Mais na história
Teve um filme que durou, na tela, mais tempo do que a realidade do argumento, foi “Matar ou morrer”, com o grande Gary Cooper.
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Categoria: Momentos
Minha estreia
Primeiro filme de Ingrid Bergman que assisti foi Quando fala o coração, com o espetacular Spellbound de fundo musical. Como era proibido para menores de dez anos, procurei o Rex na General Sampaio, para ver, pela primeira vez, a sueca na tela quando contracena com o mais simpático dos canastrões, Gregory Peck.
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Boa praça
Logo que soube que Romário estava hospedado no Hotel de San Sebastian, fiz uma reserva e peguei o trem. Ele tinha levado seus companheiros do tempo da dureza e bancado passagem e estadia. Fui-lhe apresentado por um deles, e considerei simplesmente um cara legal, a quem informei que eu chegara da Polinésia, onde ninguém sabia quem era Romário. A reação do craque foi: “É de um lugar desses que eu estou precisando, pois, no Brasil, eu não consigo comer em paz nem um mero sanduíche”.
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Apontamento
A meu ver, melhor trilha musical da cinema foi a de O Terceiro Homem, toda feita em Cintra, quando Orson Welles, em dez minutos, engoliu todo o elenco, que trazia, entre outras estrelas, o Joseph Cotten, o jornalista de Cidadão Kane.
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Boato
Melhor desempenho da grande Bette Davis é considerado pelo papel em A Carta, baseado na obra famosa de Somerset Maugham. Dirigida por William Wyler eram amantes, o que jamais foi comprovado.
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Mal-malíssimo
A multimilionária Elisinha Moreira Salles, que o presidente dos Estados Unidos sugeriu para embaixadora do Brasil, dizendo que, com ela, nossa dívida externa seria sanada, esteve uma vez no Ceará, e apresentou um cheque ao Padre Palhano, com o qual queria comprar todo o Museu Diocesano. Ela passou seu últimos dias de vida em devastadora depressão, para a qual não houve jeito.
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Endereço certo
Quando entrei no Presidente Vargas, trazendo Mário trigo, o primeiro dentista campeão do mundo pelo Brasil, fui direto para a cabine da Rádio Dragão, onde Paulino Rocha e Gomes Farias o entrevistaram incontinenti.
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Frapê
O Alabama nunca foi um lugar chique, embora parecesse realmente uma boate. A gente bem não frequentava e o pessoal só aparecia quando eu promovia algum acontecimento.
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Não levou
O primeiro desfile de moda da sociedade cearense foi organizado por Maristher Gentil e realizado no Ideal. Apesar de seu desempenho na passarela, aplaudida por todos, Fernanda Quinderé tirou apenas o segundo lugar.
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Sem soco nem vela
Minha briga com João Saldanha, que tinha assumido o posto de treinador da Seleção, não chegou às vias de fato, até mesmo porque a “Turma do Deixa Disso” entrou. Mas tenho impressão de que, se tivesse saído tabefe, eu não perderia a refrega.
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Bis
Aconteceu alguma vez, em sua longa carreira, sair do órgão e mais tarde voltar? O POVO, TV Ceará e Rádio Uirapuru.
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Sim e não
A atriz inglesa Vivien Leigh ganhou o Oscar por seu desempenho em ...E o Vento Levou, porém, não recebeu a honraria hollywoodiana.
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Troca
Hotel Colón, de Barcelona, agora chama-se Lamaro, e não conta mais comigo entre seus hóspedes; tendo adotado o Suíço, também bem perto da Catedral, onde já fiquei na última viagem.
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Adotou
Chamava-se Artur e abriu um restaurante que, primeiramente, funcionou ao lado do Hotel Imperial do Grupo Lazar, na Presidente Kennedy, tendo sido ali que fui introduzido ao Ramon Serrano, que é o ibérico de Espanha, e do qual jamais me desliguei.
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Apanhado
Sônia Pinheiro, com a leveza costumeira, escreveu no Otimista: “Com jantar no Icaraí, Edilmo Cunha abriu a série de homenagens ao repórter Lúcio Brasileiro, que, desde 1955, brilha em seu métier. Seguido por Beto Studart, recebendo para almoço em torno do colunista mais renomado do Ceará e do Brasil. Juntando, no rol de presenças, Reginaldo Vasconcelos, Cláudio Targino, Fernando César Mesquita, Chico Eulálio e Ricardo Cavalcante, que, em nome da Federação das Indústrias, ofereceu ao laureado placa de prata, por sua mais que brilhante trajetória no jornalismo cearense, tendo iniciado sua carreira em 1955.
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Alto sertão
Convidado pelo prefeito de Iguatu, Juarez Gomes, desloquei-me para a capital do Centro Sul, a fim de cobrir a visita
que lhe faria governador Virgílio Távora, que conhecendo o rol de obras de seu anfitrião, prestou-lhe cadente
reconhecimento ao discursar.
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Uma das dez do Brasil
Primeira vez que vi Beatriz Philomeno em minha vida foi quando a primeira-dama Nícia Marcílio me localizou no
Colégio Cearense e me chamou para um encontro na residência Philomeno, em Jacarecanga. Foi então que Beatriz
confessou a minha semelhança física com seu sobrinho Pedro Luiz, reconhecidamente um rapaz bonito. Ela usava
vermelho e um tamanquinho quase do mesmo tom.
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Apanhado
Recebi dois convites oficiais que infelizmente não pude aceitar. Um, do Plácido Castelo, que me queria chefiando a
Divisão de Turismo, e anos depois, Adauto me cogitou pra chefiar o Cerimonial, e ante a não aceitação, pediu-me
que indicasse um nome, que foi o do Nonato Viana, que assumiu, e não se saiu mal, sendo anos depois aproveitado
no banco da família pelo coronel Humberto, em Brasília.
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Pontapé
Mês antes de estrear na Gazeta de Notícias, foi na amplificadora de Aurora, em julho de 1955, que tive meu começo na comunicação, descrevendo a festa anual da Beneficência, que era o clube da cidade.
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Mão amiga
Da moçada do Ideal, no começo nem sempre fácil, contei com o apoio do Luciano Barreira, que gozava de moral
perante a turma. Foi o primeiro presidente de minha idade, o Réveillon que comandou foi meu último, no então
chamado Clube da Piscina.
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