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O garçom é quem é apresentado ao maitre, e o dono do restaurante, ao cliente.

Me valho do mestre Marcelino de Carvalho, que, falando de gorjeta, esclarece que a palavra vem do francês gorgeê e estabelece, em restaurante, além dos dez por cento, que na realidade entram no salário do garçom, três ou quatro por cento da nota, a título de reconhecimento pela atuação.

Mestre Marcelino de Carvalho estabelece que, quando o proprietário de um carro lhe manda buscar ou levar, é norma gratificar o motorista, dizendo que é para uma cervejinha, quando faz calor.

Um dos exemplos mais corriqueiros da frase feita é a seguinte: Muito obrigado pela parte que me toca.

Num banquete, nenhuma autoridade pode se fazer representar, estando o Governador presente. Aliás, o próprio Governador não pode se fazer representar em banquete, porém este segundo item dificilmente pode ser cumprido.

O café após o jantar é servido em pé, já que os participantes deverão estar cansados, depois de tantos pratos sentados.

Comer camarões num jantar mais ou menos de cerimônia não apresenta grandes dificuldades, com os dois talheres se separa a cabeça do corpo, depois corta as patas com a faca e saca a carne com o garfo.

Lenço não existe na mesa. Sempre o guardanapo, mesmo que seja pra se assoar, caso em que os donos da casa, empregados ou garçons providenciarão um novo.

Mulher não deve presentear com gravata, ou melhor, presentear pode, não convém comprar, pois, para essa peça do vestuário masculino, saia não tem gosto.

No brinde, os copos só se batem quando o brindado está ausente. Quando está presente, as taças são apenas levantadas.

Em O POVO-CBN, tenho martelado que sopa se toma pela lateral da colher e nunca pelo bico.

O lenço que um cavalheiro pode passar a uma dama nunca é o que ele leva no bolso da calça, mas no bolsinho superior do paletó.

Quando da apresentação, é o homem mais jovem que é introduzido ao mais velho, o menos importante ao mais importante, o João-Ninguém ao mais rico.

Se diz “Boda” quando se trata de casamento ou aniversário de casamento. Para efemérides como, por exemplo, formatura e aniversário de vida se utiliza “Jubileu”.

Numa recepção, a maneira mais adequada para o dono da casa oferecer uma bebida ao convidado é perguntando: Que vai ser?

A carta deve ser entregue aberta àquele que se dispôs a se fazer portador para outra cidade. Só será fechada se a pessoa que vai levá-la pedir ao enviador, o que geralmente acontece. Esse processo caiu em desuso face à eficiência dos Correios de hoje em dia.

Já nos referimos que o Governador só pode comparecer a casamento se for o padrinho, entretanto Sua Excelência pode se fazer representar pela Primeira-Dama, para a qual não ocorre a rigidez das regras.

A página capital do almanaque das autoridades aqui sediadas estabelece, nesta Ordem de Precedência: em primeiro, Governador do Estado; em segundo, o Vice; terceiro, o Presidente da Assembleia; quarto, Presidente do Tribunal de Justiça; quinto, Prefeito de Fortaleza; sexto, General-Comandante; sétimo, Arcebispo; oitavo, Reitor da Universidade Federal; e nono, o Presidente da Câmara Municipal.

Garçom não pode servir gripado, mancando, faltando dente ou mancha na pele. Quando eu tinha firma de cerimonial, infringindo qualquer dessas normas, mandava o dono da casa pagar e despachava, chamando outros em melhores condições.

Se a sopa está quente, nunca sopre, para torná-la mais bebível, nem também levante e baixe a colher, em movimento parecido com alfenim em engenho.