Por fora
A grande vamp do cinema, Mae West, chegando a uma recepção em Hollywood, foi entregar o sobretudo à chapeleira, que, encantada, exclamou: “Meu Deus, que casaco lindo!” Tendo a atriz logo ressaltado: “Deus nada teve com isso, querida”.
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Categoria: Sessão da tarde
Boa companhia
Ava Gardner estreou no cinema em 1933, ainda uma ninfeta, tendo ao lado dois já grandes, John Wayne e Joan Crawford. O filme chamou-se Reunion in France.
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Troca
Em O Médico e o Monstro, Ingrid Bergman lutou para ser a mulher má, papel destinado a Lana Turner, acabou ganhando, e Lana desempenhando a noiva boazinha.
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Registro
No comunicado que expediu no lançamento de seu filme maior, Casablanca, a Warner Brothers estipulou que trabalharam na película pessoas correspondendo a 34 nacionalidades, embora não houvesse nenhum brasileiro.
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Nos dez mais
A crítica não pôs, mas não posso deixar Rebecca, a mulher inesquecível, de fora da minha lista, ressaltando os fabulosos coadjuvantes Judith Anderson e George Sanders.*
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Nos dez mais
Em A um passo da eternidade, a Academia de Hollywood injustiça Montgomery Clift, não lhe ministrando o Oscar. Pelo magistral Pewitt, agora, Sinatra mereceu o Coadjuvante.
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Nos dez mais
Em O terceiro homem, passado nas ruínas do Vietnã pós-guerra, Orson Welles, aparecendo apenas dez minutos, rouba o show de Joseph Cotten e Alida Valli.
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Nos dez mais
Em A carta, Bette Davis tem, provavelmente, seu melhor desempenho no cinema, dirigida por William Wainer, de quem diziam ser amante.
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Nos dez mais
Casablanca aparece, sem dúvida, em primeiro lugar, tendo ganho o Oscar da Academia.
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Tela quente
Foi no Toaçu que assisti Ingrid Bergman em O Médico e o Monstro. Tratava-se de um cinema escondido em galeria da José de Alencar, confrontando, a oeste, com a Rádio Iracema, sendo da cadeia Barros Leal o que durou menos.
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Vento levou ou não
Vivien Leigh ganhou o oscar por E o vento levou... Agora, quanto à ponte do Waterloo, os críticos, em geral, não apreciaram, ou, pelo menos, tanto quanto eu.
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De toda parte
Segundo os dados da Warner Brothers, 34 países estiveram representados no grupo que fez Casablanca, de norte-americanos, só três, entre os atores casteados, Bogart, Madeleine Lebeau, sósia da Lurdes Gentil, e Joe Page, que era enteada do Jack Warner, dono da empresa.
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Ingrid na praça
O Cine Toaçu, que se situava ao leste da José de Alencar, quase em frente à Rádio Iracema, foi uma das casas do Amadeu Barros Leal que menos duraram, e foi ali que assisti Ingrid Bergman dividindo com Lana Turner e Spencer Tracy o estrelato de O Médico e o Monstro, onde desempenha uma prostituta.
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Queria ser má
Quando se compunha o elenco de O médico e o monstro, designaram Ingrid Bergman para o papel da noiva, com que não concordou a atriz sueca, que procurou o produtor, pedindo para trocar por Lana Turner, que faria a prostituta, e Ingrid acabou ganhando o papel desejado, cansada de interpretar a boazinha.
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Novata
Ao chegar da Suécia, Ingrid Bergman foi inicialmente aproveitada em três filmes, sendo o primeiro Intermezzo, em que contracenou com Leslie Howard, único que valeu a pena, pois os outros dois redundaram em grande fracasso de bilheteria, Os Quatro Filhos de Adão e Fúria no Céu.
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De fora
Até porto-riquenho, eu identifiquei, todavia, entre os 34 atores que trabalharam em Casablanca, pelo menos até agora, não observei a inclusão de nenhum brasileiro.
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Magistrais
Mediante deslumbrantes desempenhos de Burt Lancaster, Deborah Kerr, Frank Sinatra, Donna Reed e, sobretudo, Montgomery Clift, injustamente não aquinhoado com o Oscar, A Um Passo da Eternidade é um filme que não pode ser esquecido na lista dos melhores.
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Bem depois
Apesar de indicado, Humphrey Bogart não ganhou o Oscar por Casablanca. Apenas, anos depois, a Academia de Hollywood lhe concederia sua única estatueta por A Rainha da África, em que contracenou com a grande Katerine Hepburn, um clássico, porém, pesado.
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Parceiros
Só houve três atores com os quais a fabulosa Ingrid Bergman trabalhou em dois filmes: Gary Cooper (Por Quem os Sinos Dobram e Mulher Exótica), Charles Boyer (À Meia-Luz e Arco do Triunfo) e Joseph Cotten (À Meia-Luz e Sob o Signo de Capricórnio), porém seu maior estrelo foi mesmo Humphrey Bogart, em Casablanca.
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Gesto de irmã
Grande Orson Welles morreu quebrado e num dos seus últimos filmes, a grande amiga Marlene Dietrich lhe procurou para lhe comunicar que aceitaria trabalhar de graça, para ajudá-lo. Ele agradeceu e aceitou.
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