Quem Sobra

Nos treinamentos visando a formação para a Copa do Mundo de 1950, disputavam a meta titular Barbosa, do Vasco, Castilho, do Fluminense, e Sérgio, do Grêmio de Porto Alegre, apontado pela crônica como o grande destaque dos três, entretanto acabou cortado.

Culpa do Treinador

Nilton Santos estreou na Seleção Brasileira no Sul-americano de 49, em 50 foi convocado para a Copa do Mundo, mas não chegou a atuar. Houve quem garantisse que, se ele tivesse entrado no lugar de Bigode no jogo final, o Brasil teria sido campeão já naquele ano.

Cedo Demais

Atacantes que atuaram na Seleção Brasileira em Copa do Mundo antes que seu primeiro título batesse em nossa porta: em 30, Poli, Benedito, Nilo, Russinho, Araken, Carvalho Leite, Teófilo, Preguinho e Moderato; em 34, Luizinho, Waldemar de Brito, Armandinho, Leônidas, Patesco; em 38, Lopes, Roberto, Perácio, Tim, Romeu, Hércules; e em 50, Friaça, Zizinho, Maneca, Ademir, Baltazer, Jair e Chico.

Cedo Demais

Volantes que envergaram a camisa da CBD em Mundial antes de 1958, quando se deu o primeiro troféu: pela Seleção de 30, Hermógenes, Fausto e Fernando; em 34, na Itália, Tinoco, Martim e Canalli; Zezé Procópio Martim e Afonsinho em 38, na França.

Diamante Negro

Leônidas da Silva participou de dois mundiais, em 34, na Itália, foi o autor do único gol brasileiro, derrotado pela Espanha por 3 x 1. Na segunda, na França, meteu sete, sendo três na Polônia, dois na Tchecoslováquia, em duas partidas, e dois na disputa final, frente à Suécia, pelo terceiro lugar.

Sem Caneco

Sete goleiros defenderam meta do Brasil em mundiais antes da primeira Copa ganha, a da Suécia, em 1958. Foram eles Joel e Veloso, em 1930; Pedrosa, em 1934; Walter e Batatais, em 1938; Barbosa, em 1950; e Castilho em 1954.

Lá Atrás

Último título de treinador de Flávio Costa pelo Flamengo foi em 1963, quando a crônica o malhou severamente por ter jogado os 90 minutos na defesa, na partida frente ao Fluminense, que terminou empatada de zero, ganhando o ponto que garantiu.

Não deu

Considerado o maior centroavante de todos os tempos, Friedenreich, autor do gol da vitória no Sul-americano de 1919, não participou de nenhum mundial. Poderia ter sido em 30, porém, face às brigas das federações do Rio e São Paulo, nem sequer foi cogitado para embarcar.

Estupidez

Quando anuncio que, no dia em que eu for presidente da FIFA, acabo com a verificação televisiva, pois não cabe em minha cabeça que a torcida só possa festejar após três, cinco ou até mais minutos que a bola entrou.

Faceta

Todos os jogadores são supersticiosos, e Napoleão, em arte militar, era um admirável jogador. Só lhe interessava a batalha ainda não ganha.

Sim & Não

Em seu primeiro jogo pela Seleção Brasileira, em 1931, Domingos da Guia ganhou do Uruguai e, no último, quinze anos depois, perdeu para a Argentina.

Não é a dele

Ser treinador dificilmente é bom negócio para quem foi craque. Cito dois exemplos maiores: Leônidas da Silva e Domingos da Guia, que tentaram e duraram pouco.

Clubista

Zico não foi principal jogador brasileiro no Mundial da Espanha. Não se foi mal; porém, destaque maior do escrete foi Falcão. Aliás, eu estava em Sarriá quando da derrota pra Itália, e o título virou fumaça.

Fora do banquete

O treinador Zagallo não programou todos os jogadores que levou para o México no Mundial de 1970. Assim, não entraram em campo os goleiros Ado e Leão, os zagueiros Baldochi e Joel, o lateral Zé Maria e o avante Dario.

Não atingiu

O treinador Telê Santana foi um excelente ponta-direita, mas nunca envergou a camisa da seleção, apenas a carioca. A propósito, foi um dos craques que esteve almoçando em minha cobertura do Iracema Plaza.

Erro de direção

Sem explicar por que o treinador Flávio Costa não convocou Cláudio para a copa de 1950 do Corinthians, reserva de Tesourinha, que teve de ser cortado devido a uma seríssima contusão no joelho. Como as inscrições na Fifa estavam encerradas, ele não pôde mais chamar ninguém, tendo que improvisar o volante Alfredo, que não era ponteira.

Não deu mais

Flávio Costa convocou Leônidas da Silva para o Sul-Americano de 1949, mas logo o “desconvocou”, pois o Homem de Borracha não conseguiu perder os quilos que ele desejava. Leônidas ainda participou de um Mundial, mas apenas de craques do passado.

Começo do fim

O treinador Flávio Costa me confessou no Rio ter pensado no craque Heleno de Freitas, que na época jogava no Vasco, para comandar o ataque brasileiro na Copa de 50. Porém, o jogador já começava a dar os primeiros sintomas de cabeça ruim, que o matou dez anos depois, internado pelos amigos em um hospital de Barbacena.

Plataforma

O meu programa para Presidente da Fifa inclui o fim das expulsões, apenas o jogador merecedor é tirado de campo e substituído pelo treinador.

Quebra

Tesourinha, do Rio Grande do Sul, seria tranquilo o ponta-direita do escrete para o Mundial de 1950. Uma contusão nos joelhos o deixou de fora, causando inclusive um problema para o treinador, Flávio Costa, que não convocara Claudio, do Corinthians, que fora reserva do gaúcho no Sul-americano de um ano antes e teve de improvisar dois vascaínos que não eram extremas, Maneca e Alfredo.