Categoria: Apanhado político

Uma semana antes das eleições de 1962, que ungiu Virgílio Távora para Governador, e Murilo Borges, Prefeito, aconteceu uma reunião no apartamento de Romeu Aldigueri, ao sul do Náutico, com a presença de, além do dono da casa, Aécio de Borba e José Afonso Sancho, e este repórter, oportunidade em que foi delineado o final da campanha do coronel e as últimas detonações contra o candidato favorito, Pekim Moreira da Rocha. Murilo ganhou pelas beiradas, cerca de mil votos, e se tornou um dos cinco melhores prefeitos que Fortaleza já teve.

No almoço do Sindicato da Construção, contei avidamente minha história com Vicente Fialho, que em um jantar dos Philomeno Gomes para o Embaixador do Vaticano, usava meia branca, o que valeu uma nota meio criticante na coluna. E que o prefeito respondeu assim: Senhor Lúcio, informo que estou preocupado com a cidade inteira, não com meias.

Aécio de Borba foi três vezes deputado federal e uma estadual, que por sinal não exerceu completamente, quase não aparecendo na Assembleia do Centro.

Da dra. Gisela Savioli: Cuidado, precisamos discernir e separar o joio do trigo. Não aceite tudo que você ouve, vê ou lê como verdade absoluta. Pesquise, procure se informar. Quer um exemplo, a tal da ração humana virou uma febre de consumo, e todo mundo acha que é o melhor alimento do mundo. Porém, contém diversos ingredientes que podem ser problemáticos, dependendo da individualidade bioquímica da pessoa.

Segundo me chegou, e já faz tempo, a composição acionária da Casa de Saúde São Raimundo, que virou hospital, foi, é ou seria essa, dr. Lafi Lobo, 08, dr. Pontes Neto, 14, dr. Haroldo Juaçaba, 30, e dr. Juvenil, 48.

Escreveu um dia: realmente, o Brasil é um país inviável: Bicheiro joga no bicho, gigolô mata por amor, traficante é viciado e o dólar, no negro, é mais barato que no oficial.

Naquela que seria a última eleição de sua carreira, haviam duas Senatórias, uma de oito e outra de quatro, que foi destinada ao senador Pimentel. A bancada estadual do PSD foi ao aeroporto esperar seu presidente e, ao mesmo tempo, pedir a ele que desistisse, pois queriam indicar Waldemar Alcântara, bem mais moço. Não tiveram chance, pois antes que fossem até Pimentel, ele veio até eles, e dirigindo-se ao Waldemar Alcântara, proclamou: Waldemar, não permita que façam isso comigo e com o nosso partido, minha senatória tem de ser a de oito. Terminou aceitando a de quatro, pois pouco é sempre melhor do que nada.

Após longo tempo, voltei ao North Shopping, que apesar de ter surgido em época que o Alagadiço não tinha nada parecido, Sérgio Gomes de Freitas teve o pioneirismo de instalar e nunca ninguém se lembrou, nem os vereadores do bairro, em lhe dar uma medalha.

Fechou o Diário de Pernambuco, o mais antigo jornal em circulação da América Latina, deixando, lamentavelmente, incolunável, meu irmão civil João Alberto Sobral, que por duas ocasiões, chegando em Recife, vindo da Europa, mandou buscar seu rigor em casa e pegou o primeiro voo para meu Gala no Centro de Convenções.

Quiseram atribuir ao deputado Furtado Leite a derrota de Flávio Marcílio em 1986, todavia, não foi pertinente. O que, na verdade, aconteceu foi que Moema São Thiago, sobrinha de Marcílio, foi a grande surpresa, estourando de votos, ensejou uma cadeira para o seu pequeno partido, causando a queda do tio. A moça nunca mais se elegeu, face ao fraco desempenho apresentado, após eleita.

Empresários que entraram na política e tiveram um só mandato federal: Bonaparte Maia, Raul Carneiro (e mais um de estadual), Audísio Pinheiro.

Pode-se dizer que o Senador Távora, pai de VT, participou da Revolução de 1964. Tenho em meu poder intervenções suas no Senado, proclamando desmandos do Governo Goulart.

No gabinete de Demócrito Dummar, reuniu-se o júri que escolheria a quem seria consignada a primeira Medalha Albanisa Sarasate. Ganhou Virgílio Távora, vindo em segundo, Martins Filho, e um só voto foi destinado ao eterno cônsul cearense no Rio, José Bonifácio Câmara, que foi a escolha de Olga Barroso, representante das primeiras-damas na bancada.

Fernando Pinto recebeu em sua fazenda paulista três amigos, Virgílio Távora, José Macedo e Raul Barbosa, para jantar. Depois do ágape, deliciosamente servido, cada qual se retirou para sua habitação e, cedo da manhã seguinte, partiram lépidos, fagueiros e bastante satisfeitos.

O maior momento deste repórter, no ano findante, foi a noite de autógrafos de minha biografia, iniciativa do Beto Studart, que incumbiu Reginaldo Vasconcelos, presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, do corrimento editorial. E o lançamento no pátio do BS Design se inscreveu brilhantemente entre os maiores acontecimentos de 2024.

O repórter foi testemunha, tendo participado do almoço na Maison de France, no Rio, do desenlace do entrevero de Sandra Gentil com o pintor Antônio Bandeira, que estava para voltar a Paris. Queria que ela fosse, porém, deixando os filhos aqui, condição que a nossa amiga não aceitou.

Grande parte dos que se reportaram às eleições de 1958 garante que o prof. Parsifal Barroso não queria realmente ser governador, achava que poderia voltar ao Ministério de Juscelino ou, então, ser nomeado para alguma embaixada – de Israel ou do Vaticano. Foi eleito, como se diz, de dedo no nariz, e, talvez por isso, não figure entre os melhores governadores daquele tempo, tais como Virgílio Távora e Plácido Castelo.

Entrevista que me concedeu na pioneira TV-Ceará, foi provavelmente a última da brilhante carreira de José Martins Rodrigues, e depois foi jantar em minha casa, trazendo Vicente Augusto, que foi seu colega de PSD, e exemplar jornalista Pádua Campos, que foi colunista político de O povo.

Na eleição de 1950, primeiro nome apontado foi o do empresário Fausto Cabral, que era genro do presidente do PSD, Antônio Gentil. Fausto não apresentou boa sustentação, sobretudo porque o PSD veio forte com Raul Barbosa, que era sócio do José Martins, em escritório de advocacia no Rio, e que nas urnas venceu, com boa margem, Edgar de Arruda, apoiado pela UDN.