Bola rodando
Na final de 50, que tirou do Brasil sua primeira Copa, dos gols uruguaios, só o segundo pode ser considerado frango, porém, quanto ao primeiro, Barbosa pulou adiantado, podendo-se então dizer que teve culpa nos dois.
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Categoria: Bola passada
Bola rolando
A Seleção do Uruguai, no jogo final da Copa de 50, tinha sete craques no time. O goleiro Maspoli e estes seis, o zagueiro Matías González, que liquidou com nosso Ademir, médios Obdulio Varela e Rodrigues Andrade, e toda a linha atacante, menos o ponteiro esquerdo Moran, que estreava.
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Revelação zebra
Baltazar, centroavante do Corinthians, não estava na lista inicialmente convocada pelo treinador
Flávio Costa para a Copa do Maracanã. Iria despontar comandando o ataque do Corinthians, no Rio - São Paulo de 1950, e marcando gol da vitória de seu clube sobre o Vasco da Gama, então melhor equipe brasileira e base da seleção. Ele não correspondeu, embora tenha assinalado um gol em cada um dos jogos em que atuou, México e Suíça, adversários fracos.
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Viagem inútil
O Brasil levou (de navio) 22 jogadores para o Mundial da França, mas quando chegaram lá e foram contar, só deu 21, pois Miginho, que atuava no Vasco, não pode entrar no campo face estava também vinculado ao Lazio da Itália.
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Panela goleou
Na Copa de 50, Brasil festejou larga vitória sobre a Espanha, 6 × 1, só que, no dia seguinte,
a delegação visitante entrou com ação junto à Fifa, denunciando que seus jogadores atuaram
dopados, pois o cozinheiro nativo da concentração pusera barbitúrico no almoço, de modo que os
ibéricos pareciam cair de sono no campo.
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Em dupla
Em duas Copas do Mundo, o Brasil teve dois jogadores expulsos numa mesma partida, em 34,
na Itália, no primeiro jogo com a Tchecoslováquia, Machado e Zezé Procópio foram pro chuveiro
mais cedo, enquanto que em 54, na Suíça, na porfia contra Hungria, o mesmo aconteceu com
Nilton Santos e Humberto.
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Bola murcha
O goleiro Ivan, irmão do meu amigo Abelardo Roriz, saía-se bem no Ceará Sporting, mas na única vez que defendeu a Seleção Cearense, deixou passar uma bola chutada do meio do campo pelo Batistão, que integrava o escrete maranhense.
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Vale & Não
Não sei se ainda é assim, pois mudam o futebol todo dia, porém, no meu tempo, o jogador que batesse um pênalti devolvido pelo goleiro podia fazer o gol no rebote, se bateu na trave, perdia, pois os paus são considerados pontos neutros, e o mesmo atleta, ao bater a falta, não pode tocar na bola duas vezes.
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Camisa pesa
Danilo, da Seleção de 1950, é exemplo de jogador de clube, que não brilha no escrete, onde sempre esteve longe do Príncipe que era no Vasco.
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Bola menor
Maracanã delirou quando o Brasil goleou a Suécia de 7 × 1, só que a crônica esportiva esqueceu que os nórdicos mandaram pra Copa do Mundo o time olímpico.
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Corrigindo
Na final do Mundial de 1950, não é verdade que o Vasco da Gama deu mais jogadores que os outros clubes brasileiros somados, pois dos onze só cinco eram cruz-maltinos, como também não procede que o Peñarol entrou com mais craques para o escrete do Uruguai, pois só deu cinco, enquanto os outros grandes do vizinho país, seis.
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Apito perfeito
O jogo Brasil x Uruguai que deu aos celestes seu segundo título mundial, em 1950, foi arbitrado pelo inglês George Reader, que realizou um trabalho sem falhas. Ainda assim, a crônica brasileira, não tendo nada a dizer contra, alegou que ele teria acabado o jogo exatamente na hora e meia previsto no regulamento.
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Cor leva culpa
Após a derrota do Brasil para o Uruguai, no Maracanazo de 1950, os racistas trataram logo de culpar os três coloredes do time, Bigode, Barbosa e Juvenal, nessa ordem, pelo gol da catástrofe, deixando fora das mágoas os brancos Danilo, que não deu combate ao extraordinário meia uruguaio Julio Perez, e ao nosso Jair, que perdeu a pelota para Obdulio Varela iniciar o gol de Ghiggia.
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Só com bola
Calçando o tênis, o cavalheiro só usa a meia até metade da perna quando está na quadra. Agora, se é para fazer companhia à bermuda, ela só deve cobrir o pé.
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Futebol clube
Flávio Costa e Zezé Moreira, jogadores pebas, deram ótimos treinadores, ambos foram campeões cariocas e dirigiram a Seleção.
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Ponto neutro
Quando o pênalti perdido bate na trave, o executor não pode corrigir e fazer o gol, porém qualquer outro jogador do time beneficiado pode. Agora, se bate no goleiro, o cobrador pode tocar para as redes.
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Pouca conta
O treinador Flávio Costa só conseguiu um título internacional, o Sul-Americano de 1949, realizado no Brasil um ano antes do advento do Maracanã, mas que não teve maior significado, porque Argentina não participou e Uruguai mandou um time de estudantes.
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Craque sem bola
Exemplo de jogador sucesso no clube que nas poucas vezes chamado para a Seleção não emplacou é Luizinho, do Corinthians, numa demonstração que existe atleta de clube e atleta do escrete.
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Homem mau
Todo mundo sabe que sou ligado em futebol, o que inclui a imprensa esportiva, tendo até mesmo assinado coluna diária nos Associados. Agora, maior vitória não foi haver transmitido do Maracanã Brasil enfrentando Inglaterra, foi ter invadido a casa de Obdulio Varela, nos arredores de Montevidéu, e entrevistado aquele que tirou da boca o que teria sido nosso primeiro título mundial.
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Talvez
Neymar, que pode ser um caso de jogador de clube, a quem falta alma para a Seleção, disputou três Copas, perdendo dois jogos, contra a Bélgica, em 18, sem pênalti, e contra a Croácia, em 22, nas penalidades, que, por sinal, não chegou a bater.
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