Categoria: Bola passada

No primeiro campeonato que disputou por seu clube, o Santos, em 1957, Pelé não foi campeão, apenas no seguinte, em 58, foi laureado.

Edinho, jogando de quarto beque ou lateral esquerdo, participou de três Copas do Mundo: 78, na Argentina; 82, na Espanha; e 86, no México. Não foi campeão, porém, em compensação, não perdeu nenhum jogo.

Só teve um jogo de Copa do Mundo que grandioso Pelé marcou três gols, foi contra a França, em 58, só que seu marcador, Jonquet, estava na enfermaria, vítima de cipoada do Vavá, e naquele tempo jogador quebrado não era substituído.

Carlos foi único goleiro da Seleção Brasileira que não obteve o título mundial nem perdeu um jogo sequer.

Só um brasileiro entrou na lista dos onze do jogo final da Copa de 50, Brasil x Uruguai, o volante Bauer, ou talvez o ponteiro Chico, este porque, que nem o do Uruguai, Moran, era um garoto estreante. Os outros nove, todos da Celeste.

Mauro, o capitão da Seleção campeã 1962, foi único caso de zagueiro central envolvido em quatro Copas, na de 50, foi dispensado por Flávio Costa, não participando da relação dos 22, em 54, reserva de Pinheiro, e em 58, de Belini.

Flávio Costa teria vencido, a meu ver, a Copa de 50, se tivesse escalado, contra o Uruguai, Nilton Santos na lateral esquerda, a mesma posição que o grande craque ocupava no Botafogo, qual seja, marcador de ponta-direita, e aí então Gighia não teria progredido sem marcação até as redes de Barbosa.

Copa de 70, no México, foi a primeira que jogador lesionado podia ser substituído, tal aconteceu, pioneiramente, quando, no jogo inicial do Brasil com Tchecoslováquia, Gerson saiu, dando lugar a Paulo César, logo rotulado de Reserva de Luxo.

Flávio Costa me confessou, no Rio, que cogitou de Heleno de Freitas, para comandar o escrete na famigerada Copa de 50, havendo recuado porque o craque já denunciava os sintomas da esquizofrenia que o matou.

Leão, que no Mundial de 78 não sofreu gol, quatro anos antes levou da Holanda e da Polônia. Participou do elenco de quatro Copas, porém só atuou em duas, tendo se sagrado campeão sem jogar no México, em 70.

Embora não tendo sido campeão mundial, Carlos foi um goleiro que não perdeu, tendo sido desclassificado nos pênaltis, no empate com a França por um gol.

O Brasil não é pentacampeão de futebol, porém apenas bi, 58, na Suécia, e 62, no Chile. Teria sido tetra, se não fosse a derrapagem no Mundial da Inglaterra, onde Argentina e Uruguai, sobretudo os argentinos, livraram a cara do futebol sul-americano.

Treinador da última Seleção que ganhou a Copa jogando que prestasse, a do México, em 70, Zagallo, por outro lado, foi o técnico mais derrotado em Mundiais, perdendo pra Holanda e Polônia, na Alemanha, em 74, e para a Noruega e a França, na própria França, em 98.

Jairzinho, último artilheiro pra valer do escrete, marcando mais de um gol por partida, sete em seis jogos, no México, foi também o maior perdedor da Seleção em Mundial, Hungria e Portugal, em 66, Holanda e Polônia, em 74, no primeiro, treinado pelo Feola, no segundo, pelo Zagallo.

Raramente chutando a gol, Obdúlio Varela abriu o campeonato para o Uruguai ser campeão enviando a pelota ao meio da trave da Espanha, empatando a partida, que estava sendo vencida pelos ibéricos, tendo acontecido que o goleiro Ramalhetes escorregou, na tarde chuvosa do Pacaembu, engolindo bola facílima e defensável.

Após a vitória sobre o Brasil, que consignou o segundo título para o Uruguai, quando chegou ao hotel, já pela noite, Obdúlio Varela sumiu e, sozinho, perambulou pelos bares do Rio de Janeiro, onde foi reconhecido e festejado. Só voltou ao amanhecer.

Obdúlio Varela foi o maior protagonista da vitória do Uruguai sobre o Brasil, na Copa de 50. Falaram tudo, menos que ele atuou machucado, nesse Mundial, de tornozelo inchado.

A Itália tem pelo menos um representante na lista dos Dez Maiores Craques de Todos os Tempos, trata-se do meia Meazza, bicampeão em 34 e 38.

Final do Campeonato Carioca de 1950 colocou frente a frente, no Maracanã, Vasco e América. Os vascaínos tinham na linha média Ely, cujo irmão, Osny, era goleiro do América. Ely ganhou, e o Vasco, treinado por Flávio Costa, foi campeão daquele ano.

Vi Pelé jogar três vezes, duas no Maracanã e uma no Pacaembu, quando perdemos pra Argentina e o Rei foi expulso.