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Como tenho insistido em O POVO-CBN, não se esfria a sopa levantando e baixando a colher com o líquido e muito menos soprando. Aliás, o chefe da cozinha tem de ter o cuidado de torná-la menos quente lá dentro.

Em jantar cerimonioso o pão tem vez. Isso acontece quando no menu consta sopa ou prato levando molho.

Se você está em dúvida entre as expressões “por obséquio” ou “por favor”, prefira sempre a segunda, pois a primeira leva um ar mais cerimonioso.

Se lhe aborrece a pergunta “quem quer falar”, ao telefone, faça como eu, diga logo o nome de quem quer falar.

Como aperitivo, não há nada melhor nem mais saboroso que o champagne. Como regador, é amável e acompanha com dignidade peixe, carne, caviar, patê e até mesmo frutas.

Acenda a luz ao entrar no banheiro, mas nunca a apague ao sair, pois pode ter convidado que não saiba localizar o interruptor.

Chegar atrasado, embora não muito, é melhor do que adiantado, quando os donos da casa ainda estão dando o toque final na arrumação.

Por que marido e mulher não podem sentar juntos num jantar ou banquete? Porque, se fica um ao lado do outro, participarão, obviamente, da mesma conversação, e nada terão a contar na volta para casa.

Palito não é bem-vindo na mesa de refeição, pois essa peça de alívio dental é assunto para o toalete.

Por não ser comido com talher, porém, com as mãos, aspargo jamais deve constar no cardápio de qualquer almoço ou jantar de cerimônia. Nunquinha!

Quando se está gripado, eis um bom motivo para não ir trabalhar e ficar em casa, com muita vitamina C e cama.

Em um jantar completo, o prato inicial são as ostras ou um coquetel, talvez de camarão. Somente depois são servidos os pratos quentes.

O guardanapo deve ser colocado, não completamente aberto, sobre o joelho do comensal, que só o retira ao se levantar para tomar, em pé, o licor e o café.

Se você comete uma gafe em uma roda, não procure consertar. Mude de assunto e vá em frente, fazendo como se nada de errado tivesse acontecido.

Se você recebe para almoço, marque o começo para as doze e meia. Se jantar, para as sete e meia; no máximo, oito.

Caminhando em uma calçada, a mulher vai junto à parede, deixando o acompanhante ao lado do passeio.

Chama-se “minha mulher” à consorte de quem está falando, não sendo completamente errado, apenas a forma americana de se usar “minha esposa”. Já “minha senhora” só vale para se referir à mulher do interlocutor.

Em uma recepção, se você é dado a palestrar com pessoas que não conhece e que, por sua vez, não sabem quem você é, é perfeitamente viável sair-se da seguinte maneira: “Eu sou engenheiro aqui em Fortaleza, meu nome é Helder. O senhor poderia me dizer seu nome e o que faz?” O que pode irritar é a pergunta: “Quem é você?!”

Ao subir a escada, o homem vai na frente; ao descer, quem vai na frente é a mulher.

Repito a pedido de acessantes deste blog: aspargos se comem com os dedos, dispensando garfo e faca, daí serem impertinentes num almoço ou jantar de cerimônia.