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Os Bloch, que chegaram ao Brasil vindos de família paupérrima da Ucrânia, não eram habituais na postura à mesa. Boris Bloch, por exemplo, um irmão mais novo do chefão Adolfo, dispensava o talher e comia com as mãos, nos almoços da Manchete.

A razão pela qual a noiva não joga mais o buquê para suas amigas, após a cerimônia, é que todas elas casaram antes, e não tem mais ninguém na sobra.

Entrevistado pelo repórter, meu Patrão Inesquecível Eduardo Campos apontou, entre as cafonices, deixar sobrinha no prato.

No banquete que Associação Brasileira de Imprensa ofereceu ao presidente Getúlio Vargas, foi anunciado que o charuto passaria após o café, pois, como era hábito do Chefe da Nação, não seria cortês permitir que ele desse sozinho suas baforadas.

Em convite de casamento, o “têm a honra” ou “têm o prazer” deve ser omitido, pela singela razão de que ninguém convida pro nupcial de um filho com desonra ou desprazer.

No casamento, os padrinhos do noivo ocupam com ele o espaço da direita, enquanto os da noiva se portam à esquerda com a casante.

No tempo em que eu ia muito ao Rio e, obviamente, todo dia, ao Copacabana Palace, minha pedida favorita, no Golden Roon, era o Steak Diana, impossível de fazer aqui, no momento, pois falta vinho Madeira na praça.

O que rege os banquetes não é o Serviço à Francesa, e sim o inglês, que o prato já vem feito da copa e o garçom coloca no lugar, em frente ao comensal.

O Serviço Americano é essencialmente destinado a gente jovem, que não dá muita bola para as circunstâncias, pois põe na mesa carne, peixe, frango, camarão e lagosta.

Em recepção de casamento, ninguém, a não ser um dignatário do Estado ou príncipe da Igreja, pode se retirar se os noivos ainda estão presentes. Como também não é In sair antes que o Governador do Estado o faça.

Ao dar uma festa, ou mesmo um jantar, na Torre do Iracema, nos meus áureos tempos de anfitrião, nunca me preocupei em chamar convidado poderoso, quer por ser uma autoridade do Estado ou grande empresário, porque tem pouco a oferecer na roda, sempre me norteando pelo que podiam proporcionar na conversação.

Para guardar ervas frescas, ponha num vidro contendo de três a cinco centímetros de água fria, cubra com saco plástico e coloque na geladeira.

Nessa questão de casamento, a única coisa que não está correta é os pais da noiva gastarem além do que podem, sobretudo, na recepção. Não abonados devem se contentar com bonito bolo e espumante, pois, se saírem das possibilidades, vão constranger os convidados.

Chegando a uma festa, nunca diga para o dono da casa que só veio porque era para ele, pois pode parecer que você está querendo que sua presença seja mais valorizada.

Hospedando um padre ou, ainda mais, um bispo, os anfitriões devem preparar um altar para a missa que o sacerdote tem obrigação diária de celebrar.

“Chinelo” ou “sandália”? Preferivelmente, “sandália”, para as mulheres, e “chinelo” para os cavalheiros.

Em jantar cuja sobremesa ofereça frutas e doces, simultaneamente, a fruta, mesmo parecendo estranho, deve vir após o doce, e não antes.

Se você palestra com um amigo na praça e chega outro que não se conhecem, aquele que chega é que é apresentado a quem já está.

Durante um jantar, e quando falo jantar serve também pra almoço, não se deve puxar notícia ruim, tais morte ou doença grave, falência ou concordata e separação, a não ser amigavilíssima, coisa rara de se ver.