ter acesso aos jogos no Pacaembu. No Mundial de 50, por exemplo, ao enfrentar o Uruguai na final, Seleção só tinha três que não eram de clubes cariocas, Bauer e Friaça, do São Paulo, Jair, do Palmeiras.
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Bola rolando
Dos dois gols tomados na final de 1950, contra o Uruguai, só o segundo pode ser tachado plenamente de frango. No primeiro, aconteceu apenas que Barbosa pulou atrasado, no forte petardo do Schiaffino pelo alto.
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Bola rolando
Muita gente, erradamente, pensa que o Campo do Prado era no local do Presidente Vargas. Não, não era, porém, pertinho, pois onde funcionou, depois, a Escola Industrial, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará.
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