Apanhado político

Expedito Machado era para ter sido governador do Ceará. O Ministro da Viação carreou grandes recursos para o Governo Virgílio Távora e, sobretudo, a Prefeitura de Murillo Borges. Dentro do esquema de rodízio entre os dois maiores políticos, UDN e PSD, e ele militava no PSD, Virgílio Távora mais tarde admitiu que Expedito seria o nome para sucedê-lo. Evidente vocação política, teve sua carreira ceifada pela Revolução de 1964, a meu ver, injustamente.

Apanhado político

Carreira do nosso Virgílio Távora foi volumosa e brilhante, embora não invicta, pois perdeu, em 1958, o Governo, para Parsifal. Certamente, ele não contava com a grande seca que adviria, ensejando o Governo Federal, por meio do DNOCS, entrar na parada e virar o jogo.

Apanhado político

No nosso currículo parlamentar, existe um caso de pai, filho e neto eleitos deputados federais. Estou falando do senador Távora, do Virgílio e do Carlos Virgílio. O Lúcio Alcântara pretende corrigir, com seu pai, ele e o Leonardo. Só que Waldemar não foi eleito, assumiu como suplente.

Apanhado político

Quando assumiu Ministério da Aviação, no governo parlamentarista de Tancredo Neves, Virgílio Távora veio ao Ceará e convocou uma reunião de todos os seus comandados daqui, entre outros Correios, DNOCS, DNOS e RVC, onde aconteceu. Todos esperavam uma pergunta de trabalho, porém VT iniciou assim: "Os senhores acham que eu sou um grande ministro?" Surpresos, a calação foi geral, ensejando a seguinte saída do grande político: "Tomo o silêncio como uma afirmativa."

Apanhado político

Professor Parsifal Barroso, meu particular amigo e protetor, teve uma década, em sua carreira, que, parece-me, nenhum outro político usufruiu. Quero me referir aos anos 50, onde começou como deputado estadual, logo depois eleito federal, depois senador (que pouco exerceu, pois foi ser ministro de Juscelino), terminando como governador. Depois, ainda teve dois mandatos em Brasília, que, lamento dizer, nada acrescentaram ao brilhante currículo.

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César Cals foi grande governador, um dos cinco melhores que tivemos, porém deixava a desejar como político. Ele praticamente deu na bandeja a senatória pro Mauro Benevides, lançando Edilson Távora, excelente deputado, mas, tradicionalmente, de precário apelo na Capital. César, que chegou a chefiar grupo político, terminou com um só deputado estadual, seu filho Marcos.

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Sempre que abordado para estabelecer quais foram os melhores prefeitos de Fortaleza, abro a relação com Vicente Cavalcante Fialho, que, entre outras vantagens, foi descobridor da quinta cidade do Brasil. Em segundo lugar, Murilo Borges, na mais acirrada disputa já havida, batendo, nos finalmentes, Péricles Moreira da Rocha e Moura Beleza. Em terceiro, Cordeiro Neto, pois só a Perimetral vale por uma administração. Em quarto, Juraci Magalhães, mas pretendo realçar só a primeira gestão, pois, depois, nefastas participações quase acabam com ele. O engenheiro José Walter Cavalcante fecha a lista, homem seriíssimo, embora péssimo político.