Categoria: Momentos

Ter sido apresentado ao grande Carlos Lacerda durante a visita de cortesia que Governador da Guanabara fez ao Governador do Ceará, e Virgílio me apresentou.

Dos colunistas, o que mais interessa às mulheres é o Lúcio Brasileiro (do advogado José Cardoso de Alencar), e, partindo daí, fui o escolhido pelos irmãos Bonaparte e Salomão Maia para fazer a crônica social de “O Jornal”, que pretendia ser, e de certa forma foi, um órgão moderno e atualizado.

Trajando uma casaca elaborada pelo Domenico, a segunda que ele me cortou, compareci à posse do general Ernesto Geisel, para cujo ingresso utilizei o convite do deputado oposicionista Fernando Lyra, que o irmão civil Fernando César me arrumou.

O grande Carlos Lacerda discursava no Palácio Tiradentes, com a costumeira veemência. A trêfega deputada Ivete Vargas, sobrinha do Getúlio, pede um aparte e proclama: Vossa Excelência é um ladrão! Lacerda retrucou: Mas como, se eu sou conhecido por combater a roubalheira dos políticos?! Ivete explicou: O senhor é um ladrão da honra alheia. E Lacerda fulminou: Então, a senhora não deve temer, pois nada tem para eu roubar!

O homenageado de uma solenidade só tem lugar na mesa se for o único laureado, quando mais de um, eles ocupam assentos na plateia, serão chamados para receber e voltam para os seus lugares.

Quando Assembleia Legislativa me pôs na pauta, por causa de nota cujo teor não acharam pertinente, dei entrevista ao Jornal do Brasil, via Egídio Serpa, uma das minhas admirações, por se tratar de um vocacionado das lides.

Até o começo dos anos 50, Otávio Bonfim se dava ao luxo de possuir dois cinemas, o Familiar, dos padres, na praça, e bem pertinho, por trás de onde depois foi a Sumov, o Nazaré, ao sul da Siqueira Gurgel, e que dava guarida aos operários que moravam nas redondezas.

Dançando no set da TV Ceará com Eliana Pitman, filha do grande saxofonista Bokker, cujo bar no Rio tantas vezes frequentei.

Da fatal final de 16 de julho de 1950, único jogador do escrete que jogou o que sabia não pertencia a time carioca, que detinha a maioria, pois foi o paulista José Carlos Bauer, médio-apoiador direito.

Nem sempre emplaquei em minhas promoções, por exemplo, a festa da Miss Cearazinha, envolvendo crianças menores de oito anos, levei para o Clube Líbano, porém a colônia não prestigiou.

Pai da Educação Universitária, Antônio Martins Filho teria sido um grande Governador ou Ministro da Educação. Não foi porque inimigos naturalmente gratuitos trataram de envolver seu filho Milton em comunhão com as esquerdas.

Fui principal responsável por Josué de Castro e Branca Batista terem casado em Orós, dobrando o próprio Eliseu, pai da noiva, que projetara a união na casa que tinha próximo ao Náutico.

Durmo aqui na praia plasticamente realizado, tendo Di Cavalcante no espaldar da cama e Antônio Bandeira defronte.

Passei vida toda tentando conquistar os ouvintes das classes C e D. Pois bem, agora, em O POVO-CBN, consegui, o que me deixou de coração cheio de alegria, pois é o público radiofônico, preponderante.

Inaugurando casa, nos tempos em que ainda se tinha casa de campo em Messejana, Zequinha Bachá deu um almoço, e formávamos numa roda onde começou a baixar tudo que é churrasco, e nada de bebida. Mas estava conosco o poeta Otacílio Colares, que proclamou “Bachá, cadê os adjuntos adverbiais de tempo?”, e então anfitrião entendeu e mandou vir uísque.

Brandãozinho, centro-médio da Seleção de 54, deve seu nome ao Brandão de 1938, meio-campista, Mundial que fez do Brasil terceiro colocado.

Todo obséquio que o caixa altíssimo Bonaparte Maia queria do Banco Frota, chegava pro Luís Gentil com estas palavras: Usando a nossa amizade, preciso de um favor seu. E era sempre atendido. Quando o banco estava sendo vendido pra São Paulo, e ele tinha um bocado de dinheiro depositado, e o Luís lhe pediu que não tirasse tudo, deixasse uma parte. Então, Bonaparte respondeu: Apesar de nossa amizade... Foi interrompido pelo Luís, que doutrinou: Sabe, Bonaparte, a nossa amizade não serve mais não, está pensa.

Devo meu ingresso na televisão, primeiro, a Ayrton Rocha e Tarcísio Tavares, cuja agência que representavam criou o projeto, depois, a J. Macêdo, que patrocinou, e finalmente, a Eduardo Campos, Rômulo Siqueira e Guilherme Neto, que aceitaram.

Um dos meus grandes feitos foi haver trazido Marcelino de Carvalho ao Ceará, considerado o Papa da Etiqueta, que nos tinha dado o “Guia de Boas Maneiras”, que aqui autografou.

Quando entrei no então maior hotel do mundo, o New Otani do Japão, que tinha 700 apartamentos.