Moradia
Quando comecei a escrever minha coluna, em agosto de 1955, a casa mais vistosa de Fortaleza era o palacete do coronel José Gentil, onde residiam, na ocasião, “seu” João e dona Sara, que logo se transferiram para o Rio. O prédio foi adquirido pela quantia de cinco mil contos pelo Governo Federal, atendendo solicitação do grande Antônio Martins Filho, para ali instalar a Reitoria da Universidade.
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Categoria: Momentos
Momentos são
A maior ocorrência da minha vida, após, naturalmente, o nascimento foi quando o grande Luís Campos me entregou uma coluna na Gazeta de Notícias, derrubando a oposição do alto comando do jornal. Isso delineou minha própria existência, que deságua hoje em 64 anos de manifestação diária e vitoriosa.
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No alto da torre
Com ajuda fundamental de meu amigo Arialdo Pinho, estabeleci a primeira cobertura do Ceará, no Iracema Plaza de Philomeno, onde morei por um quarto de século, recebendo, além dos luminares da sociedade, expoentes até mesmo nacionais, como o superpaisagista Burle Max.
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Caros colegas
Zózimo Barroso do Amaral, que dos colunistas de dimensão nacional foi meu maior amigo, sempre que lhe passavam uma notícia que só ao protagonista interessava, respondia “vou pôr na sexta”. O informante ficava esperando, e necas, acontece que a cesta aí era com C, aquela indesejável de lixo.
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Gloriosa efeméride
Hoje, 13 de agosto, completa seu primeiro aniversário esta 5ª Avenida, que tanto tem contado com seu prestígio e sua leitura. E também meus 64 anos de jornalismo, por obra e graça do meu pai Luís Campos.
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Laboratório
Para Edilmo Cunha, uma das melhores pessoas jamais havidas, mereceu do repórter o aposto em questão, Obra-Prima do Criador. Até hoje, só me chegaram aplausos pela oportuna nomeação.
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Laboratório
Para Margarida Borges, uma das amigas mais agradáveis que se possa ter, minha coluna criou esta alcunha, que considero das melhores: A Delegada Que Só Prende Por Amor.
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Laboratório
Uma das melhores criações deste repórter foi radiofônica: Dias Branco, Sempre de Braços Abertos para Crescer, lema de meu Minuto diário, tirantes sábado e domingo, em O POVO-CBN.
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Laboratório
Uma das bolações deste repórter foi alcunhar Luiz Gentil de Campeão do Xadrez da Vida. O empresário, pioneiro da pesca organizada da lagosta, soube enfrentar os ventos contrários, a partir da injeção ministrada no lugar errado, que provocou a raquitização de uma perna, na mais tenra idade, além, naturalmente, de ás do Esporte dos Reis, que foi.
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Rio às minhas ordens
Meu primeiro anfitrião carioca foi José Maria Vidal. Estreei na Cidade Maravilhosa em 1957, mediante uma cortesia da Varig. Havia conhecido Zemaria aqui, através do Adrísio Câmara. Ele tinha se transferido pro Rio, quando sua mãe, dona Maria, perecera. Me hospedou por um mês, em seu apartamento da Zona Sul, me emprestou dinheiro e até roupa. Na época, ainda não aparentava sinal do mal que o pôs no hospital nos últimos 40 anos de vida.
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Conversa vai
Um dos maiores papos de que participei nessa minha ainda curta vida, aconteceu em casa do dr. Haroldo e Heloysa Juaçaba, que residiam na Barão de Studart, bem próximo ao Country Club. A figura central foi dom Jerônimo de Sá Cavalcante, tomando parte também, na mesa armada no jardim, seu irmão Hermenegildo e os gêmeos Adauto e Humberto Bezerra, que na época ainda despontavam.
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Diagnóstico
Cearense Antenor Barros Leal, que foi presidente da poderosa Associação Comercial do Rio de Janeiro, assinala que a Federação das Indústrias do Ceará é a única do país onde nenhum presidente virou pelego.
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Altavoz
O saudoso Itamar Espíndola assim interviu, quando, numa roda do Clube do Advogado, alguém proclamou que o Lúcio Brasileiro era muito inteligente: Inteligentes somos nós, ele tem talento, ele cria.
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Transa praiana
Na minha cabana cumbucana La Belle Aurore, recebi Glorinha Sued, a bela mineira, então ex-mulher do Ibrahim, que tinha vindo ao Ceará especial pra ver o Papa, e, em outra oportunidade, sua filha Isabel, trazida pelo Afonso Sancho Júnior.
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Na retina
Eu passava uns dias na Tabuba, em casa me emprestada pelo Arnaldo Lemos, empresário imobiliário, quando apareceu para um pernoite o meu amigo José Macêdo. Depois, chegou um dos jornalistas que mais aprecio, o Newton Pedrosa, que testemunhou o senador lendo Missal, sem dizer palavra, pra cima e pra baixo.
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Amigas, adeus!
No Governo Virgílio Távora, este bloguista entrava e saía do 410 da Barão de Studart como se fosse a casa da sogra, graças à dona Luíza Távora, que inclusive me ensejou comparecer ao Almoço da Luz, único jornalista, pois a imprensa foi vetada por Paulo Paranaguá, chefe do Cerimonial da Presidência, que disse haver recebido ordens superiores.
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Transa praiana
Na varanda de La Belle Aurore, minha cabana cumbucana, hoje no chão, recebi o grande Paulo Gracindo, brilhante na televisão, menos no programa O Céu é o Limite, onde não emplacou.
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Amigas, adeus!
Arisa Boris, mulher do cônsul da França, me tratou sempre com maior deferência e foi quem me abriu as portas do Country Club.
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Amigas, adeus!
Gisela Bonfim, líder da Roda das Piranhas, meu programa certeiro de todos os domingos, onde realizei o melhor negócio da minha vida, comprar uma ação do Ideal pelo dobro do preço nominal (do Aristeu Holanda) e vendê-la na mesma noite por quatro vezes.
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Altavoz
De Deusimar Lins Cavalcante, deputado e anfitrião da sociedade: Quando o Lúcio falava, aí então as mulheres se calavam e ficavam todas atentas ao que ele dizia.
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