Categoria: Apanhado político

Conheci Pedra Branca e até organizei a mesa da festa municipal, que contou com a presença do governador Plácido Castelo, desejoso de prestigiar seu colega de Assembleia e amigo Deusimar Lins Cavalcante, nascido lá.

O partido do Dr. Pontes Neto, com o qual ele, por sinal, não tinha nada a ver, era o Social Progressista (PSP), de Ademar de Barros.

Face o procedimento de Joaquim Figueiredo Correia como vice-governador, Virgílio Távora nomeou secretário da Educação o irmão dele, que, por sinal, saiu-se airosamente no desempenho da importante função.

“Os senhores estão equivocados. Eu não sou o governador, e sim vice, e logo estarei devolvendo o cargo a seu dono, que é o Virgílio Távora”, resposta de Joaquim Figueiredo Correia a alguns dos militares que pretendiam apear VT do poder.

Faz algum tempo, Ernani Viana deu um almoço para seus ex-colegas do PSD, deixando de chamar Vicente Augusto e Paes de Andrade, entre outros.

Armando Falcão chegou a ser grande vulto do Partido Social Democrático. Seu candidato ao Governo, em pletito inesquecível, começou a esvaziar junto aos colegas por haver se tornado, no final da carreira, mais lacerdista do que pessedista.

Pertenci à Mocidade Walter Sá Cavalcante, entidade na qual congregavam os jovens pessedistas para honrar a memória do grande Walter Sá Cavalcante, falecido prematuramente como deputado federal. Quando casou, ganhou de presente, do sogro Assis Machado, nada mais, nada menos que um jornal, O Estado.

Gostaria de esclarecer que se o presidente João Goulart não tivesse sido apeado do poder, nomearia Dr. Parsifal embaixador, só que não do Vaticano, mas sim de Israel.

Declaração de Virgílio Távora ao jornalista Dário Macêdo, que lhe perguntou se não tinha medo de levar um tiro de desafeto político: Medo, eu não digo. Não tenho medo de nada, receio.

Cearenses que foram Ministros da Justiça a partir dos anos 50: Armando Falcão, Menezes Pimentel e José Martins Rodrigues.

A mais renhida das eleições municipais aconteceu em 1962, quando Murillo Borges bateu Péricles Moreira da Rocha por menos de mil votos e Pekim botou também menos de mil sobre Moura Beleza, o candidato das esquerdas.

Pelo acordo, o PSD daria o vice na chapa governamental de Parsifal Barroso. O partido enviou ao candidato lista de cinco nomes, tendo sido Wilson Gonçalves o escolhido, ensejando a seguinte justificativa do professor: Pelo menos, vou ter com quem conversar após o comício no interior.

Após a vitoriosa campanha de 1958, quando derrotou Virgílio Távora, Dr. Parsifal participou da comitiva de Carlos Jereissati, que visava à benção papal, que por sinal obteve.

Para sair de Minas, com a pretensão de derrubar o presidente Goulart, o general Mourão Filho havia unido-se ao governador Magalhães Pinto, que almejava impedir a esquerdização do País.

Para os militares entenderem como um sinal e, só então, o general Mourão levantar-se para derrubar o presidente, foi necessário que seiscentas mil pessoas ocupassem as ruas de São Paulo, pedindo as cabeças de Jango e Brizola.

Quando proclama que “Fulano de Tal” foi eleito suplente de senador, a reportagem política derrapa solenemente. Ora, a própria nota autodesmente-se, pois, se o cidadão é suplente, implica que não foi eleito.

Com esta explicação: "sei que vocês tiveram muita despesa na campanha e estou procurando compensar", Fernandes Távora, eleito senador em 1954 após liderar a votação, mandou chamar os deputados estaduais Manoel de Castro e Guilherme Gouveia. Levantando, então, a tampa do baú, tirou duas cédulas de 500, enormes naquele tempo.

Tal seu filho Lúcio, Dr. Waldemar de Alcântara também bem poderia ter sido alcunhado por mim de “Ex-Quase-Tudo”. Afinal, dos cargos mais chamativos do Estado, só não foi reitor da Universidade. Todavia, atuou como governador, além de exercer os cargos de vice, senador, deputado federal e deputado estadual constituinte.

“Veterado”, termo para nomear os governos Virgílio Távora, foi, disparadamente, a principal criação instituída pela minha insuperável Central de Produção

Sujeitos a assumirem, a qualquer momento, o poder maior do País, do Estado ou do Município, o vice-presidente, o vice-governador e o vice-prefeito deveriam, sim, ser sufragados, como eram até 1954. Nesse período, votava-se também para suplente de senador. Pisaram na bola, quando cessaram o uso de tal procedimento.