Categoria: Hora do gole

O álcool mais forte, o conhaque, é destilado até 72 graus. Quando passa desse nível, digamos, até 84 graus, toma o nome de espírito, e só daí por diante, o rótulo de álcool.

A culinária francesa não obriga você a tomar vinho. O que não aceita é refresco ou suco de laranja, mas você pode, perfeitamente, pedir água.

Entre as regiões brasileiras que se credenciaram pelo bom vinho, não podemos esquecer Caxias do Sul, Garibaldi, Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul), Andradas (Minas Gerais), Atibaia, São Roque e Jundiaí (São Paulo), para citar apenas as que trabalham há mais tempo.

Na cozinha francesa, existe um prato que se chama Epigrama D’Agneau, no qual se introduz algumas partes internas do carneiro. Ele casa maravilhosamente com um tinto de Bordeaux ou de Borgonha.

Consta em almanaques especializados que o irlandês produz uísque melhor que o escocês, que por sinal, não se toma com gelo, e sim com água gelada, para manter a mesma graduação do álcool durante a ingestão do drinque.

O uísque escocês é preparado com cevada, o canadense com centeio e o americano com o que for possível, pois, inclusive, não é whisky.

O gim é apropriado para se beber num barco, levando muito sol, e exige que se misture com água tônica ou até mesmo suco de laranja, no máximo, três doses, pois se trata de álcool perfumado, e, como tal, enganativo e perigoso.

Só tem uma bebida que pode ser tomada em jejum, trata-se da cerveja, presta-se, outrossim, a aliviar ressaca do dia seguinte, quando pileque da véspera aconteceu ser de destilada.

Com toda essa canícula, uísque, aqui pelo Nordeste, só depois das cinco da tarde, e em forma de drinque-longo com bastante gelo e uma mistura, preferencialmente água.

Segundo Madame Prunier, o único álcool que casa bem com caviar é a vodca, com o que, modestamente, não concordo, pois considero que o champanhe ou mesmo o vinho branco seco acompanham maravilhosamente a ova em questão.

Segundo o casal Paulo e Espíndola Sampaio, a expressão “coma” vem do grego kóme e significa “estado de inconsciência profunda, em que se perdem as atividades cerebrais superiores, conservando apenas a circulação e a respiração”.

O Brasil tem feito nítidos progressos no setor do álcool. Embora o uísque nacional não possa ser comparado, em hipótese alguma, ao escocês, a cada dia, esse produto melhora. No entanto, sem que nunca possa competir com o tradicional scotch, pois não há país algum no mundo que possa fazê-lo.

O champagne é o vinho que requer mais cuidado, mais carinho e mais amor por parte de quem o produz e de quem o bebe. Foi o monge Dom Pérignon que teve a genial ideia de fazer com que aquele fosse fermentado duas vezes, eliminando o sedimento da primeira e obrigando o uso da rolha.

É de uso servir entre duas bebidas uns petiscos mais ou menos condimentados, hábito que apresenta duas vantagens, tornar mais viva a sede e, ao mesmo tempo, provar maior resistência do bebedor.

O mestre Marcelino aconselha que deveria ser obrigatório conversar apenas sobre vinhos na mesa de refeição, esquecendo a política e os negócios.

Do mestre Marcelino: Essa conversa de vinho velho deve ser recebida sempre com precaução, não basta o vinho ser velho para ser bom. Por exemplo, uma zurrapa, mesmo guardada cuidadosamente em boa adega, será sempre um zurrapa.

Segundo mestre Marcelino de Carvalho, e protótipo dos vinhos de Bordeaux é Saint Emilion, de cor escura brilhante e aveludada, com um buquê que fala ligeiramente a poleiro.

Evitar sempre servir um vinho mais forte antes de um mais suave, porque o primeiro corta o efeito do segundo, por exemplo, Borgonha tinto nunca pode ser tomado antes de um Bordeaux tinto.

De Marcelino de Carvalho: o vinho do Porto nunca deve ser servido como aperitivo, a não ser que seja o famoso White Port, que é branco e quase seco