Categoria: Hora do gole

O mais forte dos álcoois, superando até mesmo a cachaça, é o conhaque, cujo nome, a não ser quando fabricado na região de Cognac, é Eau de Vie, que se traduz por Água da Vida.

Do mestre Marcelino de Carvalho: Há vinhos brancos que não são secos, por exemplo, o Château d’Yquem, considerado o melhor vinho branco do mundo, é doce. O ideal é servi-lo substituindo o Porto à sobremesa.

O vinho branco seco se presta maravilhosamente para mariscos e frutos do mar, mais ou menos frio, de acordo com a temperatura circundante.

O primeiro vinho a ser servido no almoço ou jantar é o branco. Então, suponhamos que do menu façam parte camarões, pato ou filé, a abertura deverá ser com vinho branco seco bastante refrigerado. E com carne, um Bordeaux tinto, um pouco frio.

Só existe um prato que não comporta acompanhamento com vinho, a salada de legumes, pois o vinagre e os óleos anulam qualquer buquê.

O vinho Chianti é preparado com diversas qualidades de uvas. O meu favorito é o Rufino de meia-garrafa, que acompanha minhas pizzas da Forneto do Icaraí.

Em 1379 Venceslau, Rei da Boêmia e Imperador da Alemanha, foi a Reims para negociar um tratado com Carlos VI de França. Apreciou tanto os vinhos do país que, quando os delegados de seu anfitrião vieram levá-lo ao local da entrevista, o encontraram em magnífica bebedeira, o que muito facilitou as negociações.

Vem de longa data o conhecimento sobre os vinhos da região de Champagne, o imperador Probus, que já havia ordenado o plantio de vinhedos em Borgonha, assim também o fez em Champagne, no ano 280 d.C.

Foi o monge Don Perignon que teve a genial ideia de fazer com que o vinho fosse fermentado duas vezes, eliminando os sedimentos da primeira fermentação e obrigando o uso de rolha.

O champanha é um vinho que requer mais cuidado, mais carinho e amor por parte de quem o produz e também de quem o toma (Do mestre Marcelino de Carvalho).

Do mestre Marcelino de Carvalho: Todo mundo sabe de cor e salteado que a melhor bebida do mundo é champanha, desde a hora de saltar da cama e assim parta o dia todo, seja como rebatedor do pileque da véspera, seja de estimulante do novo que se inicia.

Cerveja e vinho não podem ser tachados de drinques, expressão que se presta para destilados, tais como uísque e vodca.

Ainda hoje se pergunta se Cristóvão Colombo teria bebido o lendário vinho do Porto, entretanto, parece que o descobridor da América tomou o da região portuguesa ensolarada.

O melhor vinho da Península Italiana é o Barolo, produto dos vinhedos de Piemonte. Aí não entra o Bardolino, que é visivelmente inferior.

Uísque se bebe com gelo, ou, como na Irlanda, com água gelada, o uso da soda é possível, porém não da tônica, que é própria pro gim. Agora, essa história de uísque com água de coco é só pra turista.

Não se pode acompanhar carne vermelha com vinho branco, que casa maravilhosamente com crustáceos, pescados ou frutos do mar.

A ingestão de gim, a deliciosa bebida, embora perfumada, exige sol, exemplo, num barco, em alto mar, e sempre misturado com muita água tônica, é também um álcool que não se batem os cubos de gelo no copo e se deixa repousar dois minutos sobre a mesa, antes do primeiro gole.

Quero me referir à canícula nordestina, que contraria o uísque antes das cinco da tarde, se prestando para o pôr-do-sol ou a noite inteiriça.

O vinho tinto vem depois do vinho branco, por ser, geralmente, mais pesado, e acompanhar a carne ou a massa. Quanto ao rosê, se presta para frutos do mar ou então como aperitivo antes da refeição.

Para acompanhar feijoada, eleja cerveja ou cachaça, porém, face às carnes que são incluídas nesse fabuloso prato, o vinho tinto virou uma possibilidade.