Bola rolando
Não é difícil estabelecer qual foi a maior Seleção Brasileira campeã do mundo, se a de 58, na Suécia, ou a de 70, no México, pois essa última ganha fácil, comportando sete craques, Carlos Alberto, Clodoaldo, Jair, Gerson, Tostão, Pelé, Rivelino, enquanto a anterior escalava cinco apenas razoáveis, Di Sordi, Belini, Orlando, Vavá e Zagallo.
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Categoria: Bola passada
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Dida, que era craque no Flamengo, deu vexame em Copa do Mundo, na primeira partida, na Suécia, em 58, Pelé quebrado, não conseguiu pegar na bola, forçando Feola a, na partida seguinte, escalar Vavá, que não era meia, porém centroavante, para enfrentar a Inglaterra.
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Primeiro título internacional da Seleção Brasileira jogando fora foi o Pan-Americano de Santiago do Chile, em 1952, que não teve muita expressão, pela ausência da Argentina, mas valeu pela vitória sobre o Uruguai, que não enfrentávamos desde a derrota no Maracanã, dois anos antes. Ganhamos de 4x2.
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Maracanã foi inaugurado uma semana antes da Copa de 1950, com o jogo entre seleções de Novos do Rio e de São Paulo. Didi marcou o primeiro gol do estádio monumental, mas os cariocas perderam de três, e, além dele, houve futuros campeões mundiais, como o lateral Djalma Santos.
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O pessoal da crônica esportiva dormiu e deixou passar, porém o Degas Aqui registrou. Após a final de 50, no Maracanã, quando Uruguai saiu campeão, no jogo seguinte, em Santiago, que o Brasil venceu de 4x2, dois que integraram a Seleção Brasileira no Maracanã entraram em campo, Friaça e Ademir; quando o médio Ely foi expulso, o ponteiro cedeu seu lugar a Bauer, que havia formado no onze que perdera o título dois anos antes. Quer dizer, foram três aqueles que participaram da “vingança”.
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Antes de aparecer o Nilton Santos, no jogo de botão, a gente botava o mais peba na lateral esquerda. Mais tarde, com esse grande craque, se colocava o botão mais vistoso e bem aparado.
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Joel e Pepe foram dois ponteiros exemplos de que realmente existem o jogador de clube e o jogador de seleção. Brilhavam no Flamengo e no Santos, respectivamente, porém, com a camisa canarinha, não conseguiam repetir.
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A glorificação de Garrincha não é unânime. Há quem prefira o Julinho, o Júlio Botelho da Copa de 54, quando foi apontado o melhor jogador brasileiro. O treinador Feola sugeriu pensar assim, pois, logo depois do Mundial da Suécia, escalou Julinho como titular, para enfrentar a Inglaterra, deixando o “Pernas Tortas” na reserva. A vaia comeu, mas, assim que pegou na bola, Julinho meteu um gol sensacional, e aí, então, o Maracanã aplaudiu de pé.
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Chico Buarque tinha especial predileção pelo atacante Pagão, que chegou a jogar ao lado de Pelé, naquele time do Santos. Aliás, o compositor de “A Banda” considerava Pagão superior, Pagão jogou também no São Paulo, mas sua carreira acabou cedo, pois era tido como canela-de-vidro, e só atuou uma ou duas vezes pela Seleção, em partida(s) amistosa(s).
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Assisti pessoalmente única vez que Pelé foi expulso jogando pelo escrete. Aconteceu no Pacaembu, em São Paulo, quando o Rei deu uma cabeçada no defensor argentino Ratin e foi mandado mais cedo pro chuveiro, Argentina ganhou de três e o Brasil não marcou nenhum.
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Assisti à estreia de Zico em Copa do Mundo. Foi contra a Suécia, e eu estava lá, em Mar Del Plata, 1978. Na realidade, o craque não disse ao que veio e só conseguiu marcar um gol quando o juiz apitara o final e a defesa nórdica parou, claro que não valeu, pois, a essa altura, nada mais valia.
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Na trágica derrota para o Uruguai, na Copa de 50, em pleno Maracanã, Barbosa engoliu dois, porém só o segundo pode ser considerado frango, que eu, por exemplo, nunca achei. No primeiro, o que aconteceu foi que ele pulou atrasado, mas a bola era indefensável.
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Ademir Marques de Menezes foi o artilheiro do Mundial de 1950, com oito ou nove gols, só não marcou quando o Brasil precisou, empatando com a Suíça e perdendo a final pro Uruguai. Encerrou a carreira ainda jovem, em 1956, cujo Campeonato Carioca não chegou a jogar.
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Tem desportista daquele tempo que sempre achou que Flávio Costa errou nos dois centroavantes inscritos para a Copa de 1950. Ele registrou Baltazar e Adãozinho, que, por sinal, não atuou, deixando de fora Leônidas da Silva e Heleno de Freitas, que eram superiores, mesmo bastante idoso, pro futebol, o primeiro, e já anunciando sinais das perturbações mentais que o matariam nove anos depois, o segundo.
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Essa escolha do melhor entre Pelé e Maradona jamais será resolvida, os brasileiros dirão sempre Pelé, e os platinos, Maradona. Meto minha colher estabelecendo que Maradona foi mais útil à Seleção Argentina, em Copa do Mundo, do que Pelé ao Brasil, tanto que, em seu primeiro Mundial, entrou no terceiro jogo, pois viajou lesionado; no Chile, saiu quebrado no segundo jogo e não mais atuou; na Inglaterra, se contundiu na primeira partida, não jogou com a Hungria e enfrentou Portugal, quando Brasil perdeu e caiu fora no mais importante torneio já acontecido, perante o exigente público inglês.
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Se João Saldanha não tivesse sido deposto, o Zagallo não tivesse assumido a Seleção, Rivelino não teria sido titular, pois o sistema de Saldanha era 4-2-4, com ponta-esquerda avançado, e o dele seria Edu, caso típico de jogador de clube que não emplaca no escrete, pois, excelente no Santos, quando representava o Brasil, deixava seu futebol na concentração.
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O paraguaio Freitas Solich deu um tricampeonato ao Flamengo, 53, 54 e 55, só que, neste último, contou com a grosseira participação do zagueiro pernambucano Domenico, que pôs, no início da final com o América, principal astro rubro, Alarcon, também paraguaio, pra fora de campo. Não havendo substituição naquele tempo, o América jogou com dez e, naturalmente perdeu, quando tudo indicava que ganharia, pois goleara de cinco, na segunda partida da melhor-de-três, dando um verdadeiro show no Maracanã.
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Pouca gente sabe que o goleiro Félix, campeão do mundo, em 1970, não teria viajado pro México se Saldanha tivesse permanecido treinador, pois o João em questão, que primeiramente o convocara, depois retirara seu nome da lista, colocando no lugar dois de São Paulo, Ado do Corinthians e Leão do Palmeiras. Sua sorte foi a entrada de Zagallo, que o reconvocou e lhe deu o posto de titular, onde, por sinal, sem ser um ás da posição, deu plena conta do recado.
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Leão participou de quatro Copas do Mundo, porém, nas duas em que jogou, Alemanha e Argentina, não conseguiu o título, que só obteve numa das que não atuou, a primeira do México.
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Zezé Moreira foi melhor treinador do que seu irmão Aymoré, que, entretanto, sagrou-se campeão mundial, enquanto Zezé, que comandou escrete na Suíça, não conseguiu, e ainda deu uma sapatada na cabeça do treinador húngaro, após perder de 4x2.
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