Categoria: Coisas de cinema

No dia seguinte ao término da filmagem de “Giant, Assim Caminha a Humanidade”, James Dean partiu cedo da manhã em louca disparada para a Salinas e morreu na estrada, quando carro derrapou.

Em seu primeiro longa, “Vidas Amargas”, James Dean alcançou ótimo desempenho, que muitos críticos, entretanto, consideraram histriônico, ao contrário do Ricardo Davalos, que fez o papel de seu irmão, elogiado por todos, pela sobriedade.

Pouca gente conhece hoje que a Praça José de Alencar teve um cinema, o Toaçu, da cadeia do Amadeu Barros Leal, situado a leste do centro comercial da General Sampaio. Ali, assisti a um filme de Ingrid Bergman, que muito me marcou, “O Médico e o Monstro”, contracenando com Spencer Tracy e Lana Turner.

Quando de seu último filme, “A Marca da Maldade”, por sinal, muito bom, Orson Wells já contava 75 anos, portanto muito distante do Cidadão Kane. A fita, quase noir, é rodada na fronteira com o México, porém não recebeu nenhum Oscar.

“Vidas Amargas” foi único longa-metragem, dos três que fez, a que James Jean assistiu, pois já tinha morrido quando “Juventude Transviada” e “Assim Caminha a Humanidade” foram pro circuito.

“Casablanca” é único filme de Ingrid Bergman que a grande atriz sueca não contracena com mulher.

Orson Wells, já com mais de setenta, estava muito debaixo, em termos financeiros, quando convidou Marlene Dietrich para estrelar seu último filme, que ela aceitou sem ônus, quer dizer, cachê sem vintém, pra ajudar o amigo.

Filme que não pode deixar de ser incluído entre os dez maiores de todos os tempos, “A Um Passo da Eternidade”, onde se cometeu uma das maiores injustiças de todos os tempos, qual seja, Montgomery Clift não haver recebido o Oscar de Melhor Ator, alegando-se que ele concorrera também a Coadjuvante.

Dois monstros sagrados do cinema, Bette Davis e Ingrid Bergman se diferenciavam no seguinte aspecto, enquanto a americana era uma estrela, a sueca se contentava em ser apenas atriz.

Fortaleza teve um cinema em que as mulheres entravam para um lado e os homens para o outro. Tratava-se, no caso, do Cine São José, que funcionava no lado oeste da Praça Cristo Redentor, talvez um caso único no Brasil.

Contracenando com dois grandes, Charles Boyer, que quis matá-la, e Joseph Cotten, que a salvou, no clássico À Meia-Luz, Ingrid Bergman ganhou primeiro Oscar.

Quando Cláudio Figueiredo me convidou para passar uma semana no Iracema Plaza de seu avô Pedro Philomeno, semana essa que quando Chico assumiu, eu transformei em meio século da mais maravilhosa fase de minha vida, incluindo a primeira cobertura do Ceará, que o saudoso Arialdo Pinho projetou para mim.

Quando propus ao dr. Eduardo Tapajós, diretor do Glória do Rio, que não me conhecia, nem eu a ele, que me hospedaria no então maior hotel do Brasil, pagando apenas os extras, que tempos depois ele liberou tudo.

Quando Carlos d’Alge me garantiu que eu seria o cronista social de O Jornal, que estava estreando, e, para minha contratação, foi decisiva a opinião de José Cardoso de Alencar, emitida aos irmãos proprietários, Bonaparte e Salomão Maia, no pequeno escritório da Major Facundo, tendo o afamado advogado assim se manifestado: A coluna do Lúcio é a que mais interessa às mulheres.

Quando dona Albanisa Sarasate me recebeu no Hotel Regina do Rio, ao meio-dia, e marcou que eu voltasse às seis da tarde, aí, então, dr. Paulo conversaria comigo, sobre minha pretensão de ingressar em O POVO, o que aconteceria em setembro de 1971, o salto gigante de minha carreira.

Humphrey Bogart visitou Ingrid Bergman em seu exílio europeu e comentou com ela: Em Hollywood, você era uma rainha, e aqui, quem você é? A grande atriz nórdica fulminou: Uma mulher feliz.

O ator Herbert Marshall, que fez o papel do marido traído em “A Carta”, na segunda versão da obra cinematográfica baseada no conto de Somerset Maugham, na primeira, era o assassinado, que não chega a falar na película.

Ingrid Bergman não fez amizade com suas colegas atrizes de Hollywood, pois nunca posou de estrela, se contentava apenas em ser uma grande artista.

Uma das ilustrações do livro de Romeu Duarte sobre Emilio Hinko que me puseram em total nostalgia foi a fachada do Cine Moderno, na Praça do Ferreira, onde assisti, pela primeira vez, a “Casablanca”, em companhia de um amigo da Rua Gonçalves Ledo, Cunha Júnior.

Passando por várias derrapagens, no final da carreira pouco favorável, inclusive com um grave acidente que lhe alterou as faces, além de sua mãe, Montgomery Clift teve apoio irrestrito de sua amiga Elizabeth Taylor, com quem havia feito o esplêndido “Um Lugar ao Sol”, de George Stevens.